Fic Twilight >>> Tinha que ser você. Capítulo 52.

N/A: OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS <3

E por não abandonar a fic :D

Amo vcs, boa leitura!!

Capítulo 52. - A decisão.

-Mãe, eu já decidi. – Falou a loira, com um tom de voz firme e imutável, os olhos fixando-se na senhora sentada em volta da mesa redonda de madeira.

Sentou-se também.

-E o que foi que você decidiu, querida? – Perguntou a Sra. Hale, com um sorriso de lado, deixando o livro que antes estivera folheando.

-Quero ser independente. – Anunciou, tamborilando os dedos na

mesa com um leve estrépito.

-Ah! E como pretende? – Inquiriu, mas o tom de voz era orgulhoso.

-Tenho 18 anos. Já sei dirigir. Tenho carro. Quero morar sozinha. Trabalhar.

-Uauu! E eu achava que você só iria me pedir isso quando fizesse uns 27...

-Deixa disso mãe.

-Você vai se casar também? – A garota estremeceu.

-Não sei. Mas se for, com certeza não vai ser com o Jacob. –

Informou com uma expressão de nojo.

-E por que não?

-Porque eu o detesto.

-Mas se o detesta, como vai ter um filho com ele?

A loira ruborizou um pouco com a pergunta.

-De qualquer forma, não quero me casar. –Ela balançou a cabeça como que para repelir a ideia. – Sou muito nova.

-Hm.... –Ela estava pensativa. -É por causa do irmão da Alice? Ainda

ama ele?

-O QUÊE? O Edward!?- Ela assentiu. - Não mãe!!! E como você sabe que eu o “amava” ??? – Perguntou a garota, tendo uma de suas crises estéricas.

-Calma, querida. É que eu li as primeiras páginas do seu diário.

-Você fez o QUÊ? – Arregalou os olhos.

-Só a primeira, querida. Eu fiquei curiosa...- Explicou à mãe, com um sorriso de vergonha.

-Ok, ok. Mas que isso não se repita, heim, D. Elena. – Repreendeu a garota, um pouco mais aliviada. – Bom, mas de qualquer jeito, definitivamente, NÃO é por causa dele.

-Mas Rose, o seu sonho desde os 4 aninhos era casar com o “príncipe” encantado o mais rápido possível... – Lembrou a mãe, rindo.

-Argh. Acontece que não conheço nem um príncipe.

-Mas...

-Nada de mas, mãe. – Cortou Rose ríspida. Não queria continuar debatendo o assunto. – Você apoia minha decisão?

-Sim! É claro.

-E o meu pai?

-Vai apoiar também, lógico. Onde você quer morar?

-Aiiin, no centro. Um flat. Perto dos shoppings de preferência. –A loira piscou para a senhora que sorriu.

-Tudo bem. Mas, querida, você acha mesmo que consegue se virar SOZINHA?

-Sim. – Respondeu Rose, embora o medo e a aversão por aquela palavra tivessem a transtornado um pouco. –Quer procurar casas comigo hoje à noite? – Inquiriu com ansiedade. – Vou levar Alice e a

Bella também.

-Ahan. Ai, filha, não sabe o orgulho que me dá ver você amadurecendo assim tão rápido. Mais tarde nos vemos então. Vá pra escola agora, já está atrasada. – A mulher beijou a testa da garota, esta que saiu pisando firme, decida a transformar a sua vida, pela porta da frente.

Rose rejeitou a carona de Jasper. Tinha que se acostumar a solidão, porque naquele momento somente ela poderia ser sua amiga. Estava cansada das traições, ela queria simplesmente crescer. Ser uma mulher adulta, porque era muito difícil viver sobre dramas adolescentes. Era uma droga. Morando sozinha e sendo independente ela conseguiria se preparar física e emocionalmente para ter um filho. E ela viria a conhecer alguém. O engraçado é que agora, nem Brad ´Pitty ou Tom Cruise estavam parecendo interessantes para ela.

Quando chegou no colégio, e parou na sua vaga habitual, procurou evitar os lugares que ela sabia que ele estaria. Infelizmente, isso não funcionou, por que quando ia entrar para sua primeira aula do dia, ele a estava esperando na porta.

-Oi. –Cumprimentou Jake, que estava encostado na parede despojadamente, de uma forma a querer parecer educado.

Ela revirou os olhos. Parando para encará-lo com uma expressão de repulsa.

-Nem vem que hoje não tem. – Cortou a loira ríspida. – Me procura daqui dois anos que eu posso pensar no caso... – Informou, dando um sorrisinho cínico de canto de lábio feliz com a própria ironia, quase adentrando na sala, quando sentiu a mão dele segurá-la pelo braço. – Me solta. – Ordenou.

-Não. Vai falar comigo por bem?

-NÃO!

-Ótimo, então sou obrigado a te sequestrar. – Disse o moreno, começando a arrastar a garota pelo braço, ela, ainda surpreendida,

foi tropeçando por causa dos saltos, incapaz de se desvencilhar.

-Ai, seu idiota! – Falou quando o salto fez um barulho ao ser esmagado do chão. Ela tentava desprender a mão dele, mas ele segurava com tanta força que a garota tinha certeza que aquilo ia deixar uma marca saliente. – Eu tenho aula!

-E desde quando você se importa?

-Desde sempre!

-Ah, qual é? É só dois minutinhos...

-Grr...

Ele a arrastou para um corredor, que ficava entre o banheiro e os armários do segundo ano, só soltando-a, assim que ficou frente a frente com ela, que estava do lado da parede, para uma fácil

encurralada.

Ela revirou os olhos de novo.

-Pode me dizer o que quer antes que eu comece a gritar? –

Ameaçou a garota, querendo demonstrar seu total aborrecimento pela companhia dele.

-Simples. Vim convidar você pra sair. – Anunciou ele com um sorriso sedutor.

A loira começou a dar uma gargalhada debochada.

-Você o quê? HSAIUAHUSUI... Tá usando drogas não tá? – Perguntou Rose, cínica fazendo uma cara falsa de desconfiança.

-Não. To falando sério mesmo.

-Bom, então acho que a resposta estampa-se na minha cara. – Disse ela, fazendo uma expressão de nojo. – Além disso, não quero atrapalhar seu lançe com a Mrs.Red. – Informou a loira cínica, referindo-se a ruiva, com um tom de voz seco.

-Não quis atrapalhar? – Ele caçoou. – Loira, você já atrapalhou. Jogando coca-cola no cabelo dela.

-Aff. E o quê você esperava que eu fizesse? –Indagou incrédula com

o que ele disse. – Ficasse ali, vendo você com aquela put#, com uma cara de admiração? Quer que eu lhe dê os parabéns?

-Ah... Então você ficou morrendo de ciúmes de mim.

-Óbvio que não idiota! – Retrucou Rose parecendo ofendida. – Só acho que você devia ser mais responsável, e pensar que agora vai ser um...ahn... PAI! E que eu não posso ficar lidando com isso SOZINHA.

-Tudo bem. Então, tecnicamente, você quer que eu não fique com ninguém, e seja exclusivamente seu, para tudo que precisar, já que está esperando uma criança? – Perguntou ele com ironia.

-SIIIM! É isso o que eu quero!- Berrou a loira.

Ficaram se encarando em um silêncio mortal, até ele relaxar os ombros.

-Tudo bem. – Disse Jake, parecendo sincero.

A loira franziu o cenho.

-“Tudo bem”? – Indagou desconfiada.

-É, loira, tudo bem. Se você quer que seja assim, é assim que vai ser. – Respondeu ele, parecendo incrivelmente amável e educado.

A garota arregalou os olhos, não conseguindo acreditar ainda.

-O quê?

-Você viu.

-Mas... Não é possível! Você não vai me chamar de patricinha arrogante e mimada, e dizer que eu sou uma egoísta que não vê o mundo com outros olhos? – Inquiriu a garota, ainda sem acreditar.

Ele começou a rir.

-Não. – Respondeu sorrindo. Depois arqueou a sobrancelha como se estivessem em dúvida. – Queria que eu fizesse isso?

-Não, é só que... Eu estou... MUITO surpresa. – Relatou a garota, piscando os olhos e incapaz de acreditar na realidade daquilo. –

Preciso de uns segundos digerindo.

-Mas, tem uma condição. – Protestou ele.

A loira sorriu com satisfação.

-Eu sabia, sabia que não iria me enganar! Estava bom demais pra ser verdade!

-Calma, loira. Não é nada demais. Eu só quero que você saia comigo, em troca, faço tudo que você quiser.

-Humm... – A garota ficou pensativa. – Sair? Com você? Mas, por

quê?

-Olha, loira, eu tava pensando... Não é certo a gente ficar brigando feito dois retardados a cada dois segundos. Se nós dois vamos ter um filho, JUNTOS, é melhor que pelo menos a gente seja amigo. – Rose pareceu pensar um pouco na lógica do que ele estava dizendo. Parecia fazer sentido. – Além disso ainda espero que você me dê mais uma chance. – Acrescentou, sorrindo maliciosamente para ela.

Ela deu de ombros.

-Pode tirar o pônei da chuva, honey. – Retrucou arrogante. – Mas, já que o que você disse parece ter sentido, então tudo bem. Aceito sair com você. MAS SÓ COMO AMIGOS, entendeu?

-Ahan. Entendi, claro. – Disse ele, só que era impossível não notar a perversão por trás das palavras. – Sabe, Rose... Rachel disse que vocês se deram bem.

-É, ao contrário de você, ela é uma garota legal.

-Tudo bem, tudo bem. Só que você só conheceu as qualidades dela. Mas acredite, ela também tem o defeito.

-Ah, é? E qual seria?

-Rachel tem a leve tendência de não manter sigilo com as coisas. Ela conta tudo. – A loira estremeceu com o que ele disse, preocupada da morena ter contado algo comprometedor.

-Mas não se preocupe. Ela não disse nada. Apenas que você ficou tocada com o efeito das palavras dela...

Rose não respondeu. Ela sabia que era verdade. “...acho que vocês dois se amam, e que uma aposta ridícula não é motivo suficiente pra todo esse drama...” a frase martelava em sua cabeça, como as gotas de água que vazam da torneira de uma pia, e caem com um som e uma leve sequência.

-Ela disse que você pareceu pensar no que ela estava dizendo... – Revelou o garoto, se aproximando da loira lentamente. Ela não conseguia dizer nada, porque não podia contestar já que era tudo verdade. Mas quando seus rostos estavam a centímetros ela o afastou.

-Eu não vou mudar de ideia. – Anunciou com o tom de voz decidido.

-Veremos.

-Olha, tudo bem então.. eu saio com você, e talz. Só que hoje não vai dar. – Revelou a garota, aliviada por tudo voltar ao normal, ela não suportaria que as coisas voltassem a ocorrer.

-Por quê não? – Perguntou ele inconformado.

-Vou procurar umas casar. Eu quero morar sozinha.

-Hmmm, e quando decidir, será que pode me levar pra conhecer?

A loira bufou.

-Certo. Eu me comprometo.

-Ok, então, loira. Pode voltar pra aula. A gente se vê depois pra combinar. Se não é hoje, que seja amanhã. Entra no msn... – Falou o moreno. – Pode voltar pra aula agora.

A garota respirou fundo, e saiu andando pelo corredor, mas antes voltou a cabeça para encará-lo.

-Não foram dois minutos, Jake.

-Poderia ter escapado quando tivessem se completado. Só que você não fez questão de contar. – Rebateu ele sorrindo com perfeição. O incrível é que ele tinha razão.

A loira deu mais uma olhada, e depois voltou a caminhar. O fato de ele estar agindo mais racionalmente tinha mexido com ela. Rose não entendia porque alguém que tanto já fizera mal a ela, ainda pudesse tocá-la de uma forma tão profunda.

Ela não podia negar que ainda o amava, por mais que isso fosse torturante.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 28/01/2011
Código do texto: T2758056
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