A Busca das Tri Chaves - Capítulo 6 - Parte 1

CAPÍTULO 6

FAZENDO NOVAS AMIZADES

PARTE 1

Todos estavam exaustos após muitas tentativas de decifrar o enigma Ninguém sabia mais o que fazer e não tinham mais esperanças para abrir a Caixa do Futuro. Lucas, por sua vez, pensava em procurar ajuda. Poderia ser no palácio do velho Alceu, ou até mesmo sair andando para qualquer lado até achar pessoas que lhe dessem mais informações sobre o paradeiro das Tri Chaves.

- GENTE! - Gritou Katharine.

Todos se assustaram.

- O que foi Katharine? - Perguntaram os outros.

Katharine mostrou-lhes o apito de prata dado pelo velho Alceu, há algumas horas atrás.

- O que tem isto a ver com as Tri Chaves? - Questionou Peter.

- O que tem a ver? Tudo. Vocês lembram quando aquele senhor nos deu? O que ele nos disse mesmo sobre este apito? - Indagou Katharine.

- Que era para usarmos quando estivéssemos sem caminho e sem rumo. - Rebateu Stephan.

- Então pessoal. Esta é a hora. - Contestou Lucas.

Katharine apanhou seu apito de prata, tocou-lhe aos lábios e assoprou. O ruído era agudo, mas, prazeroso. Todos ficaram ansiosos pela reação daquele artefato mágico. Foi quando todos assustaram-se ao ouvirem um urro muito forte. Era Naturious, aquele lindo dragão verde, voava leve e prazerosamente. Fez uma volta ao redor da floresta e do palácio da rainha Místia, e pousou, linda e suavemente, derrubando algumas árvores, a alguns metros dos garotos.

Todos os outros, encantados com a idéia, apanharam também, seus apitos e assopraram cuidadosamente. O ruído era o mesmo, agudo, mas prazeroso. Esperou-se alguns instantes e… aqueles lindos dragões vieram voando, como os de Katharine, suavemente, cada qual tentando aparecer e ser mais charmoso que o outro. Pararam também, a alguns metros deles. Todos correram e montaram em seus fiéis escudeiros.

- E agora, o que vamos fazer? - perguntou Peter, já montado no seu dragão.

- Não sei. Será que eles entendem o nosso linguajar? - Perguntou Stuart, estupefato.

- Só testando pra ver. - Interpôs Lucas. - Cima. - Ordenou.

O dragão de Lucas obedeceu. Deu um urro e levantou vôo. Lucas sentiu-se livre. Era como se estivesse solto no ar. Sentia a fina brisa tocar-lhe a face com muito prazer.

- Esquerda.

O dragão virou à esquerda.

- Água.

O dragão tocou com a pata dianteira um pequeno lago próximo ao chão. Lucas nunca havia sentido nada igual.

- Pousar.

E Aquânix pousou levemente próximo aos outros. Ao chegar, os outros seguiram o exemplo de Lucas. Ordenaram para que seus dragões levantassem vôo, e, como Aquânix, todos os outros obedeceram. Lucas, então, preferiu continuar no chão e observar os outros. Lá de baixo, ouvia comentários e exclamações dos outros. Após alguns instantes, todos desceram e contemplaram seus dragões até o fim da tarde.

A noite já estava caindo quando resolveram partir, desta vez para um lugar desconhecido.

- Aquânix, por favor, guie-nos a um lugar distante e confortável para que possamos passar a noite tranqüilos. - Pediu Lucas, com carinho.

Aquânix e todos os outros levantaram novamente o vôo, e começaram a voar céu adentro para um lugar não muito longe dali. Chegaram então, numa floresta que ficava do lado oposto do castelo da rainha Místia. Todos desceram de seus dragões e descansaram. Não havia luz naquele lugar, apenas dava para observar-se o brilho de algumas fadas.

- Onde estamos? - Perguntou Stephan.

- Não sei, não faço a mínima idéia. Pedi para que Aquânix me trouxesse para um lugar confortável e tranqüilo para passar a noite. Então, creio que este lugar seja seguro, mas nesta escuridão, não dá para ver nada. - Falou Lucas.

- Então, este já não é mais o problema. - Objetou Stuart.

E com alguns movimentos e um pouco de esforço, ateou fogo numa árvore próxima a eles. A floresta clareou.

- Obrigado. - Agradeceram os outros.

- Não tem por onde. - Disse humildemente.

Todos começaram a procurar por alimento, pois já estavam famintos. Acharam, então, algumas nozes e degustaram. Após comerem um pouco começaram a remoer, novamente, o enigma dado pela rainha Místia para acharem a Tri Chaves e abrirem a Caixa do Futuro.

Já estava nascendo o dia quando foram dormir, sem terem encontrado nenhuma solução para aquele complicado enigma.