Curso Intensivo de Português

Lição 31

Parte A - Texto

É difícil pacas imaginar a vida moderna sem telefone, ou celular para ser mais moderno. É que o celular se tornou um instrumento

(olha só !) indispensável (viram) de comunicação, principalmente nos presídios.

O celular economisa tempo e viagens permitindo que as pessoas falem com outras a grandes distâncias. Em nossos dias, por menos que sejam nossos, é tão fácil falar de um continente para outro, ou através dos oceanos, quanto com seu vizinho, apesar disso não ser nenhuma vantagem.

Para alguns manés, tentar falar pelo telefone numa língua estrangeira parece fóda. Há uma boa razão para essa dificuldade, ô mané, você em geral não sabe direito a língua da outra criatura que fala. Aliás, já viu língua falar ? E por acaso você sabe direito a tua própria língua ?

Mas deixando de lero, o que poucas pessoas lembram, principalmente as mulheres, é que telefonar custa dinheiro. Antigamente, muito da antiga mesmo, os telefones públicos, que então funcionavam, tinham instruções para depósitos de moedas e não tenho a mínima idéia porque estou falando tudo isto. Só sei que as chamadas feitas em casa ou escritórios são depois cobradas nos locais. Se a chamada é para outra cidade - interurbana - a conta aumenta. E se para a sogra fica impagável.

Todas as grandes cidades e muitas pequenas, ainda que não morenas, têm hoje números de sete unidades, e isto não tem importância nenhuma.

Telefones são úteis e convenientes - principalmente os celulares para os ladrões - por tantas razões (viva a rima) quanto são inconvenientes.

As pessoas gostam de falar com suas famílias e amigos para pegar um dinheiro, arrumar uma pousada. E o comércio não pode funcionar, como não funciona, sem ou com comunicação rápida.

Mas é quase sempre nas emergências que o telefone prova realmente sua utilidade. Quando acontece um incêndio, ou alguém cai gravemente doente, a primeira coisa que neguinho pensa é, vou usar o celular para pedir socorro. E é por isso escrevi isto todo queimado.

(continua)

Zulcy Borges
Enviado por Zulcy Borges em 15/11/2011
Reeditado em 22/11/2011
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