Vazio

A tempestade ia passando, brinquei de ser feliz. Porém só eu acreditava na farsa. Conjugava o verbo amar nos olhos e o chorar no peito.

Aprofundava-me em intervalos de tempo curtos e sufocantes. Mas as palavras esvaiam-se e os meus abismos aumentavam. Os amores me embriagavam e o meu passado me deteriorava.

Em inércia da minha janela contemplava o mundo e indagava-me o porquê de não ser como nos meus sonhos.