- Eu, Chato, Estúpido e Monótono -

Sou apenas eu.

Aquela menina ali no banco sentada de mal jeito.

Usando um all star vermelho, uma jeans preta e uma regata branca. Aquela mesma menina que você conheceu, sou eu, sempre fui eu.

Na tarde ensolarada e quente, sentada sozinha com aqueles óculos de aviador, parecendo observar o mar, mas se prestar atenção, está perdida em pensamentos, naquele mundo obscuro dela que ninguém mais conhece. Um mundo cheio de horror, sangue, obscuro... mas, também tem amor, um romance que já mais foi dito, ou quebrado, a menina que sempre amou a mesma pessoa.

Que simplesmente não chora por tolices desde os 8 anos de idade, ouvindo musica, sempre as mesmas musicas, que usa a camiseta dos Beatles ao invés de uma com o nome Restart. Diverte-se com poucos amigos, que considera mais que muitos, canta sem saber cantar, apenas por diversão, brinca com o violão tocando tudo que sabe, rock, muito rock and roll.

Aquela mesma garota que esquece rancores, mas que lembra do passado, que brinca com as fotografias e ri dos álbuns. Viciada, muito viciada... Em sorvete. Lendo sempre os mesmos tipos de livros, escrevendo músicas e poemas, talvez historias.

Que gosta dos sábados, tranqüilos. A garota que já não dorme a noite desde pequena, talvez de madrugada, mas ainda prefere ficar de noite acordada. Deitada fica pensativa, adora a chuva, a brisa da noite e a lua que ilumina seu quarto apagado de noite. Aquela que se você deixar, quebra o despertador e dorme o dia inteiro só pra fingir fugir da realidade pra sonhar os sonhos mais impossíveis que realmente nunca se tornariam realidade.

Que curte ouvir os lobos uivarem nas noites mais frias, que não perde seu tempo se assustando com insetinhos, é capaz de torturá-los por apenas diversão, vê aqueles filmes de terror que ninguém veria, e ainda consegue achar alguma graça, por simplesmente ver que nada é real.

Que sussurra de noite nos ouvidos dos outros simplesmente pra pregar uma peça e depois rir da cara do assustado, mas apenas brincadeiras noturnas feitas sob a insônia chata, que não me deixa dormir. Sozinha de noite, lê os livros que compra em baixo das cobertas com uma lanterna fosca que esta quase quebrada – Mais que porra! – Exclama eu – Merda de lanterna.

Dormindo.

Dormindo.

Dormindo.

Acorda de manhã, sonolenta, cansada sem a mínima vontade de ir a escola – Paaai, deixe-me faltar – Pedi ainda grogue a meu pai – Não quero ir. Meu pedido é negado.

Sem ânimo nenhum, levanto e tomo um banho de água gelada, isso me acorda, mas agora gelada e com frio estou. Arrumo-me e na calçada sentada ainda de mal jeito, espero a piruá chegar.

Tic, Tac.

Tic, Tac.

Tic, Tac.

Demorou muito, mas a piruá chegou, e lá estou eu, sentada no fundão observando a multidão, mas logo me perco em pensamentos que ninguém ouve. Ligo o I-pod todo riscado e aperto play na música escolhida.

“I dreamed I was missing.

You were so scared,

But no one would listen

'Cause no one else care.

After my dreaming,

I woke with this fear.

What am I leaving,

When I'm done here?

So if you're asking me,

I want you to know:”

Estou sentada, parada e também em movimento. Olho pela janela o mundo que parece correr ou girar ao meu lado, mas não esta tudo parado? Pergunto sem querer responder.

“When my time comes

Forget the wrong that I've done,

Help me leave behind some

Reasons to be missed.

And, don't resent me,

And when you're feeling empty

Keep me in your memory,

Leave out all the rest

Leave out all the rest...”

Chegamos a prisão... Ops! Eu quis dizer escola, desculpe a confusão. Olha pra minha cara, veja se tenho animo. Não? Hmmmm... Concordo contigo.

Espero no pátio dar a hora de entrar na sala, estou rodeada de alunos, mas eu sou invisível, não acredita? Que isso... Observe então. Digo Oi! A alguém... Ninguém nem mesmo virou a cabeça para ver quem era que falava. Eu te disse sou invisível, nossa como é bom ser invisível, eu observo cada um aqui dentro, vejo todos... O egoísmo e a hipocrisia parece rondar o lugar.

Deu a hora, vamos todos pra sala.

No meio da aula a professora para só pra fazer a chamada, eu estava quase dormindo, mas que saco!...

– Luna – Diz a professora

Todos se perguntam quem é Luna... Todos olhando para a sala, olham pro fundo eu levanto o braço sem abrir a boca. Quando vêem, pensam “ah sim, aquela garota...” as faces deles demonstram reprovação, adorei isso, não queria ser aprovada mesmo por eles, assim eles não me incomodam e também iguais a eles nunca serei, adoro ouvir que sou diferente, pois não sou igual ao que parece normal.

“Don't be afraid

Of taking my beating.

I've shared what I'd made.

I'm strong on the surface,

Not all the way through.

I've never been perfect,

But neither have you.

So if you're asking me,

I want you to know:

When my time comes

Forget the wrong that I've done,

Help me leave behind some

Reasons to be missed.

Don't resent me,

And when you're feeling empty

Keep me in your memory,

Leave out all the rest

Leave out all the rest...

Forgetting,

All the hurt inside

You've learned to hide so well.

Pretending,

Someone else can come

And save me from myself.

I can't be who you are.”

Acabou as aulas. QUE BOM, QUE MARAVILHA, TO LIVRE...

Em casa eu ligo o computador, começo a escrever. Sai poemas, musicas, historias a maldita lição de casa. Escrevo tudo isso aqui, sem ter o que fazer. Agora leitor, pense bem, conhece até de mais de mim, sou sem graça, mas pra quem é meu amigo de verdade, sabe que não sou falsa. Esse texto pode parecer revoltado, até de mais [toquaseconcordando]... Mas, acredite não sou, sou apenas sincera.

“When my time comes

Forget the wrong that I've done,

Help me leave behind some

Reasons to be missed.

Don't resent me,

And when you're feeling empty

Keep me in your memory,

Leave out all the rest”

Não sei bem se isso aqui é uma songfic ou uma one-shot, mas posso dizer que esta acabando, pois não há mais nada o que escrever, quer saber algo mais, saber segredos? Eu quase não tenho segredos... Só que aqui eles não vão estar. Com certeza não vai querer saber mais de mim, agradeço por isso, pois sou preguiçosa e tenho preguiça de contar. Escrevi isso tudo como passa-tempo sem saber em que iria dar ou como ia acabar.

“Leave out all the rest...

Forgetting,

All the hurt inside

You've learned to hide so well.

Pretending,

Someone else can come and save me from myself.

I can't be who you are...

I can't be who you are.”

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Autora: Escrevi isso sobre mim a algum tempo, viajei e não havia nada pra fazer... espero que curtam, pois foi só um passa tempo

Luna Lycan
Enviado por Luna Lycan em 30/12/2010
Código do texto: T2699899
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