Edward Drake - 10°Cap - O Corredor do meio (parte1- subespécie)

- CAPÍTULO DEZ –

O Corredor do Meio

O elevador parecia demorar uma eternidade, Edward esperava apreensivo, apertando forte lagrimas de Tristão, aqueles pareciam ser os segundos mais compridos de sua vida.

A porta do elevador se abriu lentamente, Edward respirou fundo e saiu.

Deparou-se com uma zona de guerra. O andar de baixo a frente do elevador estava uma verdadeira catástrofe, alienígenas berrando e correndo para todos os lados, vários piratas feridos encostados nas paredes, explosões que mexiam a nave, sons de guerra vindos de não muito longe, tudo parecia se unir para fazer o pior ambiente possível.

Vários alienígenas de roupa branca colada mostravam-se bem apressados, corriam para todos os lados, ajoelhavam-se ao lado de piratas feridos e começavam a usar vários instrumentos estranhos, desde líquidos azuis, a sprays cinza, Edward imaginou que deveria ser algum procedimento médico.

Edward reconheceu Dr. Victor passando ordens para os alienígenas de roupas brancas, Dr. Victor estava suando seus cabelos desarrumados estavam colocados na testa, estava com uma expressão séria, bem diferente da usual expressão sonolenta.

Edward percebeu como todos estavam se esforçando para proteger a nave, também iria se esforçar ao máximo, se decidiu, precisava achar o lugar da batalha.

Estudou o lugar procurando o local da batalha, podia ouvir os sons de batalha, mas não conseguia compreender de onde os sons viam.

- Edward o que você esta fazendo aqui?

Edward levou um susto, quase derrubou Lágrimas de Tristão, virou-se rápido e se deparou com a figura de Hilda em sua forma bonita olhando preocupada para ele.

- Hilda, não acha que é uma boa ideia Edward ficar por aqui – disse com uma cara preocupada.

Edward não gostou muito do tom de Hilda, que parecia falar com uma criança.

- Eu vim lutar – disse Edward decido – Vou proteger essa nave.

Hilda olhou confusa para Edward.

- Hilda, acha que você é muito frágil para lutar – disse baixo – Hilda, acha melhor você ficar aqui ajudando com os feridos, tenho certeza que Rockbeam preferiria.

Edward puxou a Lágrimas de Tristão e colocou a frente de Hilda para que ela pudesse ver a espada.

- Rockbeam me deixou vir. Deu-me até esta espada.

Hilda olhou pensativa para Edward.

- Tudo bem – disse sem estar muito convencida. – Se Rockbeam deu essa espada para você, Hilda vai confiar na decisão de Rockbeam.

- Obrigado Hilda. Então aonde é o local da batalha?

- Você precisa saber primeiro o que está acontecendo aqui antes de ir para o local da batalha.

- Não precisa explicar nada. Só me fale aonde ir.

Hilda deu um tapinha na testa de Edward.

- Quer morrer bobinho? – disse como se falasse com uma criança – Primeiro entenda aonde esta indo lutar.

Edward ficou mal humorado, por ser tratado como uma criança, mas concordou com a cabeça e ouviu Hilda quieto.

- Aqui onde estamos é a única entrada para o andar superior, os oficias da UAI só podem fazer o tele transporte na área de transporte da nave, então temos que impedir eles virem da área de transporte até o andar superior. Existem três modos para vir da área de transporte para cá, que são esses três corredores. – Hilda apontou para os três corredores – Anne dividiu seus homens nos três corredores para impedir o avanço dos oficias da UAI. O corredor da direita esta sendo comando por Anne, o da esquerda por Koude, e o do meio esta sendo comandado por Lupa Lump Lop.

Lupa Lump Lop, Edwad quase começou a rir quando ouvi o nome desse comandante, imaginou rapidamente um alienigena gordinho, baixinho com olhar severo.

- Então qual correrdor você vai?

Edward com certeza não queriar chegar perto de Koude, e tambem tinha um pouco de receio de ir onde Anne estava, apesar de estar preocupado tinha certeza que ela brigaria com ele por ter ido para a batalha, entao so tinha sobrado um.

- Vou para o do meio.

- Certo quando chegar la converse com o comandante Lupa Lump Lop, ele dira o que voce fazer.

- Certo obrigado pela ajuda Hilda.

- Hilda, esta contente em ajudar – disse dando um sorriso – Tome coitado.

- Vou tomar.

Edward olhou para os três corredores. Se concentrou no do meio, deu uma última olhada nos feridos, deu um sorriso sem jeito para Hilda, respirou fundo e correu a toda velocidade para o corredor do meio.

O quanto mais Edward percorria o corredor maior o barulho de explosões e guerra intensificava. Edward percebeu que mulheres de pele rosa e cabelo verde, parecidas com Hilda, retiravam os feridos do caminho, provavelmente estavam os levando para serem tratos por Dr. Victor e sua equipe.

Edward ignorou o medo que aumentava a cada ferido que via, e seguiu o caminho.

Edward continuou a correr pelos corredores, se perguntou se aqueles corredores eram compridos de propósitos para evitar invasões. Não, pensou Edward, isso é apenas uma coincidência.

Os pensamentos de Edward sobre corredores foram bruscamente interrompidos por um tiro que passou milímetros da sua orelha, finalmente tinha chegado a ação.

O lugar era um verdadeiro cenário de guerra de filme de ficções, barricadas improvisadas por todo o corredor, alienígenas de todas as espécies com armas na mão, posicionados atrás das barricadas trocando tiros com os inimigos.

O olhar de Edward parou em uma alienígena parecida com uma terráquea de cabelos vermelho.

- Hilda sua idiota! – falou Edward para si mesmo – Anne não está no corredor da direita.

Anne estava posicionada na primeira barricada acompanhada por outros cinco piratas, e atirava nos oficias da UAI com uma ferocidade e precisam impressionantes.

Edward olhou para os inimigos, os oficias da UAI, pareciam uma equipe futurística da SWAT, usavam capacetes pretos com canos que ligavam com uma armadura cinza no dorso deles, uma esfera redonda brilhava um verde ofuscante no peito deles, como se fosse um coração artificial.

Para o terror de Edward, ele não conseguia ver as armas dos agentes da UAI, podia perceber que eles atiravam, até via os tiros, mas não conseguia ver a arma.

O medo pelas armas invisíveis foi distraído por um grito vindo de um oficial da UAI, um maior e mais forte que usava uma armadura cinza prateado com mais enfeites que a dos outros.

Para surpresa de Edward, vários oficiais da UAI, levantaram e correram em direção da barricada dos piratas, como um ataque bárbaro, ignorando totalmente os tiros dos piratas.

Anne respondendo àquele movimento também se levantou, jogou as armas para o lado tirou suas duas facas a laser do bolso e avançou em direção dos inimigos a toda velocidade.

Anne corria e cortava todos os oficias em seu caminho, em uma velocidade desumana, os oficias inutilmente tentavam acertar ela, mas Anne se esquiva com facilidade e voltava com contra-ataques mortais.

Um grupo de piratas seguiu Anne e foram bater de frente com os oficias da UAI, enquanto outro grupo dava cobertura atirando.

Apesar da ferocidade de Anne, que conseguiu derrubar vários oficias da UAI sozinha, os números estavam muito desproporcionais os piratas estavam sendo rapidamente emburrados para trás.

Edward sabia que tinha que se juntar a eles, tinha que ajudá-los, mas suas pernas não se mexiam, aquele combate era muito brutal, era muito longe dos corotenianos que Edward enfrentou, lá havia várias pessoas morrendo, era muito peso para os punhos de Edward.

Um grito de Anne acordou Edward.

- Recuem – gritou Anne – atirem a esfera Shell 13.

Um pirata gordo, com roupas tactel, revestidas por armaduras improvisadas, se destacou no grupo que dava a cobertura, e jogou uma esfera amarela, nas costas do grupo de Anne que recuava rapidamente uma parede amarela levemente transparente surgiu no lugar onde a esfera caiu.

Os oficias da UAI, ainda deram alguns tiros, que para surpresa de Edward pararam na parede, então os oficias deram as costas e recuaram recolhendo os feridos.

- Reúnam os feridos, temos apenas 10 minutos até a barreira desaparecer – Gritou Anne.

As alienígenas rosas apareceram do nada, assustando Edward, e rapidamente foram recolhendo todos os feridos, alguns piratas também começaram a ajudar carregar os feridos. Edward percebeu um alienígena verde parecido com um cachorro peludo, chorando enquanto carregava outro alienígena parecido com ele.

A cena motivou Edward que se apressou para ajudar, mas ao chegar perto dos feridos sentiu uma mão no seu ombro que o jogou dolorosamente em uma na parede próxima.

- O que você faz aqui? – disparou uma voz para Edward.

Edward ainda se recuperando do impacto surpresa olhou para a dona da voz. Lá estava Anne na sua frente visivelmente brava, não que ela alguma hora não estivesse brava.

- Vim ajudar – Respondeu Edward com firmeza.

O cabelo de Anne intensificou um vermelho brilhante, Edward nunca tinha visto brilhar tanto.

- Não fale bobagens – Disse Anne praticamente gritando com Edward – Você não é capaz de enfrentar os oficiais da UAI.

- Não tem como saber se eu não tentar.

- Você vai ser morto idiota. Vá embora agora.

Anne apontou firmemente para direção do corredor que levava ao elevador.

Edward não se mexeu, continuou firme na sua decisão encarando Anne.

- Vá embora Edward – berrou Anne – Você nem possui uma arma.

- Eu tenho uma arma sim.

Edward levantou o braço empunhando Lágrimas de Tristão, pode perceber a expressão de surpresa no rosto de Anne.

- Lágrimas de Tristão... - disse Anne baixo.

- Disse alguma coisa?

O cabelo de Anne intensificou vermelho.

- Onde conseguiu essa arma?

- Rockbeam me deu.

O cabelo de Anne ficou ainda mais vermelho.

- Rockbeam – disse Anne brava – Aquele idiota.

Edward percebeu que a presença da arma perturbava Anne.

- Eu tenho uma arma então posso lutar.

- Uma arma boa na mão de um inútil, não serve para nada. - Dito isso Anne virou as costas para Edward – Tenho coisas mais importantes para fazer do que gastar meu tempo com você.

Anne largou Edward encostado na parede. Edward rapidamente se recompôs e seguiu Anne, ele ia participar da luta independente que Anne disse-se.

Anne reuniu todos os combatentes do corredor do meio em sua volta, devia ter por volta de cinquenta piratas, várias espécies desde humanoides, a simples formas de bolas flutuantes. Todos estavam feridos, e visivelmente cansados, mas conservavam no rosto uma expressão decidida.

- Quero saber os relatórios de todos os corredores – falou Anne.

Um alienígena pequeno, por volta de um metro, careca, com um óculos parecido com óculos 3-D, se destacou na multidão.

- O corredor esquerdo ao comando do sub comandante Koude Ogen estão conseguindo repelir com sucesso o inimigo, estão animados e com vantagem numérica. – ele arrumou os óculos 3-D – O corredor direito ao comando do sub comandante Lupa Lump Lop já usaram duas das quatro esferas Shell 13, estão em momento de descanso agora, mas provavelmente vão pedir reforços.

- Certo mande dez piratas do corredor esquerdo para o direito.

- Sim, senhorita Anne – respondeu o pequeno alienígena que digitou rapidamente algo em um pequeno televisor em sua mão – pronto, senhorita está feito.

- Certo.

Anne começou a andar de um lado para outro sem falar nada, todos piratas permaneceram parados com os olhos focados nela, Anne andou mais um pouco, e parou.

Olhou para os rostos de todos os piratas. Quando o olhar dela encontrou o de Edward, ela ignorou-o e virou-se para o outro lado.

- Homens! – berrou alto Anne de repente – Vocês têm uma casa para voltar?

- Não! – responderam todos, Edward entre eles, apenar de ter uma casa para voltar.

- Essa nave é sua casa não é?

- Sim!

- Estão vocês vão proteger elas com suas vidas?

- Sim!

- Então eu quero todos os homens bons em luta de contato comigo, os demais fiquem na retaguarda dando cobertura – Anne olhou para todos – Entendido?

- Sim! – berrou os piratas

- Então se preparem, daqui a dois minutos a barreira se desfaz.

Dito isso todos os piratas se dispersaram, e foram cuidar de suas armas, Edward encostou-se a uma parede e esperou os minutos mais longos de sua vida passar.

Augusto Ferreira
Enviado por Augusto Ferreira em 21/04/2011
Código do texto: T2922443
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