Paixões & Traições - Faço tudo por você (capítulo 8 )

(Narrado por: Bruno)

- Me ajuda?

- Olhei para o lado. Era Sofia a falar comigo.

Me encontrava em pé ao lado da escada há um bom tempo. A ficha de que minha namorada tava com outro no andar de cima, ainda não tinha caído; e enquanto isso eu ia olhando Jas se divertir com Kaique.

Bêbada. Descontrolada. Cheia de fogo. Era em quem ela tinha se transformado. E faltava pouco, eu sabia, pra Kaique se aproveitar mais ainda da situação. Mais do que já tinha se aproveitado.

Simplesmente sentia muito por tudo aquilo, por ela estar daquela maneira. Mas bebida não faz você fazer coisas que no fundo não quisesse. Bebida tira capacidade de racionar, não tira caráter.

- Temos que afastar ela dali - continuou Sofia, olhando cuidadosamente para amiga que se esbaldava feliz da vida com um monte de macho em volta dela.

- Jasmine não é um bebê. Ela sabe o que está fazendo.

- Ela está BÊBADA - me corrigiu, como se aquilo fosse uma coisa que não soubesse.

- Bebeu porque quis - dei de ombros.

Ela balançou a cabeça, cruzou os braços, inflou o peito e se pôs rígida ao meu lado. Conhecia Sofia o bastante pra saber que não iria sair dali até conseguir o que queria. Engraçado, porque eu também não ia ceder tão facilmente.

- Foi VOCÊ quem trouxe ela até aqui - sussurrou.

Respirei fundo. Encarei seus olhos dourados e persuasivos; disposto a dizer-lhes que pouco me importava aquilo.

- Ela ficou mesmo com raiva de mim... - disse arborizadamente.

- Sério?! - interrompe com meu mal humor. - Ela também ficou toda estressadinha comigo e tô pouco me lixando pra isso. Você deveria fazer o mesmo Sofia!

Ela me olhou indignada com o que tinha dito.

- Em todos meus anos nessa m*erda de lugar, eu NUNCA tive uma amizade como a da Jas. Não quero perdê-la Bruno. Não sou como você... não tenho uma legião de fãs me seguindo. Sou simplesmente... eu.

Esquecido, inútil e excluído. É, eu não estava tão diferente de Sofia. Fazia mais de uma hora que minha namorada tinha colocado na cabeça que devíamos dar um tempo e ninguém tinha notado que aquilo estava me perturbando mais que tudo. Só que esquecido eu poderia até ser, mas inútil não.

Tirei o Iphone do bolso... Digitei os oito números, enquanto Sofia se perguntava o que diabos eu estava fazendo.

- Alô? - disse a voz rouca e desgastada do outro lado da linha.

- Boa noite. Aqui é Bruno Giorgio, poderia falar com Marcos Castelli? - tá, eu sabia que aquele era ele, mas não pude deixar de começar assim.

- Bruno? Giorgio?

- Sim, você deve conhecer meus pais... - comecei.

- Ah! Claro, de muitos anos! - exclamou, dando a voz cansada um ar de vitalidade que nem eu tinha. - Como vão Vivian e Orlando?

- Er... Eles estão bem. Mas não foi por isso que liguei para você.

Ele se manteve calado.

- Bom, é sobre sua filha, Jasmine. Ela está aqui comigo.

Ele deu um Rubinho.

- Não, não deve estar enganado. Minha Jasmine, está dormindo perfeitamente lá em cima.

- Tem certeza?

- ELA me disse que iria dormir - completou cruamente.

- Pelo jeito como fala, ela é a garota mais honesta do mundo, não? Minha mãe poderia dizer o mesmo, caso não soubesse que estou no lugar mais preferido da cidade. Mas e você, será que sua filha teve coragem de falar isso?

Houve pausa... Depois ele gritou:

- Floooor! Flor? - ouvi batidas numa porta. - Jasmine. Jasmine?

Ele arfou.

- Hãã... Onde vocês estão?

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(Narrado Por: Julia)

Quando notei que Brian estava pra lá de chapado, e depois de já saber de tudo o queria (Inclusive a parte do tal Diogo ser primo de Jasmine); resolvi parar de perder tempo.

- Que tal a gente parar de falar tanto e agir mais hein? - sussurrou, deixando ao meu lado na cama.

- Desde quando consegue ler meus pensamentos? - falei rindo.

Me virei de modo que fiquei sobre ele, repousando sobre seu peito. O desejo entre nós pulsando no mesmo ritmo.

Pressionei minha boca na sua, misturando-me com ele; do mesmo jeito que fazíamos meses atrás, do modo como eu esperava que fosse agora.

Ele soltou um gemiddo apertado e primitivo, agarrou minha cintura e rodopiou; fazendo com que ficasse sob ele. Grudei minha mão em seu pescoço e o puxei cada vez mais para junto de mim; enquanto suas mãos percorriam meu corpo e a nossa respiração curta e irregular se difundia ao desejo de tirar aquelas roupas, que eram a única coisa que nos separada agora.

Ele tirou minha blusa, e caminhou com a boca do meu pescoço ao seios; enquanto eu procurava abrir o zíper de sua calça.

Quando consegui abrir sua calça e comecei a tirá-lá; ele me deu uma mordida forte no pescoço e me empurrou tão brutalmente que eu quase caí no chão.

- Ai! Tá louco?!

Ele se levantou fechou o zíper e riu.

- Você é tão ridícula! - naquele segundo ele não parecia nem um pouco chapado. - Achou mesmo que eu ia cair, né? Idiota.

Fiquei sem reação.

- É preciso bem mais uns litros de Ice, Ju... Nunca vou te querer. Você é como uma boneca pra mim; criada pra brincar, sem sentimentos e sem cérebro.

- Mas você sempre deu em cima de mim - liberei de vez aquele pensamento incógnito.

Ele riu alto.

- Eu dou em cima de qualquer uma que use uma minissaia.

Balancei a cabeça. Não era aquele o motivo. Eu sentia.

- Não. Faz isso pra irritar o Bruno - falei.

- Quero irritar você - corrigiu.

- Quer que ele me largue, é isso. Sabe que não existe coisa pior que isso pra mim.

Ele deu de ombros, num sorrisinho perverso.

- Pensei que nunca ia perceber isso.

- Você nunca vai conseguir isso; a gente se ama.

- De novo esse blá-blá-blá. Quer saber? Cansei! - disse arrumando a roupa do corpo. - E aí, tô bonito?

Bufei.

- Me esqueci - deu uma de surpreso. - Eu tô sempre bonito.

Deu uma risada gutural e foi saindo. Bateu a porta tão forte que meu ouvido direito tapou depois do ruído.

Coloquei a blusa de novo, arrumei a franja, passei um pouco de gloss e desci.

- Se fosse eu pisando no seu pé você não iria gostar, né?

Olhei para baixo, pisava num All Star branco.

Fiz uma careta para Sofia, sem ligar para o que ela pensava ou deixava de pensar. Comecei a esquadrinhar o lugar, afim de encontrar a única pessoa que poderia me fazer feliz naquela noite.

- Ele tá com outra! - gritou Sofia. - Não vai adiantar procurar.

- Para sua informação não estou procurando o Brian, sua lesada.

- E quem disse que estou falando do Brian? É o Bruno.

Ela apontou em direção ao bar, e sentada na bancada estava a famosa Jasmine (cercada de caras, por sinal. Ridícula); mas não era com ela que Bruno estava. - Antes fosse -, mas a menininha tava se agarrando com o nojento do Kaique. Meu namorado sorria ardentemente para a fuleirazinha da Vanessa Abreu, que jogava toda sua tática de sedução (acredite, não eram poucas) aproveitando que o garoto estava livre. Era só eu dar as costas e as galinhas corriam atrás do milho.

Não tinha outra coisa para fazer mesmo (exceto, fumar narguila com Karine. Coisa que dá nojo só em pensar), então fui para junto da Galera.

- Oi July! - disse a vadia vindo me recepcionar.

Bruno só me olhou. Estranhando minha volta repentina e solitária.

- Pra você me chamo JULIA queridinha - completei, ignorando aquele abraço asqueroso que me deu.

Vanessa era mais uma daquelas que não podia ver umas cuecas. Sempre caiu matando em cima de Bruno; mas por conta de nossa "amizade" respeitou os instintos do meu namorado. Ela sempre foi do gênero gostosa.com, com seu cabelo enorme e liso caindo pelo rosto num franjão, um par de olhos verdes meio azuis de causar inveja e um corpo que possuía todos o Tchans necessários; e já tinha ficado com todos os carinha dali.

- Er... Vou ali pegar meu celular com minha amiga - disse, depois de minha saudação fria. - Volto logo, baby - completou beijando a bochecha do meu namorado.

- Baby? Desde quando gosta que te chamem assim? - falei sentando-se ao seu lado.

- Não gosto. Vanessa me chama assim e não vou corrigi-la por conta de algo tão irrelevante - respondeu em tom neutro de sempre.

Depois de esperar em vão por uma resposta minha, abaixou a cabeça. Ficamos em silêncio sem querer dizer nada, mas com muita pra falar coisa pra falar. Aquilo não era o tipo de situação que costumava haver entre eu e Bruno.

- Você... Voltou logo - disse depois de uma golada longa no Martini.

- Na verdade eu demorei. Não deve ter sentido falta porque estava junto de alguém - disse olhando para Vanessa que estava junto de suas amigas, tão devassa quanto ela.

- Ela chegou a pouco tempo. Eu estava sozinho esse tempo todo. Erik e Karine só sabem dançar e fumar, e hoje minha noite não tá pra esses tipos de coisas.

- Muito menos a minha - suspirei.

Ele deu um sorriso apertado e hesitante.

- Tá errado. Essa não é a hora em que você dá um sorriso sem graça; é o momento em que você me aperta num abraço e gargalha no pé do meu ouvido.

Ele ficou sério.

- Eu poderia fazer isso se você não tivesse inventado um monte de coisa pra nos afastar a três ou duas horas atrás.

- Se está falando do "Dar um tempo" ...

- July isso não vai dar certo. Isso só vai afastar cada vez mais e mais nos dois. Você me ama, ainda não entendeu que eu te amo também, e que isso é a maior doidera?

- Eu só quero que você entenda...

- O quanto posso ser trouxa se não tiver você? - completou.

- É.

- Ficando com o Brian?! Acha mesmo que tô me importando com ele? É claro que não! Tô preocupado com você, com o que vai acontecer contigo se ele te magoar, ou se pegar alguma doença... Sei lá! Ele é o Brian, Julia. Não é o tipo de pessoa com quem você deve fazer joguinhos pra fazer ciúmes em ninguém.

Olhei toda sua preocupação e aquilo quase me derreteu o coração. Aquele era o ponto onde queria chegar.

- Acho que estou sendo mesmo uma tonta. Me perdoa. E quer saber de uma coisa? Eu e o Brian...

- Tivemos a melhor noite de nossas vidas! - completou a voz rouca em meu ouvido, numa altura suficiente para Bruno ouvir também. Olhamos para Brian e ele me abraçou por trás prendendo meu cabelo na orelha. - Agora posso dizer que a Julia desenferrujou.

Bruno balanço a cabeça sem jeito e sem palavras.

- É mentira dele. Nós não fizemos nada. Eu juro.

Brian franziu a testa.

- Porque tá mentindo agora Julia? Depois de tudo aquilo que me disse, quer dar uma de santa pro Bruno voltar com você? - Imbecil!, pensei. - Garanto que o Bruno não liga de te dividir comigo, afinal foi esse o trato de vocês, não?

Respirei fundo e não respondi. O que quer que Brian estivesse planejando era melhor eu descobrir antes de responder qualquer coisa.

Ele sorriu, apertou meu corpo contra o seu e começou a chupar meu pescoço. Bruno olhou para qualquer outro lado afim de não ver aquilo, e eu queria parar com aquilo mas não podia.

Ele deu uma mordida em meu pescoço e eu bufei com aquilo.

- Que foi não gosta? - disse naquela voz ameaçadora e disfarçada que tinha sempre que tentava me persuadir.

- Não é isso - menti. - Só não causa nenhum estrago do lado esquerdo, porque o direito você já deflorou lá no quarto.

Bruno me olhou subitamente, preocupado. Mas depois seu olhar encheu-se de repugnância.

- Espero o que saiba o que está fazendo.

- Ela sabe o que está fazendo! - respondeu Brian.

- Pedi para o DJ tocar uma música pra gente! Vem vamos dançar! - exasperou Vanessa, chegando do nada e puxando Bruno para a pista.

Brian me soltou quando Bruno já estava distante, não só eu mas ele também estava perplexo ao ver os dois dançando Super Bass da Nick Minaj.

- Ele tá mesmo dançando isso? - perguntei.

- Tá ligada na tradução da música?

Balancei a cabeça. Infelizmente eu estava.

Depois de dois minutos de música, eu já estava afim de ir lá separar os dois; mas quando aquele clima de Super Batida já tinha dado trégua e a lentidão se fez em meio a daninhas deles, não pode dar em outra ela avançou em cima de Bruno e o beijou, o pior de tudo é que ele continuou!

- Ah isso não! - disse indo em direção a eles.

Brian me segurou, mas puxei meu braço com tanta força que ele sequer teve estímulo para me deter.

Quando ia separar Bruno daquela vadia, não encontrei ele em minhas mãos.

- Onde ela está?

Olhei em direção a quem falava, um homem alto, branco de cabelos pretos e dois ou três fios brancos, que pareciam azuis vistos pelas luzes do lugar, usava um pijama cinza e uma pantufa. Não tinha idade nem humor suficiente pra estar ali uma hora daquelas.

Bruno pisou algumas vezes, olhou Vanessa que sorriu para ele e logo saiu sem dizer mais nada, parecendo ter completado o trabalho; depois olhou para mim com cara de "sem perguntas, por favor", mas então fitei o homem. Ele sim, estava me espantando, nunca o tinha visto antes e derrepente ele estava perguntando uma coisa para Bruno dentro de uma festa particular.

- Você disse que estava com ela! Onde está minha filha? - exigiu numa voz rouca.

Bruno olhou em direção ao bar e apontou jasmine beijando Kaique.

- Quem é o canalha? Ela só tem 16 anos!!! - rosnou o homem furioso.

Foi tão depressa até onde os outros dois estavam, que quando dei conta já estava puxando a menina para fora, que de tão bêbada ria da cara do pai, que parecia mais um carcereiro de alguma masmorra.

- Faz um favor pra mim? - disse Bruno preocupadissimo. - Dá o fora daqui!

Hesitei.

- Tô falando sério. Me espera lá fora, o bicho vai pegar por aqui.

- O que foi?

- Meu plano deu um pouco errado, só isso - disse antes de me dar um beijo na testa.

Correu em direção a Sofia e disse algo na mesma exigência que teve comigo.

Sofia ao contrário de mim não ficou esperando para ver quem seriam os próximos, correu desesperada em direção aos fundos da casa. Conhecia a espertinha suficiente a ponto de entender que se a coisa não fosse realmente seria ela não obedecer. Então corri também.

- Todo mundo parado! - ordenou alguém. Obedeci. - Ninguém entra nem sai; até termos revistados todos.

Meu coração gelo. Não tive reação.

Procurei Bruno, mas não achei; procurei Karine, Erik, Brian... Mas ninguém estava mais ali. Somente Kaique, mas ele eu sabia que não seria a melhor pessoa para estar junto naquele momento.

Peguei meu celular. Fora de área!

E agora?

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Agora pergunto a vocês o que vai acontecer com a folgadinha da Julia. (Muahahaha). Podem dar suas sugestões à vontade, quem sabe no próximo capítulo não coloco a idéia de alguém. (Não estou prometendo nada, ok?)

Bom, lindos eu demooorei muito pra postar esse capítulo, não? Me desculpem, me desculpem mesmo é que a situação não tá fácil ultimamente e tudo o que estava escrevendo dava errado, então eu apagava e recomeçava. Enfim, me cansei e agora tá aí!

Lembro de ter dito que esse era meu capítulo favorito... Pois é, mudei de idéia. Achei mais coisa para acrescentar e acabou ficando de lado aquela idéia; mas não desanimem logo chegará a tal parte. *---*

Sobre as músicas, além de Super Bass; foi principalmente The way I loved you - Selena Gomez (Kiss and Tell) que me fez escrever tudo isso.

Obrigado a todos que me mandam recados no Orkut, que perguntam no dia-a-dia ou me realizam me mencionando no Twitter falando da história, saibam que a cada palavra eu começo a gostar mais de vocês.

Sei que alguns nem comentam. Seja porque tem vergonha, ou porque não tem o que dizer... Mas saibam que a opinião de vocês é super importante me faz melhorar, escrever algo que realmente te fará gostar de ler.

Já me disseram também que não sabem como comentar :( Pra isso é só ir ali embaixo dos comentários e clicar no link (pode até dar um e-mail qualquer) e dizer o que achou.

Obrigado_

Nandah Ferreira
Enviado por Nandah Ferreira em 03/09/2011
Reeditado em 03/09/2011
Código do texto: T3198713
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