"O Primeiro Beijo!!!" (Texto DIVERTIDO!!!)

A menina tinha 15 aninhos... Está bem, eu confesso, tinha um pouco menos... Afinal hoje em dia as coisas acontecem mais cedo não é? (isso me assusta... coisas de pessoas velhas).

De manhã já acordou ansiosa. Nem dormiu direito para falar a verdade. Foi para a escola. E o assunto era um só: a noite que estava prestes a chegar. E chegou.

Antes claro, ela passou a tarde em casa, com uma ou duas... umas quatro amigas, fazendo unha, cabelo, chapinha, maquiagem. Escolheu uma, duas, três, quatro, cinco... quinze roupas diferentes. E acabou vestindo aquela primeira, é claro.

As amigas tomaram banho lá mesmo. E toda a bagunça quem teve que arrumar foi a mãe (nenhuma novidade, e qualquer semelhança não é mera coincidência).

Entraram todas apertadas no carro. A mãe dirigindo e ao mesmo tempo em que achava graça, sentia um pouco de medo afinal nenhuma mãe ou pai sabe como lidar com essa fase. Eles sabem sim que ainda é cedo. Quando ela tiver 20, 30, 40 ainda será cedo, certamente. E os pais nunca sabem como falar com os filhos então ficam quietos. E as vezes acho que eles estão certos, porque se falar pode causar algum trauma, e afinal... eles também já tiveram essa fase (é que a gente esquece depois de um certo tempo).

Ah, eu falei que eram umas quatro amigas não é? Acho que eram mais porque tinham algumas no colo das outras, dentro do carro da mãe!

Na matriz estava tendo uma quermesse! Ah, as quermesses sempre são uma delícia! Quem não morou numa cidade típica do interior nunca saberá a magia das quermesses. Principalmente quando se tem 12, 13, 15 anos!

Elas chegaram discretamente!

-Ai, como eu saio do carro? – Risos.

-Esperem meninas, deixem eu retocar meu batom! – Risos.

-Eu não vou! – Risos.

-Estou nervosa por você amiga! – Risos!

-Sai do meu colo que está amassando meu vestido! – Risos!

-O amigo dele vai vir? – Risos!

Como eu posso dizer que todas essas falas e mais algumas foram ditas ao mesmo tempo? Não tem como demonstrar isso no papel né. Então imagina toda essa falação no mesmíssimo minuto! E continuaremos a história!

As amigas (já perdi a conta de quantas) desceram do carro! Felizes (estavam sorridentes, caso você não tenha percebido!) e foram para a festa.

Andaram, andaram, andaram várias vezes pelo recinto que não era grande assim. Era uma praça no centro da cidade. Mas as meninas dessa idade adoram andar. Para paquerar é claro. E sempre muito discretas (mentira!).

Até que, eles estavam lá! O coração da menina protagonista dessa história foi na boca. Mais ainda com o grito que as amigas deram várias vezes. E ela não sabia o que fazer. Um medo, uma angustia, uma batedeira no coração, as mãos suadas, frias, o pés tremendo. Não tinha para onde fugir.

Depois de algum tempo (acho que depois de umas três horas) o menino tomou coragem e veio falar com ela. Ele demorou só um pouquinho assim porque estava fazendo um charminho. Pelo menos foi isso que disse aos amigos!

Aí os dois, sem falar quase nenhuma palavra (quase, porque uma foi dita: oi), foram até atrás da igreja, num silêncio desconfortante. Chegando lá. Ele encostou-se à parede e com um leve gesto das mãos a chamou junto dele. E com essa atitude deixou toda a ação por conta da pobre coitadinha da menininha. Ela teria que dar um... UM passo para chegar até ele. Imagina você tendo que dar UM passo para chegar aos braços do amado? É realmente um absurdo. O menino errou feio. Ele deveria deixá-la na parede e ir até ela e lascar-lhe logo o beijo. Mas eu tenho que confessar minha opinião... O menino foi muito burro. Ela jamais daria aquele passo. Afinal UM passo é muita coisa. Ele querendo mostrar que era experiente no assunto perguntou?

-É seu primeiro beijo?

-Claro que não! Já beijei muito, mas é que eu não sou dessas meninas que beijam assim sem antes conversar!

Os dois então conversaram... Por três horas seguidas, atrás da igreja, sentados na sarjeta. Até que as mães de ambos ligaram e foram os dois para casa.

Sei que vocês queriam um desfecho diferente, mas foi assim que aconteceu!

Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 29/10/2011
Reeditado em 29/10/2011
Código do texto: T3305530
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