Tumores
Os meus paradigmas só a mim pertenciam, enquanto todos os olhos aguardavam o meu tropeço. Mofado em uma cadeira por horas, esperava um alivio para meus delírios.
Senti meu corpo estremecer e balançar no vai e vem da minha mente, cai em pranto por notar a ausência de quem nunca esteve presente, sorri por esperar meus sonhos em questão. Indaguei, refutei e conclui.
Uns nascem pra amar e... E eu pra me iludir.
Meu putrefato corpo agonizava e gritos de ajuda em silêncio eram arremessados ao vento. E mesmo sem nenhuma lágrima chorei, vomitei ao mundo minha dor, esvai meu peito de todo o sentimento que me deteriorava.
E no fim notei que a tempestade havia passado, meu tumor se curado e meus olhos já secos, nunca mais regaram minha face.