Sorria sempre. Seus lábios não precisam traduzir o que acontece no seu coração.

Não, aquele não era um dia normal. Aquele era o dia que ela iria encontrar ele, novamente. Eles não se viam a alguns meses. Estavam mortos de saudades. Ela tinha mais saudade dos beijos dele. E ele do sorriso dela. Combinaram de ser ver num café, que estava bem vazio por sinal. Como ela chegou antes, escolheu o lugar que queria. O lugar preferido dela: no canto, escondida, em silêncio. Esperou por longos minutos, tomou grandes goles do café doce e quente, bem doce, ela colocava bastante açúcar, pois de amarga já bastava ela e a sua vida sem graça. O tempo foi passando, e ela estava bem preocupada e impaciente olhando a cada 50 segundos no seu relógio. Olhava também para a porta. Uma porta estreita, a qual ele nunca passava. De vez em quando, entrava um casal, um homem sozinho. E ela ali. Naquele canto, ja ficando bem desanimada. O seu café acabou. Ela secou a xícara. E acabou a sua paciência também. Apenas jogou o dinheiro no balcão, e saiu pela porta estreita. Ela foi andando, lutando contra o vento. Pegou seu celular, nada de mensagem, muito menos uma ligação. Uma lágrima quente e salgada caiu do seu rosto. Ela desejava que aquilo fosse um cílio, o vento, qualquer coisa, menos uma lágrima. Mais uma lágrima, das tantas que ela ja derramou por ele. Quando chegou em casa, passou reto por seus pais, não queria falar nada, com ninguém. Se trancou no seu quarto, no seu mundo. Aquele fim de dia, e começo de noite, ela escreveu no seu ''diário''. Enquanto escrevia, ela sorriu. Sorriu porque se lembrou de quando ela prometeu a si mesma, não se entristecer por nada nem ninguém.

Alana Grace
Enviado por Alana Grace em 19/10/2011
Código do texto: T3286517
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