Caçadora de Estrelas

Hoje lhe apresento a mim... A caçadora de estrelas...

Meia-noite, o meio da noite, o céu já fora coberto com seu manto negro, o disco amarelado está estampando o céu iluminando brevemente a cidade monótona e silenciosa de São Paulo. As estrelas brilham de longe, como pontinhos de uma lanterna distante, talvez coloridas, estou aqui a velas.

Por mais estranho, ou infantil, talvez idiota, o que estou a fazer é observar as estrelas sentada no telhado, ignorando o vento gelado, mas calmo passando por todo lado, percorrendo meu corpo que se torna gelado.

Dizem que elas atendem pedidos, dizem que guiam nossos sonhos... Já não acredito mais. Talvez ainda reste um pouco da minha infância em mim, e eu acredite, aquela parte grande da infância que eu não tive.

Umas brilham mais fracas, talvez mais longe, outras mais fortes, talvez estejam mais perto, sim? Não?

Esqueci as regras do jogo... Agora eu jogo sem saber por onde pisar, enganadores a cada ponto na esquina, cada sorriso falso com um punhal a atrás da vida, o sofrimento apenas nos amadurece, mas continuo criança? A vida não mima. Não se esqueça. A ilusão me segue, procurando frestas, as vezes cedo e ela entra ligeira, esperta, silenciosa... A verdade então bate, a ilusão vai embora brava, mas sorridente conseguiu algo do que queria, abro meus olhos, lá estou eu de novo, pelo menos tentando sonhar de novo e acordar de verdade, o sofrimento andava batendo mais alto, o coração quebrantado... Como colar?...

Ajeito o boné na cabeça, uma menina um tanto diferente, o sono enchendo o saco e eu não cedendo, não a ele, não quero...

Atenda meus pedidos?...

Cansei de sonhar com uma pessoa, acordar e saber que não está lá...

...Quero aquele sorriso perto de mim.

O silencio se quebra, as cordas do velho violão vibram... Melhor sofrer com notas que calada, eu quero ouvir o som da minha música, por um momento sonhar em ser livre... Felicidade, a onde se esconde, espertinha?

A cidade às vezes é o inferno (8).

A lua é coberta pelas nuvens obscuras no céu, a luz se apaga, uma garoa fina começa a descer dos céus.

Na minha vida tudo acontece

Mas quanto mais à gente rala, mais a gente cresce (8)

Eu estou aqui ainda, a espera do amanhecer, a espera da ida a lugares que nunca quis estar, logo seria hora de acordar, ver a família que sempre olhou torto a mim, conhecer a escola a onde já me tornei invisível.

Guie meus sonhos?...

Diminua essa distancia, a distancia entre eu e quem amo, eu e quem ainda posso chamar de amigo.

[\Desculpem-me pelos erros D:

Luna Lycan
Enviado por Luna Lycan em 12/05/2011
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T2966515
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