Tédio

Rotina em volta de mim

Dentro dos meus versos tédio sem fim

Aqui ali um olhar inseguro

Um monstro a si criar

Do emprego para casa

De casa para o bar

Tão do contra que sou

Que em vez de me embriagar

Bebo suco e não evito chorar

Choro sem ter por que

Só para poetizar

E uma quadrinha no final para glorificar

Esse tédio que me mata sem matar