A Busca das Tri Chaves - Capítulo 6 - Parte 2

CAPÍTULO 6

FAZENDO NOVAS AMIZADES

PARTE 2

- Intrusos, intrusos, o que estão fazendo aqui?

Todos acordaram, no dia seguinte sonolentos e ao mesmo tempo, assustados. Estavam envolvidos numa rede. Do lado de fora da rede havia um homem baixo, careca e com um ar um pouco maldoso. Os senhores da natureza começaram a gritar.

- Socorro! Alguém para nos ajudar! Socorro!

- Ninguém pode nos ouvir. Estamos no meio da Floresta de Gamizanópolis. - Respondeu outro homem, que se aproximou do grupo.

O homem era alto. Tinha a pele macilenta. Usava um tapa olho do lado esquerdo do rosto. Trajava um casaco feito de couro de dragão. Seus cabelos estavam grandes, envolvidos numa trança. e suas barbas estavam mal feitas. E usava nos cabelos, uma faixa, como de pirata.

- O que vocês querem? Para que nos seqüestraram? - Perguntou Peter, atrevido.

- Nós não seqüestramos ninguém - Respondeu o homem mais baixo. - Vocês que estão no nosso caminho, e, como não os conhecemos, vocês irão conhecer a prisão morto-vivo. - Gargalhou.

- O que? Prisão Morto-Vivo? - Perguntaram os garotos, impressionados.

- A Prisão do Morto-Vivo nada mais é a prisão onde as pessoas mágicas vão e por lá ficam, para nunca mais voltar. - Respondeu o homem de pele pálida. - Lá, matamos cada pessoa devagarzinho. Tiramos membro por membro para ver a pessoa sofrer, devagarzinho. - Falou com acidez.

Os garotos ficaram pálidos como cera.

- Ah, brincadeirinha! Há Há Há! Precisavam ver a cara de vocês agora! Parecendo um bando de gnomos tremendo de medo! Há Há Há! - Gargalhou o homem de pele macilenta.

Todos riram, também.

- Quem é o senhor? - Perguntou Stuart.

- Prazer, sou John Bartosquão. E vocês quem são? - Perguntou simpático.

- Bem, você não iria nos levar a sério se contássemos à você. Ainda mais com cara de bobões, dentro de uma rede. Iria? - Respondeu Lucas.

- Creio que não!

O senhor mais alto, de tapa olho, tirou uma faquinha de dentro do bolso interno do casaco, e começou a cerrar a rede. Enquanto cerrava, perguntou novamente:

- Quem são vocês mesmo?

- Somos os senhores da natureza. Viemos do mundo dos mortais. - Respondeu Lucas, novamente.

Neste momento, o homem soltou a rede, e os garotos caíram no chão com um enorme estrondo.

- Ai… Por que nos deixou cair assim, seu… seu… indelicado. - Reclamou Katharine.

O senhor John ficou pasmo.

- Vo-vo-vocês sã-são o-o-os senho-o-res da na-na-na-ture-z-za? - Gaguejou ele.

- Somos! - Respondeu Lucas.

- Me desculpe senhores. Ouvi boatos de que vocês haviam chegado, mas… bem, boatos são boatos. - Falou ele aos garotos.

- Desculpem-me senhores! - Disse o homem menor. E ajoelhou-se aos pés dos garotos e fez uma longa reverência.

- Não, não, não senhor… senhor - Falou Lucas.

- Darthwan senhor. Meu nome é Darthwan. - Apresentou-se.

- Não é necessário ajoelhar-se senhor Darthwan. Agradecemos pelo carinho, mas… isto já é demais. - Agradeceu Lucas.

- Muito obrigado senhores. - Agradeceu também, John. - Enfim teremos paz em Simosong. Os senhores aceitam tomarem um chá de nozes? - Convidou.

- Eu aceito. - Respondeu, então, Peter.

- Todos nós aceitamos. - Responderam os outros.

- Bem, então… vamos. Teremos de andar um pouquinho. Nossa casa fica a alguns minutos daqui. - Comunicou John.

Todos começaram a seguir John.

Já havia se passado algumas horas, quando começaram a surgir calos nos pés dos garotos. Eles já sentiam fome e sede.

- Aqui estamos. - Disse John.

Ele apontava para uma enorme casa. Não havia portão. Havia apenas um jardim, mas os meninos notaram que as plantas ali não eram regadas há muito tempo. Lucas fez sua parte, jogou um jorro de água na horta e, quase que imediatamente, o que estava morrendo ficou verde novamente. A casa era velha. A tintura já estava descascando. A porta, então, pareceria nova, se não fosse um buraco do tamanho de uma bola de boliche em seu centro. Todos entraram na sala. Era uma sala quente e aconchegante, porém, mal iluminada. Havia na lareira, um fio de fogo. Tinha um sofá preto, e, como a roupa de John, era feito de couro de dragão. Possuía um armário de vassouras debaixo da escada, que ficava do lado direito do recinto e outro cômodo, que parecia a cozinha, do lado oposto da escada.

D Silva
Enviado por D Silva em 07/07/2011
Reeditado em 12/08/2011
Código do texto: T3081269
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.