Bad Romance [parte 6] (um beijão gente!)
Debaixo do Píer, foi lá que aconteceu
— Tá bom, pode tocar nos meus músculos.
Tremi nas bases. Coloquei a camisa na grama e sentei sobre ela.
Hesitei por alguns segundos.
— Ok. Ponha sua cabeça no meu colo. — pedi.
Ele obedeceu. Uma borboleta roxa passou por nós rodopiando, deu meia volta e pousou sobre o nariz dele.
— Isso é digno de uma foto grafia, espera um momento! Acho que trouxe minha câmera, não se mexa!
Peguei a câmera na bolsa e enquadrei sua face de um modo que aparecia a borboleta, o peitoral e o abdômen. Quando o flash foi acionado a borboleta fugiu, mas a foto já havia sido tirada e saiu perfeita.
— Pronto. Temos uma recordação. A gora feche os olhos...
A intenção era mandá-lo fechar os olhos por que certamente eu ficaria corada, mas o momento foi de pura sintonia.
Acariciei seu rosto, sua barba mal feita arranhando minhas mãos, era gostosa a sensação. Desci acariciando seu pescoço, comecei a tocar em seu peitoral forte e em cada covinha de seu abdômen, eu estava tão excitada, não sei o que me deu, mas eu estava enlouquecendo.
Ele também estava, eu podia sentir sua tensão e ao mesmo tempo estava deliciado pelo meu toque.
— Acho melhor você parar ou acabarei...
— Eu também acho. — Ele estava tão excitado quanto eu.
Ele abriu os olhos e se sentou. Nos encaramos. Face com face, se aproximando. Estávamos no clima.
Mas no último momento achei que não deveria beijá-lo.
— São três da tarde, acho melhor irmos...
Despistei.
Zac não me forçou a nada. Beijou minha testa para não quebrar o clima e me ajudou a levantar.
Dei-lhe a camisa de xadrez e segurei a outra. Colocamos os copos na lixeira e partimos.
O sol estava se pondo do lado contrário ao oceano, mas o contraste laranja na água era lindo quando chegamos à JVB. Mandei-lhe parar.
Eu precisava contemplar aquela beleza. Fomos para o píer.
Debrucei-me na mureta de madeira da ponta do píer e encarei aquele infinito de água.
— É tão lindo. — comentei de novo.
— Não tanto quanto você. Mas eu vou te dar uma dica. São cinco horas e quarenta e oito minutos da tarde, a água deve estar morna, é uma delícia entrar no mar.
— Vamos? — convidei.
— É claro.
Ele tirou a roupa imediatamente, ali mesmo no píer.
— Por que já se despiu?
— Olhe e aprenda!
Zac subiu na mureta e se atirou no mar, esperei por uns cinco minutos e ele não emergiu.
MERDA!
Corri de volta, tirei a bota e desci pela areia pela parte de baixo do píer, cheguei a entrar na água, mergulhar e não o vi. Então corri de volta à areia e do nada algo se chocou comigo e eu caí na areia.
Era ele. Que alívio.
Estávamos deitados debaixo do píer, corpo a corpo, Zac sobre mim, não pude fugir. Não havia por que fugir.
Zac hesitou por cinco segundos e enfim me beijou. Foi mais doce do que eu poderia imaginar. Não havia nada de agressivo, apenas a doçura de um belo homem. Sua pegada era das boas, tremi de novo, nem era por causa do frio da noite que chegava, tremi de nervosa. O beijo era bom de mais.
E debaixo do píer... Nos braços dele ainda não conseguia crer.
O som de Spotlight ecoou de algum lugar, talvez de algum carro, a bela voz do Patrick Stump intensificou o momento. Não era só mais um garoto pra beijar. Era O GAROTO e ele me beijava/apertava como nenhum outro.
— O que estamos fazendo? — sussurrei.
Zac beijou meu pescoço.
— Eu não faço ideia, só sei que... É bom de mais. — sussurrou de volta.
— Me beija de novo...
Nos pegamos mais um pouco.
Se ficássemos deitados na areia debaixo do píer por mais algum tempo, corríamos o risco de sermos presos. Só estávamos nos beijando, mas as pessoas certamente interpretariam de forma diferente.
Ele vestiu sua roupa, eu tirei a areia do meu vestido e fomos como perfeitos santinhos para a minha casa.
Ele parou o carro e nos beijamos de novo.
— Nos veremos de novo?
— É claro. — respondi.
Demos um último beijo e eu entrei, corri para a janela e o vi indo embora no carro.
(Suspiros)
Continua...
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E aí?