Bad Romance [Parte 22] - no show da Adele

Gente, obrigado por tudo, amo vocês! o próximo cap vai ser o de natal!

_________________________________________________

22 - No Show da Adele

Eu queria parecer uma diva, e pelos elogios, eu devia estar parecendo uma. Vestida num vestido preto casual e curto, é claro, com meia-calça e salto altíssimo, o cabelo num coque estilo inglês e uma maquiagem tipo “Amy Winehouse”.

Uma bolsinha e pronto.

— Carly, creio que você já contratou um motorista pra me levar, certo? — perguntei.

Ela começou a gaguejar.

— Tudo bem, arrume agora então, uma limusine com um motorista bonitão e um segurança pessoal como o da Madonna. — falei.

Ela pensou que eu estava brincando.

— Rápido! — insisti.

Ela então foi dar telefonemas, o cabeleireiro deu os últimos retoques e eu estava oficialmente pronta.

Onze horas e nada de motorista pessoal nem segurança chegarem.

O interfone tocou.

— Alô. — Carly atendeu.

— Hum... Ahan, ok. Ela já está descendo.

Eu queria pular de tanta euforia, desci de elevador, tão ansiosa que queria descer de escada para correr e chegar mais rápido, mas isso certamente seria mal ideia com o salto que eu estava.

Uma limusine digna de uma atriz hollywoodiana estava à minha espera, o motorista parecia um James Bond vestido de chofer e meu segurança pessoal era careca e gostoso.

Ainda deu tempo de pegar um pedaço do show de Janelle Monáe que estava abrindo a turnê da Adele, mas por sorte ela já estava nas últimas três músicas.

Por último ela cantou Cold War e empolgou todo mundo, até a mim, pois essa era a única música dela que eu conhecia.

Então o show acabou e a abertura da Adele começou, meu coração estava aceleradíssimo, então ela chegou, toda graciosa e começou a cantar Set Fire to the Rain, eu toda metida acompanhei a música toda, cantando.

Suas músicas inflavam meu coração, ela falava simplesmente tudo que eu sentia, um amor que não deu certo, mas que ainda perturba, Sara está dando coisas a Zac, que eu não pude dar, mas eu ainda não consigo seguir em frente.

Cantei I found a boy, Need You Now, Rumor Has it, Rolling in the deep e então alguém me cutucou.

— Olá, sou Antony McQueen.

— Prazer, sou Liza.

— O mundo inteiro sabe quem você é.

— Não. Ninguém sabe quem sou, nem eu mesma sei. Apenas acham que sabem. — rebati.

Então me virei para olhá-lo nos olhos.

Congelei.

Eu já tinha visto aquele homem em algum lugar na TV.

— Antony McQueen? — perguntei aturdida.

Quem seria ele? Um jogador, cantor, ator, rock star?

— Perfeitamente.

— Não estou ligando o nome à pessoa.

— O pianista e cantor. — explicou.

Meu Deus, como eu sou burra!

— É claro! Lembrei-me, você tocou You & i ao vivo no Grammy deste ano com a Lady Gaga e já tocou Turning Tables com a Adele, certo?

— Certíssimo, fui convidado para tocar com ela hoje. Estou sentado logo ali na frente, onde se tem uma vista melhor do palco. Não gostaria de sentar-se comigo? — perguntou.

Dâ! É claro que eu ia dizer sim, ele é um cavalheiro, gentil de mais, além de ser uma espécie de cantor charmoso misturada com a graciosidade de um pianista e a beleza de um modelo gatinho.

— Será um prazer. — falei.

— Por aqui.

Ele deu o braço para que eu entrelaçasse o meu, então fomos até sua mesa de braços dados.

— Espero que não se importem, trouxe mais uma convidada. Liza

Freeman, a super modelo.

— Oh! Que Prazer Elizabeth, sou Mariah, este é meu marido Jeffrey e este é o Thiago.

Depois das apresentações, sentei-me com eles e pude aproveitar a linda voz da Adele mais de perto.

Era uma pena que quase todas as suas músicas me fizessem lembrar-me do Zac, que devia estar com Sara agora.

— Com licença, chegou minha vez de tocar, volto em alguns minutos. disse Tony.

Ele saiu, perfeito em seu smoking, e foi aos bastidores, preparar-se. Adele terminou a música Don’t You Remember e Tony foi anunciado no palco, a abraçou e sentou-se junto ao piano.

Ele me olhava nos olhos, primeiro desviei, mas depois deixei que nossos olhos se encontrassem.

Foi um erro, pois ele começou a tocar Someone Like You e Adele começou a cantar, então a letra me fez lembrar de certas coisa sobre minha história com Zac e logo eu estava chorando, como sempre fazia quando escutava essa música.

Mas eu não ia sair da mesa, esperei a música acabar.

— Preciso tomar um ar.

— Você se sente bem querida? Posso lhe acompanhar se quiser...

Ofereceu-se Mariah.

— Obrigada, não precisa mesmo, sou vou retocar a maquiagem. Essa música sempre me faz chorar. — expliquei.

Ela entendeu.

Me levantei, sentido-me uma idiota e fui ao banheiro retocar a maquiagem.

Quando voltei, Tony estava todo preocupado comigo.

— Você está bem? Se não estiver posso deixá-la em casa. — disse, prestativo.

Eu sorri, já estava intacta novamente.

— Eu sou um pouco chorona e essa música... Fala muito sobre o que vivi, então não deu pra segurar, mas estou muito bem. Obrigada.

— Ainda posso te deixar em casa, se quiser.

— Não obrigada. Tenho uma limusine e um segurança à minha espera.

A última música foi I’ll Be Waiting, então todos estavam indo embora.

— Foi um prazer conhecer a nova Gisele.

— O prazer foi todo meu, Mariah.

Mariah, Jeffrey e Thiago se afastaram para que Tony e eu pudéssemos nos despedir à sós.

— Eu sei que é cedo para eu dizer isso, pois nem nos conhecemos, mas acho que você devia tentar seguir em frente. Conhecer pessoas novas e quem sabe, um novo amor. Se precisar de um amigo...

Ele me deu seu cartão.

Eu sorri tímida. Entreguei-lhe o meu também.

— Tenho certeza de que precisarei.

— Pode me chamar a qualquer hora.

Pensei em arriscar chamar-lhe para sair, mas assim eu pareceria uma oferecida.

— Então... Eu já vou indo.

— Te acompanho até lá fora.

Ele me acompanhou, então o segurança chegou. Dei um beijo no rosto de Tony e entrei na limusine.

Fechei os olhos e segui para o hotel.

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 14/12/2011
Código do texto: T3388379
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.