[Original] The Simple Plan - Capítulo 46 {FIM}
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Aprenda a lição, nunca diga nunca mais.
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Paolla Santana
Crescer é bom. Tem seus desafios, mas sem dúvidas é uma experiência necessária, essencial e maravilhosa. Eu não tenho palavras pra descrever o quanto me sinto feliz com essa nova etapa da minha vida.
Eduardo e eu completamos 3 meses de namoro com aliança e tudo. Quer dizer, claro que já namorávamos a um bom tempo, mas agora era com aliança, e admito: eu me derreto inteira sempre que a olho. É perfeita.
Parece que foi ontem que conheci os irmãos Mendes, que briguei com Eric, e depois me apaixonei por Eduardo e mergulhei na loucura que é amar alguém mais novo que você. Muita coisa aconteceu, parece que em um dia, vivemos uma semana, em uma semana, meses. Eu aprendi muito com tudo isso.
Minha formatura foi perfeita, Eduardo e eu dançamos a noite toda. Curtimos, bebemos, rimos e pela primeira vez, parecemos um casal de verdade.
Emanuella e Eric estavam num amor louco. Claro que ele continua o mesmo babaca convencido, mas minha amiga soube dominar seu jeitinho e fazê-lo entender que o mundo não se baseia em ego.
Melissa e Breno... Eles noivaram, gente! Lindos demais. Me acabei de chorar na cerimonia. Johnny tá namorando outra menina. Nesse tempo, ele trocou pela segunda vez de namorada e não contou quem é ainda, mas disse que tá feliz pra caramba. É o que importa. Tiago não fala mais conosco. Nos vê na rua e finge que não conhece. Mesmo que me doa, optei por fazer o mesmo. Talvez um dia ele caia em si e veja que quem errou foi ele.
E claro, não posso deixar de falar sobre minha avó. A velha entrou num concurso de “A vovó mais moderna de SP” e ganhou! E foi merecido. Ela aprendeu andar de moto, fez uma tatuagem no ombro e pulou de paraquedas, e agora está no Sul passando uns dias na casa da minha mãe. Coragem, senhor... Coragem.
– Você sabe que eu não gosto dele! – Observei Eduardo com um pouco de medo. Ele estava com as bochechas vermelhas de tanta raiva. E tudo isso porque antes dele chegar eu estava conversando com Diego ao telefone. – Quer saber??
– Quero. – Respondi, calma. Ele bufou e saiu pela porta. Um temporal tomava conta da cidade de São Paulo. – Ah, Eduardo! Estávamos super bem e agora você...
– Eu??? – Ele parou em frente ao portão de casa e me olhou ainda mais puto. – Pô, se ponha no meu lugar, Paolla!
Eu não segurei o sorriso que nasceu entre meus lábios. Ah, gente! Tem coisa mais fofa que Eduardo Mendes com ciúme???
– Ciúme bobo!!!
Eduardo me ignorou e saiu rua a fora, debaixo de chuva. Eu o segui.
– Eu não acredito que você vai me obrigar a ir atrás de você na chuva!!
– Mimimi Diego, mimimi saudades. O cara ta lá na puta que pariu! Deixa ele!
– Eu te amo!! – Berrei, iniciando uma tremedeira pela chuva fria que eu tomava.
Ele me ignorou e continuou falando. Às vezes, só às vezes, a gente inverte o papel e Eduardo fica o ciumento neurótico. Eu gosto disso.
Quando chegamos na metade da rua, um carro passou em alta velocidade arremessando lama em mim, mas tipo, não foi aquela laminha na ponta do pé. Foi lama da ponta do pé aos meus cabelos.
Eduardo ao ver a cena parou, estático.
– OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – Foi a minha vez de perder o controle. Em plena tarde de temporal, eu brigando com meu namorado numa rua vazia. Isso não é de Deus. – AFF EDUARDO!!
Rindo alto, ele veio até mim. Agora estávamos parados no meio da rua. Sua gargalhada foi tão contagiante, que acabei rindo com ele. Dois loucos rindo na rua.
– Pra você guardei o amor... – Ele começou a cantar, me abraçando e girando ao mesmo tempo. – que eu nunca soube dar...
E conforme ele cantava, a minha felicidade foi plena. Eduardo parou e me beijou. Foi um beijo apaixonado e carinhoso. O gosto da chuva se misturando com o sabor de seu beijo. A cena foi tão bonita que eu até levantei o pé, tipo coisa de cinema. Quando eu contar isso a Melissa, ela vai morrer de inveja.
A verdade é que parecia que algo tinha finalmente se encaixado entre nós... Algo indestrutível. Sem mania de eternidade ou promessas sem fundamentos, mas, eu sentia que no fundo o futuro nos reservaria coisas boas. E ah, porque não acreditar?
– Vou gripar, Paolla.
– Cala a boca, Eduardo. Não estraga o momento.
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Reeditada e finalizada em 28/04/13.