Na sua pele. Cap. 21.

N/A: Obrigada pelos comentários, e desculpem pela demora, estava sem ideias...,hehehe, beijos, boa leitura.

Cap. 21

POV Dani

-Sua namorada tá voltando... E... Uh... Cheia de amiguinhas suculentas...! – Exclamou Gui, às vezes eu não me acostumava com alguém tão safado como ele, não que eu não fosse – eu era, pelo menos antes da Belle eu era MUITO – só que às vezes ele ultrapassava as metas atingíveis.

-É, pois é. Ela tá estranha.

-E por quê?

-Ela não tem amigas ASSIM... E não gosta de usar blusas...ahn

-Que a deixam incrivelmente gostosa?

Lancei um olhar ameaçador.

-É. – Concordei a contra-gosto.

-Vai ver ela percebeu o poder que ela exerce nos membros do sexo masculino, e achou que isso era muito bom. – Explicou-me, como se fosse a mesma coisa que dizer que 1+1 = 2.

-Mas isso é uma merda!

-Pra você né, já que ela é sua namorada. Mas pros outros caras...

-Tudo bem, tudo bem, essa conversa foi ridícula...

-Oi, meu amor... – Interrompeu ela, e mal pensei e ela já estava me beijando. – Nós estamos indo pra aula, te vejo depois... –E depois saiu saltitando como se aquele fosse o melhor dia da sua vida. Sua nova amiga de cabelos castanhos com mechas loiras, acho que se chamava Amanda, deu uma boa olhada no meu amigo. Um cara comum, quer dizer, eu não sou bom para descrever caras, ele não é feio. Tem olhos verdes e cabelo preto.

-Às vezes tenho que admitir... – Disse ele. – Morro de inveja de você, Dani. – Ele me confessou.

Comecei a rir.

-Eu sei. – Afirmei.- Veja pelo lado bom, aquela amiga dela até que não é feia. Maior te secou.

Ele deu de ombros, desdenhando.

-Tanto faz. Ainda assim, você é mais sortudo, a Annabelle Kouren, cara, a Annabelle Kouren a garota mais...

-Toma cuidado com o que fala. –Cortei na hora. –Sou seu amigo, mas ela é minha namorada... – Gabei-me.

-Por quanto tempo?

A pergunta pairou no ar. Eu não sabia o que responder. Tudo

parecia bem entre nós, exceto aquela repentina mudança de comportamento de santinha para ousada. Pensei que gostava de vê-la mais como uma pura inocente, mas talvez ela ainda fosse e eu estivesse ficando louco.

-Vou ficar com ela. – Contrapus com um sorriso maléfico.

-Bah... Tá bom, duvido que você vai aguentar, essas garotas são todas iguais, caras... LINDAS, só que não tem nada no cérebro...

-A Belle é diferente.

-Todas parecem num primeiro momento, mas você vai se

surpreender,eu to avisando.

-Sei.

-Além disso, que eu saiba você nunca ficou com uma só.

Dei um sorriso de desdém. Era a mais pura verdade.

-Ela não é uma daquelas que fosse pega e joga fora, Guilherme.

-Veremos. –ele debochou. – Aposto que mais duas semanas com esse namoro tosco e você enjoa da patricinha gostosa...

Revirei os olhos, mas não o repreendi.

-Ela não é patricinha.

-Tá, tá... – Caçoou. – Com medo de perder? – Perguntou ele

sarcástico.

-Não. Eu vou ganhar mesmo. – Ignorei-o e comecei andar... Eu não teria motivos para romper com a Belle tinha? Eu já a amava. Ela tinha sido uma ótima namorada, a namorada perfeita. Eu sabia que não me trairia, e que não era arrogante, fresca, patricinha ou

prepotente. Ela só tinha ficado um pouquinho mais ousada. Mas isso sem dúvida, jamais seria motivo para terminar com ela...

POV Annabelle

-Cara, eu to me sentindo péssima! – Desabafei para o meu ÚNICO amigo.

Mas péssima era a pouco. Eu estava a ponto de querer me afogar

na piscina da minha... Ex-casa. Em primeiro lugar, eu tinha perdido o MEU CORPO. Em segundo lugar, eu tinha perdido minha FAMÍLIA, meus AMIGOS, e MEU NAMORADO. Em terceiro lugar, a única pessoa, que poderia me tirar dessa, queria que eu me ferrasse todinha. E em quarto lugar, eu me sentia idiota por ter perdido todo o meu intervalo pesquisando no Google, um monte de asneiras sobre trocar os corpos.

-Fica, tranquila, Belle... – Falou Luccas, me olhando fraternalmente.

– Vai dar tudo certo. – Se apoiou nos meus ombros.

-Vai dar tudo certo? Eu não sei como to aguentando até agora ficar assim, sem ter um ataque de pânico. Numa hora dessas, a Débora já pode ter... Feito o que ela quisesse com o meu namorado, e destruído a minha vida e... Poxa! Eu só queria ser AMIGA dela... E, olha o que me deu! Eu estou SOZINHA, meus pais de verdade não iam me reconhecer, no corpo da minha ex melhor amiga, e minha única teoria para voltar a normal é uma pedra incrivelmente tosca! Eu nem sei ir para a casa que eu, tecnicamente, moro!!

Ele suspirou.

-Em primeiro lugar, eu estou aqui, ou seja, você não está sozinha. Eu vou te levar a sua casa, ou melhor a casa da Débora, nós podemos procurar no antigo quarto dela algo suspeito... Que possa ter feito vocês inverterem. E quanto ao seu namorado... Você tem que se esquecer dele por enquanto, Belle. Sinto muito. – Ele quis parecer triste, mas algo em seu olhar mostrou-me que para ele esquecer Dani era a melhor parte. Mas eu não ia falar nada, porque não queria brigar, principalmente com o meu melhor amigo.

-Nãooo! Eu o amo, você não entende, Luke? Eu preciso dele.

-Acontece, que para ele, você é uma maluca pirada, histérica, ex-amiga da namorada dele, entendeu?

-Grr... NÃO acredito, que tudo isso foi por que, a Débora gostava dele também... Se ela tivesse me dito, nada disso precisaria ter acontecido...

-Bom, esse é o problema dela. Ela é radical de acordo com as próprias emoções. Além disso, não sabemos se foi ela que provocou a inversão dos corpos.

-Ai, tanto faz, as emoções dela, não me importa! Eu me importei tanto, e olha o que recebi, Luke! SOU ELA! Eu... Você não sabe como eu sinto falta do meu cabelo... Do meu corpo... Do meu rosto...

Ele sorriu pra mim, de uma forma um tanto consoladora.

-Gosto de você como está agora. Gosto muito.

-Porque você gostava da verdadeira dona desse corpo, antes. Mas, eu não estou acostumada a ser ela.

-Hmm... Você já viu aquele filme, se eu fosse você?

-Hã? Nossa, nem tinha pensado nele! É exatamente a mesma coisa.

-Então, os dois se acostumaram a viver na pele um do outro.

-Sim, mas, eles eram próximos! Davam as dicas um para o outro de como agir e eu nunca vou conseguir ser como... Luke, será que essa mudança tem haver com os planetas? – Ele deu de ombros.

-Fala sério, aquilo é só uma ideia, mito...

-Eu também achava que trocar de corpos era só um mito!

-Ta, mas de acordo com aquele troço dos planetas, tem de ser um casal...

-Hmm, tem razão. Mas, cara, eu preciso voltar a ser eu! Eu nem consigo falar e já me perturba ouvir essa voz, que não é a minha. –Choraminguei, subindo as escadas, decepcionada.

-Deve ser mesmo difícil. Mas quanto mais você achar isso ruim, pior será. É por pouco tempo eu... Acho.

-Assim espero.

-Mas... Será que depende do consentimento dela?

-Da Débora de verdade?

-É.

-Não pensei nisso.

-Espere, nós vamos investigar e em pouco tempo você voltara a ser

Annabelle, tudo bem?

-Claro, claro. Ai Luke, não sei o que faria sem você! Te agradeço só por acreditar em mim!

-Sem problemas. Pode apostar, que em menos tempo do que você espera, isso se resolverá. Vai para a aula como Débora, mas fique tranquila, é por pouco tempo, acredite.

-Valeu! – Agradeci. Nos despedimos e fui para aula, como se fosse ela.

**

POV Débora

Quando chegamos na sala de aula, eu e as garotas sentamos em uma espécie de grupinho. Conversando sobre várias coisas. Na verdade, elas mais me perguntavam o que eu fazia para ser magra, qual era o segredo do meu cabelo, etc, etc. Eu não estava prestando muita atenção, já que me preocupava mais em me ver chegando. Quer dizer, ver ela chegando.

Não demorou muito, lá estava ela com aquela cara de sonsa, como se tivesse acabado de levar uma bofetada. Seus olhos CINZA escuro, se fixaram imediatamente em mim, com um ar de ódio. Sorri com sarcasmo para ela, sabendo que o efeito era muito elegante naquele meu rosto. Será que ela tinha me visto com o Dani? Será que ela estava sentindo pelo menos um pouquinho do que eu senti por uma vida inteira? Sentindo o quanto dói ver o garoto que você ama com outra, que ainda por cima dizia ser sua melhor amiga, por mais de um mês?

Ela foi sentar no meu antigo lugar, sem antes me mandar um olhar que dizia, “é uma pena eu não queira estragar o meu verdadeiro corpo com milhares de tabefes.”

Eu ri. As garotas estranharam, mas como estavam copiando, tudo que eu fazia riram também. Quando as risadas ecoaram pela sala, ela voltou a olhar, então percebeu que eu estava com as garotas. Nós estávamos em um belo grupo, e todo mundo da sala parecia nos invejar. Jurei que a vi tremer de ódio.

-Argh, Algebra. A professora vai passar um monte de exercícios... – Suspirou Camila, assim que viu que uma mulher magrela de cabelos escorridos pretos adentrou no local.

-Hmm. Odeio Algebra. Alguma de vocês é boa? – Perguntei como quem não quer nada.

-A Mandy é exelente.

Amanda deu de ombros.

Eu sorri maliciosamente.

-Ótimo...

A professora mal se deu no trabalho de nos cumprimentar,e já estava escrevendo exercícios de álgebra na lousa. Até que eram facéis, eu também era boa em Algebra, mas a Annabelle de ontem, era muito ruim mesmo, então não queria deixar transparecer tanto.

A mudança radical de comportamento já era bastante. Um

comportamento mais digno de quem uma garota como ela, ou melhor EU, deveria ser.

As garotas começaram a copiar frustradas, mas fiquei sem mexer nenhum músculo.

-Não vai copiar, Belle? – Perguntou Bridget, desconfiada. Continuei exibindo meu sorriso.

-Não. A Amanda vai copiar pra mim, e depois fazer os exercícios, não é Mandy? – Indaguei, com um olhar aparentemente calmo.

Ela me fitou com descrença.

-Hã?

-Ahh... Faça isso por mim... Você não vai querer ficar me devendo uma vai? Além disso, deve ser moleza pra você. – Insinuei com um tom ameaçador. Ela me fitou por mais alguns segundos como se fosse me xingar de vários palavrões, mas depois ela deu um sorriso forçado.

-Ahn... Tudo bem.

Pisquei para ela.

-Valeu!

...

POV Annabelle

Caralh#, justo eu que não falo palavrão comecei a falar. Quem ela pensa que é pra usar o MEU CORPO pra andar com Bridijéti e sua turma de galinhas retardadas? Fala sério, não é possível que os níveis mentais da Débora sejam tão baixos! Ai nem quero pensar o que ela pode ter falado pro Dani, quer dizer, ele é o garoto mais perfeito da humanidade, além de ser MUITOOO lindo ele é meigo, amável, e sensível. Ele não toleraria uma pessoa tão ridícula e que as únicas coisas que importam são a popularidade. DROGA! Eu tinha confiado nela. É eu tinha. Será que ela não se lembrava de como fomos amigas? Se ela gostasse realmente mesmo dele, nós poderíamos ter conversado, mas não... Ela arrumou o pior jeito de me dizer isso! E agora, quando tudo voltar ao normal, não sei se vou ser capaz de perdoa-la. Olha o que ela tá fazendo comigo. E com o Luke! Isso não é justo.

E pra completar tem esses exercícios de Algebra, que eu tenho dificuldade em compreender. Isso são muito mais que contas, são monstros prestes a me devorar... Argh, já disse que odeio? Que isso fique bem registrado.

Ai, meu Deus, por favor, me salva! Faz eu acordar e ver que toda essa tortura é um sonho, um sonho MUITO ruim!!

Enquanto as duas horas e meia de aula restantes iam se esgotando, parecia que mais insuportável ia ficando. Felizmente, algumas anotações da Débora realmente tinham ajudado um pouco nos exercícios, por outro lado a Débora-Annabelle dava risadas altas e chamativas, não só para chamar a minha atenção, e sim a de todo mundo que estava naquela sala. Eu até senti dó da Bridget e

daquelas galinhas, parecia que tinham se tornado escravas dela.

Minhas escravas! Porque tecnicamente, quem estava ali as domando era eu Annabelle. Eu nem sabia que poderia exercer tal domínio sobre pessoas. Não que eu fosse usar isso, nunca. Deixo isso para ELA. Mas o reinado está prestes a acabar, é o que eu espero.

Quando o sinal tocou, minhas mãos já mantiam envolvidos os inúmeros livros das aulas diversas que tivemos, e então, mal deu-se tempo para respirarmos e eu já estava na porta, na verdade eu sempre fazia isso, com ansiedade de vê-lo. Mas o caso ali era diferente. Não queria ouvir mas nenhum comentário de Débora sobre como ela estava linda, e ela teve coragem de jogar isso na minha cara!- justo quando a pessoa que ela é sou eu MESMA-, ou falando sobre o Baile de Inverno de algumas semanas e com quem ela iria, preferi me concentrar nos exercícios ao ouvir essa parte, ou suas humilhações para as garotas menos dotadas de beleza, ou seus sorrisos sarcásticos para aquelas garotas mimadas que ela começara a chamar de amigas! Quer dizer, não fazia nem um dia que ela estava experimentando ser eu e ela já se achava o máximo, achava que duraria pro resto de sua existência!!

Mas quando imergi pela porta, senti garras afiadas arrancando o revestimento do meu coração pulsante. O coração que nem me pertencia de verdade. Eu queria chorar. Mas tinha que ser forte.

Ele estava ali. Lindo, perfeito, sorrindo (não um sorriso irônico ou maldoso), seu lindo sorriso que se enquadrava adequadamente no seu rosto lindo. Ele estava no lugar em que sempre me esperava para irmos juntos até a saída. Mas notei algo estranho, ele estava rindo com os amigos, que eu pouco conhecia. Ele nunca me esperava com seus amigos. Muito suspeito. Ele não reparou em mim óbvio. Eu era Débora Richelli. Uma garota CDF e normal. Não que fosse feia, pelo contrário, eu nunca achei-a feia. Apenas triste demais para ficar bonita. E eu não podia mudar aquilo, pois ainda estava muito triste. Apesar de vê-lo ser uma das melhores sensações daquele dia, quando seu rosto vinha na minha mente, eu imediatamente pensava que não ficaríamos mais juntos.

Comecei a andar em passos rápidos, olhando para baixo, ainda não estava acostumada em ter um quadril largos e pernas grossas, e nem cabelos encaracolados. Segurava o fichário dela contra o meu peito, ainda sem tirar os olhos do chão, fui caminhando em sua direção ou melhor em direção a classe de Luccas, não queria olhá-lo, porque se visse meu reflexo em sua íris eu provavelmente desmoronaria.

Mas, certamente, andar olhando para baixo, não foi uma boa ideia para mim, que acabei por esbarrar em alguma coisa, e acabei desmontando-me no chão, e quando ergui os olhos para ver, o que- ou quem- era, a pessoa que esbarrei, me deparei foi Daniel.

Ele não pareceu se afetar com o esbarrão, estava completamente bem, lindo, maravilhoso. Foi como se todos os pesadelos que eu tinha vivido naquele dia tivessem se extinguido quando ele me olhou de uma forma preocupada, atenciosa, como sempre fazia comigo de verdade. Ele deu um sorriso torto, e estendeu-me sua mão. Eu queria beijá-lo como sempre fazia, dizer que o amava mas era impossível. Eu me sentia uma estranha comum na frente de um deus. E na verdade, era isso mesmo que eu era pra ele. Uma estranha.

Só que nem tanto, por que ele me reconheceu. Não como quem eu era de verdade, e sim como Débora.

-Pegue. – Ele pediu, referindo-se a mão. Minha mais comprida mão com unhas mal feitas, agarrou-se na dele, e ele me levantou. Senti sua pele e um arrepio percorreu todo aquele corpo. Dani pareceu perceber, mas não se gabou de seus efeitos, é claro, ele era gentil demais para isso, não jogava na cara das pessoas o quanto ele sabia que elas babavam por ele, mas sua mão se soltou da minha.

Eu não ligava, porque aquela não era eu de verdade, então não saia magoada verdadeiramente.

-Débora, não? – Perguntou Dani, com o cenho franzindo. Guilherme sussurrou alguma coisa para Léo e os dois riram. Como eram diferentes comigo quando eu era Débora!

-Sou. – Respondi, tentando parecer educada. Mas o que eu queria dizer na verdade, era NÃO.

-Hmm... – Refletiu ele. E como ficava bonito pensativo! – Viu a Belle?

Era tão estranho vê-lo perguntando por mim, quando eu estava na sua frente. Ele não era o culpado, é claro.

“Eu estou aqui, meu amor, debaixo desse rosto...”

Como timidez era uma coisa que não pertencia a Annabelle Kouren, a verdadeira Annabelle Kouren, ou seja eu, e pertencia apenas a minha ex-amiga Débora Richelli, eu não tive vergonha em dizer o que me veio na cabeça.

-Ela está na sala de aula se gabando pras novas galinhas que ela chama de amigas, o quanto ela é gostosa. – Eu falei, revirando os olhos. Caraca, por um momento pareceu estranho, porque parecia que eu estava me auto-xingando, afinal, o corpo que a Débora usurpara era meu, e eu estava falando de mim tecnicamente. Era confuso demais para aguentar.

Os três melhores amigos de Dani, Léo, Lipe e Gui, me encararam como se eu fosse uma alienígena, ou psicopata. Dizendo aquilo até fazia sentido.

-Perdão? – Inquiriu Dani, descrente do que eu falava.

Mas eu estava com tanto ódio, queria tanto poder contar para ele! Se ao menos eu não fosse parecer maluca! E de repente eu me peguei fazendo um discurso contra nova Annabelle Kouren, que um dia antes era eu.

-Você ouviu. E se quer um conselho, Daniel... Sei que você é um cara legal, e a Annabelle mudou muito por um... Esses dias, de um jeito que eu sei que uma pessoa como você, nunca vai gostar. Às vezes eu não entendo como um cara como você pode ser gentil e não um galinha idiota, e por isso acho que você não a merece. Eu sei que eu... A Belle, é linda, mas acredite, ela está louca, pelo menos hoje ficou pirada... Aposto que ela também mudou o jeito dela com você não é? Então se quer um conselho, fique longe da Belle, pelo menos até que ela volte ao normal. – Declarei. Ele me olhou confuso, como se ouvisse as palavras mãos não fosse capaz de acreditar que alguém como eu, que assumia o papel de Débora, fosse dizer aquilo. - Pode achar isso maluquice, mas é sério, Dani. – Lançei um longo olhar para Dani, bem no fundo dos seus olhos castanhos.

-E como você sabe que eu não sou um galinha idiota? – Ele perguntou do nada, como um desafio, sua voz era seca. Eu queria poder ler seus pensamentos.

-Simplesmente sei. - E me mandei sentindo uma dor se apoderar do meu novo corpo. Grande novidade para esse dia FANTÁSTICO!

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 17/01/2011
Código do texto: T2735097
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