Bad Romance [Parte 3]

Esse cap vai para Egila, que vem sendo muito gentil em acompanhar meus textos e me deixa honrado com seus comentários.

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Rápido demais

Que mico, ficar excitado nessas condições é muito pior do que levar uma bolada e cair de bunda na calçada, mas não vou xingá-lo por isso.

— Pra onde vai me levar agora? — disfarcei.

— Venha conhecer se enturmar.

Ele vestiu seu calção e fomos ao encontro de uma turminha sentada à mesa do quiosque, um garoto negro, forte e bonito, à sua esquerda um outro garoto bronzeado, jovem e lindo, devia ter uns quinze anos e à direita do rapaz negro estava uma garota bronzeada, era bonitinha até, mas tinha cara de ser chata. Seu cabelo parecia palha, os olhos eram castanhos comuns e tinha sardas nos ombros e rosto.

— Ei gente, essa aqui é a maluca que me atropelou. Estes são: Sara,

Timothy e Carl. A minha turma.

— Oi. — falei um pouco sem jeito.

— Olá, pode me chamar de Tim. — o jovem garoto tirou os óculos escuros e eu pude ver melhor seu rosto, algo nele era semelhante a Zac.

— Meu irmão caçula. — explicou.

— Sentem-se conosco. — disse o Carl.

A garota parecia se opor a ideia, mas ficou calada.

— Agora você tem uma companhia feminina Sara.

Ela girou os olhos ao comentário, decidi que era hora de ir pra casa.

— De qualquer forma, não vai dar. Tenho que ir pra casa arrumar umas coisas...

— Você é tão branca! De onde veio? Do Alaska? — a loirinha boneca de milho tentou fazer piada da minha cor.

Ok, ela pediu.

— Venho do Canadá, geralmente no Alaska tem mais bonecas de milho. Tchau meninos. — sinalizei com a mão.

Eles pareceram gostar de mim.

— Não liga pra ela, a Sara é a esquentadinha da turma. — Zac me explicou enquanto me levava pra casa.

— Então você não deveria estar falando dela.

— Verdade. Ei olha o píer. — apontou quando estávamos nas calçadas da cidade — Não é lindo?

O píer era enorme e havia banquinhos charmosos por toda a extensão.

— É tão romântico.

— Serve para casais apaixonados, ou não, observarem o nascer do sol. Meu lugar preferido, acho que agente podia andar juntos mais vezes. — disse-me gentil.

Eu encarei seus olhos verdes, isso é um joguinho pra me conquistar rapidamente? Se for... ele está aos poucos, conseguindo.

— Sabe... Diz a lenda, que a primeira impressão é a que fica.

— Lendas são lendas, vamos tentar desvendar essa, por que àquela primeira impressão que tivemos um do outro, já passou há muito tempo. — ele desviou os olhos.

Certo, ele estava sem jeito.

— Ok. Se eu não for recebida por uma bolada novamente, nos veremos de novo.

— Prometo.

Continuamos a caminhada até a minha casa.

— Você mora com quem?

— Minha mãe, Olivia. Ela é separada do meu pai...

Talvez ele estivesse invadindo um espaço que eu preferia esquecer.

— Irmãos?

— Um. Jason, ele mora e trabalha em NY, meu pai me expulsou de casa então resolvi fazer uma caridade. Minha mãe anda sozinha, precisa de mim.

— Você cometeu algum crime?

— Tá falando sério?

— Claro... Que não, boba. — sorriu.

Era tão terno o seu modo de sorrir, e pensar que por pouco não viramos piores inimigos.

Chegamos à minha casa.

— E a propósito, calcule o valor do seu prejuízo, pagarei por tudo. — disse-me.

— Não seja ridículo.

— É sério! Deve ter custado caro, se você fala tão bem, por que dá pra ver que você entende de moda.

— Não tem importância, esquece.

— Não mesmo. Preciso pagar por isso.

Tive uma ideia.

— Tá. Anote meu número, me dê o seu e me leve para conhecer a cidade qualquer dia desses. Você não imagina como é difícil não saber nem aonde comprar um esmalte. É horrível. — brinquei.

Era uma deixa para passarmos mais tempo juntos.

— Sim.

— Ah... E quanto ao píer, seja um bom menino e eu te deixo me levar pra assistir o nascer do sol.

Ele assentiu.

Pegamos os telefones um do outro e salvamos os números, depois o observei indo embora com aquele físico. Jeitão de surfista. Tudo isso em um dia...

Parece rápido demais, mas é bom. Não me preocupo com isso já que não tenho nada a perder, pelos menos eu acho.

Agora enquanto minha não chega, vou tomar um bom banho e me aprontar (ao som de Friday, Friday lalalalala Friday) para assistir o BIG END (ou grand finale) do Glee.

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Continua...

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 25/07/2011
Código do texto: T3118293
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