A rua que nos separava #5
Nenhum coração está isento de se ferir. E mesmo se ferindo não cansa de bater, vive se aventurando em jornadas desconhecidas e mergulhando em situações inexplicáveis. Acho que não são os outros, o problema sou eu por levar o amor tão a sério.
- Me diz que foi tudo real? Parece que a garota se agarrou à coragem, por que era a mensagem que outrora havia escrito e hesitou em enviar. O garoto respondeu o mais rápido possível. - Acho que foi um sonho, por que sinto como se nada me prendesse no chão. E os dois tiveram a certeza que ambos estavam acordados.
A única coisa válida naquele momento era suprir a necessidade que havia do outro. Seus corpos apeteciam do mesmo calor da noite passada. Correram para fora na expectativa que o outrem supostamente estaria aguardando. Falaram o que algumas horas no dia anterior foram insuficientes para se dizer. Por que meia dúzia de palavras não faz sentido quando falamos de amor.
- Porque quando estamos juntos, não quero ser mais ninguém além de mim e não quero ter mais ninguém além de você? Indagou a jovem transbordando sorrisos. – Talvez pelo mesmo motivo que eu negaria tudo o que não te incluísse. Foi a primeira vez que o coração da garota se tornou pequeno. - Você apareceu na hora certa, como se eu precisasse disso para me manter na terra. Continuou João.
O que o amor faz com os corações dos apaixonados? Parece roubar todo o medo que havia na boca. O que era evidente em cada palavra que ali era falada. – E se um dia nós nos distanciarmos? Foi a pergunta que atingiu os lábios rosados da garota. – Vou olhar bem dentro de mim, dentro do meu coração, por que você nunca vai sair daqui. Refutou o menino. – E você nunca vai sair do meu. Acrescentou Bruna.
- Sabe, agora eu sou tão seu!
- Estou começando a acreditar nisso.
- JOÃO. Um grito que soou desespero corta aquela cena. Era a mãe do garoto.
– Já volto você me espera? - Pra todo o sempre!