O caçador - Cap. 6 - O mestre

Adrwey arrependeu-se amargamente de fazer a proposta onde ele e Changging teriam que trabalhar a viagem inteira, só estava no segundo dia de viagem e já estava exausto de trabalhar para aqueles marinheiros chatos, não só ele como o pobre Changging.

Tinham pouquíssimas horas de descanso, Adrwey passava essas horas dormindo, já não aguentava mais o balançar do navio e em uma dessas horas chegou um velho e o acordou.

-Posso falar um minuto com você? Perguntou o velho.

Adrwey acordou furioso, ainda mais furioso ficou quando percebeu que o velho era Brad. –Desgraçado, porque nos entregou ao capitão?

-Calma, eu só segui as regras do navio. Falou o velho Brad. –Mas o que me traz aqui é outra coisa.

-Então diga, ora bolas.

O velho levou Adrwey para um lugar mais privado e começou a falar. –Talvez em breve aconteça um motim nesse navio e estamos precisando de mais homens, nós vamos tomar a liderança do navio para libertar nossos amigos que estão sendo prisioneiros aqui e todos aqueles que não estiverem conosco serão lançados ao mar.

-E onde eu entro nessa história?

-Se você estiver com os requisitos completos deixo você entrar para nosso “bando” de conspiradores. Disse Brad

Adrwey sabia que não era bom confiar em alguém que já o traiu, mas não queria virar comida de peixe. –Quais são os requisitos?

Você só tem que assinar esse contrato aqui “Ao assinar esse contrato você será subordinado de Bernad, o virtuoso, caso não cumpra seu dever de subordinado para com seu mestre, o mestre terá permissão para matá-lo”(Bernad é o verdadeiro nome de Brad). Adrwey pensou, pensou e pensou, e enfim disse que só assinaria se Changging também entrasse para o “bando”, o velho concordou e enfim assinou.

***

-Até que fim acabei. –Resmungava Changging, enquanto Adrwey se aproximava.

-Chang! Tenho que te contar umas coisas. Informou Adrwey e assim fez, contou toda a estória da rebelião.

-Adrwey! Não me diz que assinou.

-Assinei. –Falou Adrwey. –Era isso ou ser lançado ao mar.

***

Passaram mais alguns dias naquele navio imundo, Changging já não agüentava muito mais trabalho, Adrwey quase nunca descansava e ao ir descansar aquela tarde, viu um pequeno bilhete no lugar onde dormia:

“Adrwey, venha agora mesmo para meu quarto. MB”

Adrwey foi ao quarto do velho Brad, abriu a porta, entrou e falou algo como “O que é?”.

-Só chamei-lhe para avisar que vai ser hoje à noite.

-Está bem, vou avisar a Chang. –Retrucou Adrwey. –O senhor tem algo que sirva para cortar cabelo? (No templo, os monges “raspavam” a cabeça, porque era um sinal de pureza e de sorte antes de batalhas). –O cabelo de Adrwey e de Rony haviam só aparecido os primeiros fios.

-Não mesmo, não quero meu subordinado careca e como seu senhor ordeno que não corte mais o cabelo, nem faça a barba, só permito que apare.

-Sim, senhor, mas pelo menos me dê algo para “raspar” a cabeça de Chang.

-Já que você insiste. –Resmungou o velho Brad, pegando uma pequena caixa de ferramentas que se encontrava sob a sua cama, retirou uma navalha e entregou a Adrwey.

Adrwey ao receber a navalha que tinha um cabo vermelho e uma lâmina bastante afiada, pensou em outra função para a mesma. “Hoje à noite, irei me vingar dos malditos marinheiros”.

Sem a menor previsão Changging chuta a porta do quarto do velho e diz “Começou! O capitão descobriu todo o plano e está com seus capangas em busca dos conspiradores”.

Adrwey empunha sua navalha (Essa saiu estranha), o velho Brad retirou do armário uma velha espada e saiu reunindo todos os conspiradores, feito isso, ele ordenou que se separassem e matassem o máximo de inimigos possível, Adwey estava saindo quando o velho Brad disse em seu ouvido “Você matará o capitão Ed”. Adrwey continuou andando sem dizer uma única palavra. “Estou morto, se não matar o maldito capitão, serei morto por não cumprir o contrato.

Acredito que em uma luta entre o velho Brad e Adrwey, Adrwey venceria, mas ele foi criado em um templo que acima de tudo valorizava-se a honra. Adrwey agora estava em um corredor, só, até ver dois marinheiros correndo em sua direção, ele gira e acerta um pontapé no rosto do primeiro homenzarrão, no segundo socou a barriga e acertou uma cotovelada na cabeça e saiu correndo à procura do capitão deixando os marinheiros agonizando no chão de madeira.

No capítulo 7

A primeira caçada de Rony

Allan Marques
Enviado por Allan Marques em 02/12/2011
Código do texto: T3368438
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