Bad Romance [Parte 21] C&A
GENTE! Agora tô terminando o cap 23 pra fazer o especial de natal, acho que depois do ano novo acaba essa temporada.
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Parte 21 - C&A
O dinheiro da minha conta só subia, era verdade e eu mal conseguia crer que isso pudesse acontecer comigo.
Depois de ter passado meu novo número para as pessoas do meu trabalho, o telefone tocou.
— Liza querida! — era Carly, toda animada.
— Oi amiga! — falei com sarcasmo, grogue de mais para me animar.
— Se levanta e desamassa esse rosto, tenho uma notícia bombástica, há cinco grifes te requisitando de imediato e mais umas treze na espera. E você recebeu um convite legal, para participar do novo comercial da C&A ao lado da Gisele Bündchen. O que acha? — disse.
— Que você me acordou cedo de mais.
— Você ouviu o que eu disse? Acorda garota! Estão oferecendo quinhentos mil para você apenas mexer essas pernas magras ao lado da top das tops! Reunião daqui a pouco na C&A de Yellowstone. Arrume-se. Já!
Desliguei. Queria passar o dia morta na cama, mas não se pode negar um trabalho que te renderá quinhentos mil, isso deve ser sinônimo de sucesso, não quero ser uma dessas febres que aparecem do nada e depois somem, eu vim pra ficar e farei o máximo possível para superar quem quer que seja.
Ergui-me corajosamente, tomei um banho gelado e comecei o ritual de arrumação.
(...)
NO DECORRER DA REUNIÃO EM YELLOWSTONE.
— Hoje é segunda-feira, Gisele só pode fotografar na quarta-feira. — Disse a porta-voz da top, que por sinal era sua irmã gêmea, não idêntica.
— Então será quarta. Eu e Liza ficaremos na cidade até lá. — disse Carly.
Todos os pingüins de smoking confirmaram tudo.
Saímos da reunião e fomos ao shopping, por sorte, eu havia trazido comigo o meu novo cartão de crédito, daqueles Premium que se pode comprar de tudo sem limites.
Quando entramos na loja de moda primavera feminina dei de cara com dois ou três pôsteres da Mugler, onde estava eu sozinha, eu e Zombie Boy no segundo e no outro eu e Lady Gaga.
— Ei gente é a Liza Freeman! — gritou a atendente da loja.
As meninas que estavam lá dentro quase piraram ao me ver. Vieram correndo tirar fotos e pedir autógrafos e eu não podia dizer não, sempre quis ter fãs, mesmo que ainda fosse cedo para isso.
Abracei cada um deles com sorrisos verdadeiros e depois segui para as compras.
Quando passamos para a praça de alimentação encontrei um outro pôster que me chamou muita atenção, mas não era da Mugler e não era eu quem estampava.
— Adele, 21 Tour, terça-feira às onze e trinta!
Quase pirei, eu queria muito ir e eu podia.
— Eu tenho que ir!!! — gritei.
— Mas querida, o ensaio é na quarta!
— Não importa, o show dela é romântico, não vou beber, então estarei intacta no dia seguinte. Por favor, cuide disso, arranje um ingresso para mim e um pra você, caso queira ir também, mas corra, pois já devem estar esgotados. Dê seu jeito, sei que você é muito eficiente. — afirmei.
Ela me olhou, abobada, mas no mesmo instante começou a mexer os pauzinhos, ligando para um e para outro.
À tarde, quando estava dormindo no hotel onde nos hospedamos, Carly chegou com a notícia que me deixou inquieta.
— Veja o que tenho aqui! Consegui um ingresso para a 21 Tour. Já tinha esgotado, mas encontrei um cambista e comprei um único ingresso por mil e quinhentos dólares. — explicou.
Eu fiquei boba, pois era muito dinheiro, mas se esse era o preço para ver a fofura da Adele no palco, eu pagaria com prazer.
— ROUPAS, ROUPAS! Contrate um maquiador e um cabeleireiro! Vou me arrumar!
Ordenei.
Talvez eu já tivesse me acostumado com isso: mandar e mandar.
Afinal nasci em berço de ouro, acho que Carly pensou que eu seria uma sonsa qualquer que se deixaria ser controlada. Ainda bem que sou esperta.
Carly conseguiu de novo, afinal ela era uma profissional ágil, logo o quarto do hotel foi transformado em salão de beleza, a poucos dias do natal e eu ainda nem tinha planos de onde ir no dia 24. A única certeza era ir nesse show, nem que fosse a última coisa a fazer na minha vida.
Continua...