O dia que eu conhecer meu vizinho. Parte 3.
Em algum lugar no futuro...
– Meu amor não acredito que finalmente estamos juntos! Como foi possível que você se apaixonasse por mim sem nem mesmo conhecer meu rosto?
– Quando se ama não precisamos de rostos para identificar o que sentimos, apenas sentimos e pronto!
– Você é mesmo muito maluquinha Pan! Ha-ha-ha!
– Maluca eu? Eu não sou maluca, eu sei que não te conhecia, mas agora conheço e sei que te amo!
Pan olha para o rosto de Dylan e enxerga apenas um corpo e nuvem no lugar onde deveria estar a cara.
– Têm certeza que você me conhece mesmo? Ha-ha-ha!
– Não ria, eu te conheço, te amo... Eu...
Pan acorda e percebe que tudo não passou de mais um sonho que como os outros acabou virando um pesadelo. Como de costume nos últimos dois meses, ela se levantou, andou pela casa vazia onde seu pai a abandonava ainda de madrugada para seguir os passos de Greg, saindo em seguida apressada de bicicleta pela cidade, para explorar o lugar que se revelava cada vez mais assombroso.
A cidade grande surtia um efeito de compreensão apenas para os que nasceram lá. Parecia que compactuavam um segredo do qual Pan não podia compartilhar. Era assim pelo menos naquele bairro. Mas o que ela queria saber mesmo era sobre Dylan, buscava alguém que lhe respondesse as dúvidas que tinha a respeito do garoto mais incógnito do mundo.
Tudo o que tentava descobrir sobre Dylan acabava levando-a a outro nome, outra investigação. Todos os caminhos levavam a Greg.
As pessoas simplesmente não conversavam quando o assunto era Greg, só repetiam a mesma coisa que parecia terem sido treinadas para dizer.
– Greg é um ótimo, famoso e competente cientista, o mundo deve muito a ele e jamais terá gratidão suficiente para pagá-lo. – diziam como zumbis, voltando ao normal após um tempo.
Pan, também passava na frente da escola e a via quieta sem um sinal de vida por conta dos alunos estarem na tal viagem de férias, porém ela desejava muito encontrar algum anti-social que ficou por lá para preencher as lacunas em branco que só faziam aumentar.
– Será que Dylan era igual a seu pai? Será que ambos controlavam aquela gente e agora queriam controlar ela e o coroa também? – pensava, descartando tudo a seguir. – Teoria da conspiração? Do jeito que vai vou acabar como nos sonhos, maluca! Mas de uma coisa eu sei, amo Dylan mesmo sem conhecer! – bufou.
Já ia embora quando de repente olhou para cima e viu de relance uma criatura estranha lhe observando à espreita numa janela lateral que quase não se percebia por estar com vidro fumê e embaçada pelo sol. Assustou-se deixando cair a bicicleta e ralando a mão, porém quando olhou novamente para cima não havia mais ninguém.
Estava correndo para fora dos muros da escola quando uma mão a puxou para o lado sombrio dele.
– Ei garota, se eu fosse você não ficava fazendo perguntas sobre esse cara metido a gênio maluco, dizem que quem se mete com ele acaba sofrendo conseqüências pra vida toda. – disse agarrando forte em seu braço mantendo a cabeça baixa.
– As pessoas morrem, ele assassina as pessoas? O filho dele tem alguma coisa a ver com isso? – perguntou Pan lutando para soltar-se.
– A morte seria uma benção para os que cruzam o caminho desse monstro que costuma fazer tantos outros! – gritou histérico, levantando impensadamente a cabeça a ponto de revelar uma cicatriz terrível que devorava-lhe toda a cara.
Pan gritou assustada, conseguindo finalmente sair das mãos do ser misterioso que a soltou.
– Cuidado garota! Você não perde por esperar! – cochichou o homem olhando-a partir.
Ela logo estava em casa, abandonando a bicicleta na varanda do vizinho investigado e indo para sua porta com a costumeira sensação de ser vigiada. Entrou correndo, suada, tremendo no escuro, dando de frente com seu pai.
– Ahhhhh!!!!
– Calma filha sou eu, não precisa ficar assim! – disse Alan a controlando.
– Desculpa é que eu pensei que fosse...
– Quem? Quem você pensou que fosse? Você está estranha ultimamente, mas é culpa minha, eu não devia te deixar sozinha! Bem que o Greg disse que você está precisando de ajuda!
– Ah! O Greg disse! – falou admirada. – E quem é ele para mandar nas nossas vidas? Você não percebe que não é mais o mesmo desde que veio pra cá! Sempre com esse Greg a tira colo, querendo bancar o adolescente da faculdade, até parece que não tem filha! Já acharam uma nova garota pra disputar? Por que só tá faltando isso! – termina, levando um tapa na cara.
– Vá para o seu quarto! Não quero te ver mais hoje! Não sou eu que vivo atrás de um garoto que não conheço, gritando aos quatro ventos que amo, fazendo investigações malucas! – Pan já estava saindo em silêncio quando Alan recomeçou. – Eu jamais substituiria sua mãe desse jeito.
– Ele está cego, tomara que o homem da escola não tenha sido amigo do Greg ou vou acabar ficando órfã! Parece que ele vai gritar a qualquer momento “Está vivo Igor!”. Definitivamente Frankenstein não é meu filme favorito! – disse vendo que o pai riu irônico a tudo.
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Continua...
Olá gente!!! Uma história com breves 6 capítulos só pra ir esquentando enquanto não estréia a nova série que eu estou preparando para aliviar a saudade de "Ela veste..." Com muito mistério, love e um site novo!!! Em breve!!! Bye!!!Bjus!!!!!