A noite muda
Em uma cabana fria e equivocadamente úmida da chuva que insistia em cair, mascarei meus desejos, meus sonhos. Perdido, tombado no chão o céu era meu telhado, poderia abraçado por ser tão perfeito. Não pude sentir nada mais que não fosse a própria perfeição me embalar no frio.
Precisava ser assim tão calada? Fez-se em silêncio, iluminada a primeira noite do resto da minha vida. A moça dançava em meio de galos mudos e grilos não falantes.
Os amores do meu passado me perseguiam ou eu a eles?Os prazeres que já não me atingiam buscavam meu intimo. E a donzela ostentada no alto reluzia as luzes a somente ela dada. E por fim durante horas, cessa com o astro rei que veio átona, assassinando a minha amada que por outra hora revogada, voltara e brindará comigo em meu desatino.