FRAGMENTO DO LIVRO: AS AVENTURAS DE GABRIEL

Nesta manhã acordei com uma imensa tristeza no coração. Sem saber o por quê apenas me veio a cabeça logo passará. Tomei meu café da manhã que mamãe preparara com amor. Como sempre, vou dar o abraço matinal em meu cavalo Chuchu. Uma pesada gota salgada escorre sobre meus olhos. O que esta acontecendo? O Chuchu para mim é motivo de alegria, mas hoje essa tristeza se intensifica ao abraçá-lo.

Partimos a galopes para a escola, Dona Dita estava afoita, muita matéria na lousa que por longas horas esqueci daqueles sentimentos que me ocorreram pela manhã.

Lá pelas 10:20 da manhã me vem um aterrorizante aperto no coração, que me obrigou a sair da sala para tomar ar. Mas o trágico estava apenas começando.

Chuchu estava deitado, estirado na grama, com modos de estar sentindo muita dor. Sem pensar corri para ver o que há. Meu grande amigo, estava muito mal. Seu olhar que fitava em mim já era de um sofredor, um moribundo sem igual.

Neste instante aquela dor que eu havia sentido era tão pequena em comparação a essa. Chuchu não poderia partir. Meus dias sem ele, não seriam os mesmos, nem sequer dias seriam. Eu não estava de modo algum preparado para esta fatalidade.

Num relance ele rola para lá e para cá. Olha de fronte à mim, abre a boca como se estivesse com gigantesca falta de ar. Meu Deus! Meu querido amigo, irmão, animal de estimação. Meu Chuchu acabara de me deixar.

Tamanha a dor, me joguei no chão e a grama pela primeira vez virou um travesseiro a me socorrer. Não Chuchu! Não se vá! Não me deixe sem ti!

Minhas súplicas de nada valeram! Chuchu se foi! E agora meu Deus como continuar a vida? O choro toma conta não apenas de Gabriel, mas de todo o contexto. Amigos e professora que vão ao encontro do menino.

Autor: Clodoaldo dos Santos Pereira

Clodoaldo dos Santos Pereira
Enviado por Clodoaldo dos Santos Pereira em 22/02/2011
Reeditado em 31/10/2017
Código do texto: T2808704
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