A Escuridão E O Amanhecer

CAPITULO 6: QUANTO MAIS ALTO MAIOR A QUEDA – TIAGO

Parecia que esta no alto daquele prédio de treze andares tornava o frio ainda mais fácil de sentir, a todo o momento eu era tomado por aquela sensação de frio percorrendo minha espinha, o café não estava ajudando já havia tomado metade da garrafa e ainda estava morrendo de frio e sono, o radio ao meu lado estava sintonizado na freqüência da policia pensei que teria dificuldade pra conseguir, mas foi ate bem fácil apesar de só funcionar num raio de 20 kilomêtros se a viatura da policia estivesse mais distante do que isso eu não saberia se estava ou não ocorrendo algum crime, o que é bem provável se levar em conta às estáticas, por mais que eu lutasse o sono estava vencendo, acho que não fará mal se eu descansar só alguns minutos, é só uma da manha acho que dormirei ate as duas e recuperarei minhas forças, me deitei ali mesmo o chão duro me fez pensar que da próxima vez um colchonete cairia muito bem, mesmo assim eu apaguei em menos de 10 minutos, nos quadrinhos as coisas parecem tão mais agitadas, que seja quem sabe amanha não seja melhor.

Despertei quando os primeiros raios de sol bateram em meu rosto, eram quase seis horas dormi quatro horas a mais do que planejado, me sentei me sentindo um pouco decepcionado comigo mesmo, que droga de herói sou eu e se alguém tivesse precisado de mim enquanto eu estava dormindo, talvez o Gabriel estivesse certo e isso tudo fosse uma grande besteira me levantei e me debrucei no parapeito podia ver claramente o ir e vir das pessoas dês de que descobri esses poderes minha visão melhorou muito imaginei se alguma daquelas pessoas era igual a mim ou se alguma delas fazia idéia que existiam pessoas como eu e o Gabriel tirei minha fantasia e levantei vôo em direção a minha casa fiquei acima das nuvens para que ninguém me visse, entrei pela janela do meu quarto, minha cama estava arrumada o que provavelmente não aconteceria se eu não estivesse em casa uma vez quando minha mãe ainda se importava com as coisas ela dizia que se um furacão passasse pelo meu quarto faria menos bagunça do que a que. Eu fazia curiosamente quando ela parou de reclamar eu passei a arrumar meu quarto, sempre na esperança de que ela notasse, mas nunca notou ou se notou nunca comentou.

Deitei-me ainda precisava descansar um pouco, mas não adormeci fiquei ali, olhando o ventilador de teto girar lentamente, e acabei adormecendo acordei já era mais de meio-dia, mas um dia de aula perdida, agora sei por que o Peter Parker passou a ter tantos problemas depois de ter vestido a roupa de homem-aranha.

Meu estomago roncava me avisando que eu precisava imediatamente de comida, desci para o andar de baixo e encontrei minha mãe na sala ela parecia sóbria algo raro nos últimos tempos.

Sabrina: - matou aula de novo – Ela disse sem parecer realmente se importar.

Tiago: - Todo mundo sabe que as coisas só começam mesmo depois do carnaval. – Eu Disse.

Sabrina: - Eu sempre dizia isso quando era mais nova – Ela disse.

Tiago: - Foi à senhora que me disse isso – Eu disse.

Sabrina: - Manda um abraço pra mãe do Gabriel.

Tiago: - Eu não vou lá hoje – Eu disse num tom normal.

Sabrina: - Diz pra ela aparecer – Ela disse provando que não estava prestando atenção no que eu tinha dito – Pode deixar mãe – Eu disse enquanto caminhava pra cozinha.

Sentei-me à mesa e comi a comida que a nossa empregada havia feito, queria que ela estivesse aqui nesse momento só assim teria alguém pra conversar.

Comecei a praticar golpes no jardim da minha casa, eu não tinha muitas habilidades e sabia bem disso se tivesse que entrar numa luta corporal precisaria de muita sorte, fiquei treinado ate o final da tarde ao contrario do que eu disse pra minha mãe eu passei na casa do Gabriel e agente se entendeu, ele é meu melhor amigo sempre foi e sempre será, não havia sentido agente continuar nesse clima ruim, não me orgulho mais agente se abraçou e eu quase chorei, quase, sai voando pela janela dele e fui procurar um ponto estratégico pra esperar que algo aconteça, percebi o quanto esse pensamento era egoísta esperar que algo ruim acontecesse só pra que eu me torne um herói, meu devaneio foi interrompido quando eu avistei uma garota que ia ser atropelada mergulhei como uma águia, acho que eu devia esta a uns 100 km por hora e a tirei da frente do carro um pouco antes de ser tarde de mais, ninguém viu de onde eu sai, mas todos estavam espantados.

Garota: - Obrigada – Ela disse com a voz tremula.

Tiago: - Não precisa agradecer – Eu disse me sentindo o Maximo.

Ela agarrou meu rosto e me deu um beijo parecia ate que ela ia quebrar meu nariz quando ela parou de beijar eu estava sem fôlego.

Tiago: - Moça se houver uma próxima vez, um obrigado basta – Eu disse educadamente.

Ela me deu um tapa na cara e me chamou de bichinha eu sai voando para surpresa de todos, alguns tentaram tirar fotos, sobrevoei a cidade não toda mais boa parte da zona sul, quando cheguei em Copacabana vi uma mulher apanhando de dois jovens cheios de músculos pousei para ajuda-la.

Tiago: - Parem já com isso! - eu disse num tom autoritário.

Eles olharam na minha direção e começaram a rir da minha fantasia dizendo que eu estava alguns dias adiantado para o carnaval, a mulher aproveitou e correu na minha direção ela teve um pouco de dificuldade em chegar pois estava só com um salto.

Tiago: - Não tema senhora – Eu disse tentando acalma-la.

Quando ela chegou perto eu notei que não era uma mulher e sim um travesti, ele me abraçou agradecendo eu me livrei educadamente.

- Agora você vai apanhar no lugar dele – disse um dos rapazes,

Não sei qual, pois logo depois eu levei um soco que me fez ir ao chão estava totalmente zonzo, quando me dei conta estava levando um chute na barriga e outro, acertei dois socos em um deles era a primeira vez que eu batia em alguém e nunca pensei que doesse tanto continuei a desferir golpes assim como eles, os meus golpes raramente os atingiam, já os deles me levavam ao chão constantemente, voei de encontro a eles e finalmente causei algum dano a eles, tanto que eles saíram correndo.

Me sentei sentindo meu corpo totalmente dolorido, o sangue escorria pelo meu rosto tenho quase certeza que só estava enxergando de um olho, mas foi a minha primeira luta e eu venci não posso mais ser considerado um Nerd agora eu realmente sou um herói, só gostaria de ter o poder de me recuperar dos ferimentos igual ao Gabriel.

Tirei a fantasia sentia a falta de ar tomar conta dos meus pulmões enquanto me preparava para voar, fui ate o hospital mais perto e fingi desmaiar na entrada pra que eles me atendesse mais rápido, tudo bem eu admito eu desmaie de verdade, só sei que quando acordei estava com minhas costelas enfaixada, nariz quebrado, vários curativos no rosto mais com a alto estima lá em cima, a enfermeira entrou ela sorria.

Enfermeira: - acordou bela adormecida – Ela disse sorrindo.

Tiago: - Há quanto tempo eu estou aqui?

Enfermeira: - Ah umas três horas – Ela disse – Você lembra o que aconteceu com você – Ela perguntou educadamente.

Tiago: - Uns pitboys me agrediram – Eu disse.

Enfermeira: - Você não é o primeiro, tem uma gang de pitboys agredindo homossexuais aqui e nos bairros vizinhos – Ela disse foi quando eu me dei conta que ela estava achando que eu era gay.

Tiago: - Eu não sou gay – eu disse tentando explicar.

Enfermeira: - Você não precisa ter vergonha, se quiser eu aviso a policia – Ela disse muito solicita.

Tiago: - Olha moça eu vi eles batendo numa mulher, que na verdade não era uma mulher era um travesti, mas eu não sabia que era um travesti, ai eu fui ajudar e eles me bateram enquanto ele ou ela seja lá como você chame fugia – Eu disse.

Enfermeira: - Se você tivesse visto que era travestir você não teria ajudado – Ela perguntou surpresa.

Ela tinha razão acho que eu não teria ajudado, que raio de herói eu sou.

Tiago: - Mais é claro que eu teria ajudado – Eu menti.

Enfermeira: - É que do jeito que você falou.

Tiago: - Me expressei mal me desculpa, agora se me der licença eu vou embora – Eu disse me levantando.

Quando eu consegui sair do hospital já estava amanhecendo, eu estava faminto por sorte havia uma lanchonete 24 horas aberta, entrei carregando minha bolsa com a minha fantasia e minha garrafa térmica tomei um café da manha que foi o suficiente pra acalmar o meu estomago, fiquei imaginando o que eu faria se um bandido entrasse e anunciasse um assalto, foi quando um homem entrou afoito. A adrenalina percorreu meu corpo esperando pelo confronto.

- Incêndio – Ele Gritou desesperado.

Todos que estavam na lanchonete saíram para olhar, eu inclusive caminhei ate o aglomerado de pessoas eles estavam olhando para os andares em chamas, uma mulher que carregava um saco de pão se desesperou ao ver o prédio em chamas e começou a gritar que a filha dela estava lá em cima no décimo andar, os outros a impediram de entrar aproveitei que a eles estavam distraídos com os gritos da mulher voei ate um prédio vizinho e coloquei minha fantasia e voei ate o prédio em chamas.

Entrei quebrando a janela que me causou alguns cortes, o apartamento estava em chamas avistei a garota desmaiada no chão, foi quando minha capa começou a pegar fogo a tirei rapidamente tentei apagar pisando no fogo mais não deu muito certo, corri ate a garota e comecei a fazer respiração boca a boca inclinei a cabeça dela pra trás pra que o ar entrasse nos pulmões, aprendi isso assistindo Lost, ela despertou tossindo, me preparei para sair voando com ela quando o botijão de gás explodiu coloquei meu corpo sobre o dela e fechei os olhos sabendo que era o meu fim, mas me dei conta que nada havia acontecido abri um dos olhos pra me certificar de que ainda estava vivo, foi quando eu o vi parado bem na minha frente, um jovem alto com cabelo na altura dos ombros ele estava com o braço estendido, logo percebi que ele tinha parado a explosão, olhei para trás e vi aquela onde de fogo parada a poucos centímetros de mim.

Tiago: - Quem é você? – Eu perguntei

André: - Meu nome é André – Ele disse.

Tiago: - Você tem o poder de parar as coisas? – Eu perguntei abismado.

André: - Eu controlo o fogo somente – Ele disse.

Tiago: - Por que você esta aqui? – Eu perguntei.

André: - Alem de esta salvando sua vida, estava passando quando escutei a mulher lá embaixo gritando desesperada – Ele disse.

Tiago: - Então existem outros – Eu disse feliz.

André: - Não faz idéia de quantos - Ele disse.

Tiago: - Isso é incrível, por que eles não aparecem – Eu perguntei.

André: - É mais seguro pra eles, e alguns tem poderes muito inúteis.

Tiago: - Poderes não são inúteis são dádivas – Eu disse.

André: - Conheci uma jovem que seu único dom era ver como as pessoas vão morrer, não creio que isso seja um dom e sim uma maldição – Ele disse com uma voz triste.

Tiago: - Ela te disse como você vai morrer? – Eu perguntei curioso.

André: - Isso não é da sua conta – Ele disse de forma seca – Agora não perca mais tempo e sai já daqui, e faça um favor a si mesmo, pare de andar por ai demonstrando seus poderes – Ele concluiu.

Tiago: - Por que? – Eu perguntei.

André: - Só faça o que estou dizendo – Ele disse irritado.

Tomei a garota em meus braços e sai voando pela mesma janela que eu entrei cerca de 10 segundos depois aconteceu à explosão estilhaçado os vidros ainda intactos das janelas, fui descendo em meio à multidão que abriram espaço para que eu pousasse, pessoas estavam gravando com seus celulares, a expressão no rosto deles era de incredulidade, a mãe da menina correu para abraça-la, me senti muito bem apesar da dor que os cortes estavam me causando, um garoto perguntou qual é o seu nome.

Tiago: - Eu sou Black Sparrow - Eu disse e me preparei para voar quando uma mulher perguntou o que significava Black Sparrow.

Tiago: - Quer dizer pardal negro – Eu respondi e sai voando antes que eles fizessem mais perguntas fui ate o prédio onde eu havia colocado a fantasia e coloquei minha roupa de volta, e voei ate outro hospital onde uma enfermeira fez a assepsia dos ferimentos ele notou os ferimentos anteriores.

Enfermeira: - Deve ter tido uma noite difícil –Ela disse tentando obter informações.

Tiago: - Você nem faz idéia – Eu disse cada vez que ela limpava os ferimento sentia uma grande dor, quando ela terminou, eu estava me sentindo um trapo por causa dos ferimentos, mas me sentindo o Maximo por causa dos meus feitos, peguei um ônibus ate a minha casa estava cansado demais para voar, ao entrar em casa vi minha mãe dormindo no sofá ao lado de uma garrafa vazia, ela nunca mais foi a mesma depois que o meu pai morreu, subi para o meu quarto sem fazer barulho, me joguei na cama e dormi quase que imediatamente.

Acordei algumas horas depois quando meu celular tocou, meus olhos queriam se manter fechado, mas com o toque insistente eu desisti e atendi ao telefone era o Gabriel.

Gabriel: - Parabéns Herói – Ele disse pude perceber que ele estava sorrindo.

Tiago: - Eu estou quebrado, e não é exagero cara – Eu disse.

Gabriel: - Você salvou uma garotinha como se sente – Ele perguntou.

Tiago: - Sobre isso eu me sinto ótimo, mas as dores estão me matando – Eu respondi.

Gabriel: - Você se queimou? – Ele perguntou.

Tiago: - Eu salvei três pessoas, enquanto eu salvava uma delas eu fui surrado – Eu admiti.

Gabriel: - você deve esta exausto – Ele falou.

Tiago: - Estou mesmo, queria ter seu poder de se regenerar – Eu disse.

Gabriel: - Você está famoso cara, esta em todos os telejornais e no youtube – Ele disse – Vou deixar você descansar, afinal você tem que combater o crime.

Tiago: - Hoje eu não vou combater nada, só vou dormir – Eu disse.

Ele se despediu e desligou o telefone, me sentei na cama e senti uma forte pontada de dor nas minhas costelas, me levantei com certa dificuldade e fui ate o banheiro do quarto da minha mãe abri o armário e lá tinha uma infinidade de remédios de antidepressivos a remédio para emagrecer peguei dois comprimidos de um remédio para dor e tomei, voltei para meu quarto me deitei cuidadosamente e voltei a dormi.

Quando me levantei já era noite, pensei em fazer uma nova capa, mas resolvi ir ate a casa do Gabriel, sabia que ele ia ficar assustado com os meus ferimentos, sai pela minha janela e voei lentamente ate a casa dele a vizinhança parecia tão tranqüila, a janela do quarto dele estava aberta eu entrei sem bater ele se assustou e caiu da cadeira do computador.

Gabriel: - Cara você devia bater – Ele disse assustado, eu não entendo como um homem indestrutível pode ter medo de alguma coisa.

Tiago: - Me desculpa – Eu disse.

Ele notou meus ferimentos e se aproximou, pra ver mais de perto.

Gabriel: - Cara – Foi tudo que ele disse antes das palavras lhe faltar.

Tiago: - Não é tão ruim assim – Eu disse tentando acalma-lo.

Gabriel: - Como não olha pra você – ele disse alterado.

Tiago: - Calma ai Gabriel, eu to bem só um pouco machucado – Eu disse.

Gabriel: - Não você ta muito machucado – Ele cuspiu as palavras.

Tiago: - Eu sempre soube que ferimentos iam acontecer, estou disposto a suporta-los. – Eu Disse.

Gabriel: - Isso vai acabar te matando cara – Ele disse – Você não pode continuar com isso.

Tiago: - Eu preciso – Eu disse.

Gabriel: - Você não precisa não, você ta fazendo isso por que quer – Ele disse – Por que acha que é o certo – Ele concluiu.

Tiago: - Exato, é o certo – Eu falei.

Gabriel: - O certo vai acabar te matando – Ele disse de uma forma que me deixou assustado.

Tiago: - Você não entende - Eu Disse – As pessoas precisam de mim.

Gabriel: - As pessoas sempre se viraram sem você – Ele argumentou.

Tiago: - Você realmente não entende – Eu disse antes que ele me cortasse.

Gabriel: - Parece que é você que não está entendendo o quanto isso é perigoso – Ele gritou.

Tiago: - Olha pra mim Gabriel – Eu disse – Eu sei exatamente como isso é perigoso, mas agora sempre que uma pessoa estiver em perigo, seja criança, mulher, homem ou ate mesmo um travesti eles vão olhar para o céu esperando que eu venha ajuda-los – Eu conclui.

Gabriel: - Você não pode esta em todos os lugares ao mesmo tempo, você não é Deus –Ele disse.

Tiago: - Mais eu posso tentar esta no Maximo de lugares onde precisarem de mim – Eu disse.

Ele desistiu de argumentar, veio ate mim e me deu um abraço, conheço o Gabriel desde que éramos crianças e essa foi a primeira vez que ele agia dessa forma ele sempre foi tão distante, tão frio.

Gabriel: - As pessoas vão acabar achando que agente é Gay – Ele disse tentando fazer piada.

Tiago: - Se já não estiverem – Eu disse.

Ele me largou, pude ver que ele estava se sentindo envergonhado por ter demonstrado pela primeira seus sentimentos.

Gabriel: - Cuidado Black Sparrow – Ele disse.

Tiago: - A gente se vê cara – Eu respondi.

Sai voando do quarto dele e voltei para minha casa, tomei mais dois comprimidos para dor e fui descansar, amanha iria a aula e a noite combateria o crime, me dei conta que esqueci de dizer ao Gabriel sobre o André acho que ele ficaria feliz em saber que nós não somos os únicos, amanha na escola eu conto a ele, esses remédios pra dor dão um sono terrível, antes de dormir assisti um pouco de televisão onde estavam falando sobre mim, depois fui para o computador assistir meus vídeos no Youtube era incrível mais um deles já estava chegando a um milhão de visualizações, nos comentários algumas pessoas estavam achando que tudo não passava de armação, outras estavam empolgadas, tinha comentários em chinês, russo, alemão e outras línguas esquisitas e indecifráveis pelo menos pra mim era ótimo saber que tantas pessoas estavam felizes, mais um comentário me chamou a atenção e mostrou pra mim mesmo que eu estava certo foi de uma garota estava escrito: AGORA JÁ SABEMOS A QUEM CHAMAR QUANDO ESTIVERMOS EM PERIGO.

Aquilo me fez dormir feliz, quando acordei e olhei para o meu celular para ver as horas percebi que já eram onze horas da manha, como eu podia ter dormindo tanto acho que esses remédios estão me deixando meio chapado, achei melhor sair com algum tipo de arma, peguei uma barra de ferro que estava na garagem junto com um monte de sucata que já deveria ter ido pro lixo a muito tempo, comecei a manusear a barra no jardim simulando golpes ela era pesada tinha que tomar cuidado pra não acertar ninguém na cabeça com ela, pois ia acabar matando, voltei a garagem pra pegar umas tintas e pintar a barra como eu não achei preto eu pintei de azul ficou bem legal.

Já era noite quando eu vesti minha fantasia e sai voando pela janela do meu quarto, se alguém olhasse o Maximo que conseguiriam ver era um vulto preto passando a mais de 100 km por hora pensei em ir ate a casa do Gabriel mais apesar da nossa conversa de ontem tenho certeza que ele ainda tentaria me convencer a desistir o que devo admitir era algo tentador.

Pousei em cima de um prédio numa área onde segundo estatísticas acontecem muitos assaltos, fiquei lá por cerca de duas horas e nada nem um assalto, apenas pessoas que passavam tranqüilas saindo do trabalho e indo para suas casas, apesar da monotonia eu não estava decepciona igual eu fiquei no primeiro dia, de certa forma eu estava ate aliviado, mas meu alivio não durou muito, um carro em alta velocidade passou desviando perigosamente dos carros, inclusive subindo na calçada, voei imediatamente o ultrapassei e tirei um casal que estava na calçada, depois voei atrás do carro ao alcança-lo cheguei do lado do motorista e gritei para que ele parasse, ele sacou uma arma e disparou, eu conseguiu desviar por pouco estava sobrevoando o carro o acompanhando para não perder os bandidos de vista meu coração estava acelerado, minhas pernas um pouco tremulas, o bandido que estava no banco do carona, colocou parte do seu corpo para o lado de fora do carro e começou a atirar em mim voei um pouco para o lado mais ele continuou atirando.

Foi quando eu senti um impacto de repente tudo ficou escuro e a ultima coisa que eu me lembro foi a queda, eu estava a uns 50 metros do chão vai ser uma queda e tanto como dizem quando maior a altura maior é a queda.

Miguel Dante
Enviado por Miguel Dante em 16/08/2011
Código do texto: T3163404
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