REBELDES (episódio 1.4) ESPECIAL JAPÃO

Primeiro episódio especial e dedico-o aos nossos irmãos asiáticos que não mereciam tal acontecimento.

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REBELDES

EPISÓDIO 1.4: HOPE FOR JAPAN

Acordamos e no refeitório do café-da-manhã todo mundo se viu agoniado quando no telão de lá, imagens eram mostradas por algum noticiário.

O Japão havia sido “bombardeado” por uma onde gigantesca, um verdadeiro tsunami que devastava grande parte do nordeste.

Todos estavam paralisados e boquiabertos.

Eu não conseguia acreditar no que meus olhos viam, dentro de mim algo parecia desmoronar.

O pecado não justifica. O Japão não merece isso.

Logo alguns dos alunos asiáticos já estavam desesperados ao telefone por não conseguirem falar com os pais.

Drake e eu tratamos de tentar consolar Chang, o japonês da nossa “turma” que agora caía aos prantos.

Era desolador.

Ondas muito fortes levando aviões, casas e prédios, carros e tudo mais que você imaginar.

A escola toda se mobilizou, todos queriam ajudar, mas ninguém sabia como.

Os alunos japoneses foram liberados e tiveram assistência, mas nós tivemos que ir para a aula, mesmo estando totalmente abalados.

Tudo bem que o Japão não é lá nosso melhor amigo, mas eles não mereciam.

Um país tão preparado...

“Bem, turma hoje eu não me sinto na condição normal de dar uma aula, pois todos sabem da terrível catástrofe que aconteceu hoje de madrugada, ou sei lá quando, pois não sou bom com fusos-horários. Como professor de musica e por ter amigos no Japão. Decidi que a gravadora da escola estará aberta para cantores-calouros que serão escolhidos por mim, para interpretar algumas musicas para um CD especial para arrecadar fundos para o Japão.” Disse o senhor Flag.

Nosso professor de música. Não se assuste com o nome.

“Pois não?” disse para uma loira (clichê) que levantou a mão.

“Senhor, se nem ao menos somos famosos, como diabos vamos vender um disco?” perguntou.

“Ah... quando eles pousaram na terra?” perguntou Anne, uma garota linda, porém sem neurônios.

“Cala a boca Anne. Responda-me professor!” pediu a loira, cujo nome eu nunca soube.

“Vocês novatos não procuraram saber muito da escola? Temos uma gravadora própria, mas contamos com a parceria da Universal Music, e podemos transformar um cantorzinho de colegial em um fenômeno em dois tempos. Um exemplo é o querido Dan Wake, sua escola também tem parceria com a Warner.” Explicou.

É a minha chance.

Eu não me lembro da última vez que cantei no chuveiro ou no karaokê do quarto de Luc, mas eu sei que minha voz nem é tão ruim.

“Professor!” chamei.

“Sim?” perguntou.

“Os interessados, o que devem fazer?” perguntei.

“Audições hoje à tarde. Quero fazer isso o mais rápido possível. E hoje haverá uma reunião geral então não terão aulas. Os interessados. Assinem essa ficha.” Pediu.

Notei que da turma de quarenta alunos, apenas uns quinze assinaram. Inclusive eu.

Luc e Drake também, mais a loira, e outras pessoas.

À tarde o auditório estava abarrotado, não caberia nem uma mosca.

“O que você vai cantar?” Drake me perguntou.

“Estou indeciso entre Imagine e Sweet Caroline.” Falei.

“Eu vou cantar estrada pro inferno.” Disse Drake.

“E eu cantarei Going Under.” Disse Luc.

“Vocês não tem a mínima chance.” Disse a loira que se acha.

Resolvi insultar.

“Hey Britney Spears, e você tem?” perguntei.

Ela me olhou estranho.

“Para o seu governo, me chamo Victoria, danço e canto desde os três anos de idade e vou te derrubar.” Disse e se virou.

“Britney Spears na versão pobre. Eu não vou ser o Justin timberlake.” Falei.

Ela se não deu a mínima.

“Que gênio forte.” Reclamei.

“Pois é. Eu gosto da Anne.” Disse Drake.

“Sério?” perguntei.

“Cara, pense duas vezes, ela é tão burra que eu posso namorar dez meninas e ela nem vai perceber.” Disse ele.

“Ahh.” Concordei.

“Que papo machista.” Disse Luc.

“Luc, pelo amor dos céus, não me venha com seus papos de simpatizante. Ok?” pedi.

Luc não acreditava que aquilo tinha vindo de mim, mas ele me irrita com toda essa feminilidade.

Depois de dos alunos das outras sala, chegou a nossa vez e a primeira foi a princesinha loira que cantou uma versão mais nojenta ainda de YOUR LOVE IS MY DRUG, Drake cantou muito bem Estrada pro inferno e Luc desafinou muito cantando sua música.

Na minha vez eu quase congelei, mas deixei o sentimento da música entrar em mim (não acredito que disse isso) e cantei com o coração

“IMAGINE”.

Todos aplaudiram de pé, então acho que fui bem.

“Já tenho um resultado.” Disse o professor Flag.

“Depois de mandar algumas das apresentações via e-mail para o produtor, ele me indicou quatro alunos.”

Explicou.

Todos que ainda restavam na platéia estavam nervosos.

“Todos os alunos dos primeiros anos A C e F vão embora.”

Quando o auditório se esvaziou mais, nós fomos mais para a frente.

“Permaneçam aqui os primeiros anos B e D.” mandou.

Ficaram apenas trinta alunos dos mais duzentos que havia.

“Os Alunos, Lenn James McKinley, Beist Billy, Drake Condon e Victoria Hastings foram os escolhidos.”

Nós quatro no entreolhamos e pulamos felizes.

Nós não estávamos feliz pelo possível estrelato, mas estávamos radiantes pela possibilidade de ajudar nossos irmãos asiáticos que até agora sofrem.

E a cada hora que passa a situação só piora.

É uma grande chance para ajudá-los.

E eu sei que o farei.

*-*

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 20/03/2011
Código do texto: T2859278
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