Será que é amor? (V) capítulo.
Será que é amor? 5º Capítulo.
Ali, naquele papel, estava: um MSN, um nome de um parque e uma hora; escritos por extenso. Curiosa como eu sou, liguei rapidamente o computador e entrei no meu MSN. Adicionei aquele e-mail e quase cinco minutos depois ele entrou já chamando minha atenção.
David Lacerda acabou de chamar sua atenção.
“Oi, então você me adicionou, não é?! Fiquei feliz com isso.”
“Ah! Oi, amore! Sim! Só não entendi o endereço do parque e uma hora escrita por extenso, o que seria?”
“Antes de te responder, posso te fazer uma pergunta?”
“Sim, sim. Faça!
“Sabe aquele ditado que diz assim: você paga para ver?
“Sim.”
“Então pronto, fica calma tá, que não é nada de mais não ok?
“Tudo certo. Não sei por que, mas confio em você, risos.
“Nossa, me sinto lisonjeado, ganhei o dia, risos.”
“Bom, tenho que ir que afinal estou no último ano e tenho que passar no vestibular para ter tudo aquilo que sonhei.”
“Caramba, que força de vontade! Boa sorte!”
“Obrigado, mas te espero às 15:30 na Jaqueira, ok?
“Certo, estarei lá!”
“Até mais tarde então.”
Depois que conversamos no MSN, percebi, mesmo que com pouco tempo, que ele é bem determinado, que ele corre atrás do que quer! E além de ser um fofo, né... Nesta hora surgiu um sorriso quase que momentâneo no meu rosto.
Às 15:00, liguei para minha mãe avisando que voltaria logo e para onde ia. Ela mesmo que não querendo muito, permitiu.
Depois fui correndo me arrumar. Afinal... Estava atrasada, não é?
Estava suando, meu coração batia descompassado, procurava estar com a melhor roupa, estar bonita. Troquei de roupa umas quatro vezes e enfim decidi que iria com uma bermudinha jeans com detalhes rosa, o cabelo solto, meio bagunçado como costumava usar, com uma florzinha e uma blusa soltinha preta. Coloquei o tênis e fui em direção à parada do ônibus.
Quando vejo do outro lado da rua um carro para e alguém lá dentro chama o meu nome após ter abaixado o vidro. Ao Perceber, aqueles olhos verdes, não foi difícil saber quem era.
“Fernando!” Falei baixinho.
Ele acenou para mim e eu vi o carro se aproximar de onde estava.
“Está perdida?” Disse ele abrindo a porta do motorista.
“Não, não. Estou esperando o ônibus.” Exclamei com um pequeno sorriso.
“Ah, sim.” Falou ele me estendendo a mão. Retribuí o gesto e ele me puxou com delicadeza para junto do carro e disse:
“Entra aí, eu te levo.”
Olhei no relógio marcavam 3:25 e me lembrei que o trajeto até o parque demoraria aproximadamente 30 minutos se eu desse sorte.
“Você tem quantos anos?” Perguntei segurando em sua mão.
“Dezesseis. Por quê?” Respondeu mordendo o lábio inferior.
“E você pode dirigir? Não é depois dos dezoito? Perguntei confusa.
Ele me olhou ternamente e sorriu.
“Não. Eu sou emancipado e meus pais assinaram um termo que me permite dirigir antes, no caso ter uma carteira provisória. Entendeu?” Explicou- encarando-me com um olhar misterioso.
“Ah, sim.” Falei viajando no seu olhar.
Ele desviou o olhar e sorriu.
“Relaxa, você não vai ter nem um arranhão se quer. Eu te garanto.
“Tudo bem...”
Dizendo isso, ele abriu a porta do carona e soltou a porta na minha mão, para que entrasse. Logo foi para o seu lado. E acomodou-se.
Não sabia o que falar então tentei o mais rápido que veio a cabeça.
“Dirigir é legal, não é?”
“Eu tenho vontade de aprender, só tenho medo.”
Ele me olhou sério e deu um mínimo sorriso... Arrancou com o carro e me perguntou para onde eu estava indo.
“Ah, estou indo para o parque da Jaqueira. Mas se ficar ruim para você eu fico antes.”
“Não, não.” Ele falou pausadamente olhando para o retrovisor ao seu lado.
“Olha, desculpe se eu sou meio estranho as vezes, é que é o meu jeito.” Falou lançando aquele olhar de diamantes em minha direção.
“Ah, nada não... Eu só acho que...”
“Mas é que???” Interrompeu voltando o olhar para mim.
“Olha o carro!”
Falei assustada e nervosa. Ele freou apressado, e colocou o braço por cima de mim em sinal de proteção. E, respirou fundo e disse:
“Eu não disse que você ia sair daqui sem nem um arranhão? Ele comentou com um largo sorriso.”
“Ufa! Agente quase que ia pro espaço agora.” Sorri também.
Após 15 minutos chegamos a esquina do parque.
“O Fernando se importa se eu ficar por aqui.” Falei olhando no relógio.
“Não. Faça como preferir.” Exclamou com a voz preguiçosa.
“Então tudo certo. Obrigada por ter vindo me trazer.”
Pensei em dar-lhe um beijo na bochecha, mas, esperei uma iniciativa dele.
“Tchau.” Ele sorriu, inclinou-se e me deu um beijo na testa.
“Tchau.” Sussurrei.
Após ter saído do carro e chegar à frente do parque, vi inquieto um loiro sentado e olhando fixo no relógio. Eu me aproximei devagar e chegando bem perto disse: “Demorei muito?” Assustado ele olhou em minha direção.
“Ah, oi. Você veio! Pensei que ia me deixar aqui virando planta.”
Disse sorrindo extrovertidamente.
“Senta.” Ele me convidou pegando em minha mão.
O abracei levemente, estava nervosa, meu coração batia a mil.
Ele sorriu e disse:
“Eu vou te dizer logo o porquê de ter te chamado aqui.”
Ele virou para mim com uma expressão que nunca havia visto em seu semblante. Expressava tenção.
...
David.
O que tinha para dizer para aquela menina, que mal conhecia, mas que mexia de uma forma diferente comigo.
Era algo que nunca havia falado para ninguém, E que sabia que seria bem difícil conseguir dizer tudo que tinha que dizer. Em casa havia escrito em um papel, para ir decorando, porque não era nada fácil, era algo que iria mudar minha vida e a dela. Mais, resolvi rasgar, e deixar que na hora, que na força do momento, se fosse para falar eu falaria. Caso contrário, era porque não era para falar mesmo.
...
Fernando.
Eu achava Wanessa muito irritante, mas de alguma forma, quando a vi na parada de ônibus, resolvi parar e da uma carona. Afinal, não custava nada, não é?
Ela no caminho se mostrou mais simpática, entretanto criançona do mesmo jeito.
Tentei me mostrar mais cordial, só que ia acontecendo um quase acidente por isto.
Na primeira vez que meu olhar cruzou com o dela, vi bem mais do que apenas ela mesma.
Continua...
Espero que tenham gostado, demorei a postar porque essa semana foi de ENEM, aí foi tudo muito corrido. Mas, pela a minha demora, aqui estão dois trechinhos que não correspondem a o enredo da história, mais espero que gostem.
Beijos, e até a próxima!
e, gostaria de agradecer a todos, pela a ajuda e incentivo. e, Rodrigo meu amigo, eu te amo muito.