[Original] The Simple Plan - Capítulo 24

É o fim para isto - Capítulo 24

POV Paolla

Cheguei um tiquinho atrasada, pois eu estava conversando com Eduardo (leia-se: Pegação no corredor). Mas enfim, fora uma conversa muito produtiva. A sala como sempre estava cheia de pessoas desinteressadas em tudo ao que se dizia sobre estudar.

Eu sei, somos alunos exemplares.

Fui em direção ao meu lugar ignorando um olhar feroz que era direcionado a mim.

Mas... Esqueci o quanto se é difícil ignorar Eric Mendes.

– Muito bonito. - Disse ele, com a voz séria e até magoada? Ah, pelo o amor. – Segura os cão de guarda, tá?

Eu ri, extremamente humorada. Ah, realmente... Uma pegação faz toda a diferença.

– Ai, ai. Se você estiver se referindo a ter me visto com seu irmão, sim. Muito bonito. - Me sentei retirando meus materiais de minha mochila. Ele bufou, irritadinho.

– Papa anjo. – Surpreendendo a mim mesma, esse apelido não me afetou em nada.

– Uh, me afetei total com esse apelido, vou ali cortar meu pescoço por você ter me xingado assim. - Eu disse, com deboche.

– Quando isso começou?

– Não é da sua conta.

– Será que dá pra você me falar?

Me virei o encarei, séria.

– Qual é a parte do que eu falei que você custa a entender? - Perguntei, arqueando a sobrancelha esquerda.

– Eu irei te irritar até você contar.

Maduuuuuuro que só ele. A professora entrou na sala e cumprimentou geral, sendo ignorada como sempre.

– Uh, tão maduro Eric. Qual é o seu problema? Não aceita que Eduardo é melhor que você?

Isso para ele é como a morte, eu sei.

– Impossível. Pra ser melhor que eu, só uma cópia minha.

– Ele é muito melhor, eu te garanto.

Ah... E como é. Mais lindo, mais sexy, mais... Tudo de melhor. Eric trincou os dentes, furioso.

– Achei que você não quisesse usá-lo. - Suspirei, lembrando-me dessa época.

– E não estou.

Bem... Eu não poderia usá-lo depois que passei a gostar dele, poderia?

– VOCÊ QUER ME DIZER QUE DE REPENTE SE DESCOBRIU APAIXONADA POR ELE? COMO SE AQUI FOSSE A NOVELA DAS OITO? - Eric irritado é hilário.

– Eric, por favor. Se controle. - Pedi, rindo. A sala estava olhando pra ele, que visivelmente os ignorou. - Eu não disse nada sobre estar apaixonada. - Eu não disse nada sobre estar apaixonada. Mexi no cabelo, num ato totalmente involuntário.

– Ah, e meu nome é bozo.

– Ai, ai... A verdade Eric, é que eu encontrei no seu irmão tudo o que eu jamais acharia em você, e... - Eu ia dar início a uma lista de adjetivos que dão qualidade ao irmão dele.

– Chega! - Eric disse, ainda mais irritado.

– Ok. - Dei de ombros, indiferente.

– Você esta tão engraçada hoje, não quer ir ao circo?

– Para...?

– Mostrar seus dons artísticos, é fato que conseguirá um emprego.

Eu franzi o cenho, confusa. Ele me chamou de palhaça? Poxa...

– Não entendi.

– Ah Paolla! O que é? Estar com Eduardo te fez perder os neurônios?

– Ah... - Mexi no cabelo novamente, ah droga foi sem querer. – Não sei.

– Você é patética. - Eu dei de ombros. Não to nem ai pra ele e sua crise de ciúmes. Perdeu playboy, perdeu...

– E o seu ciúme é comovente. - tentei dar um fim a essa conversa que não chegaria a nada. E acho que consegui, pois Eric se calou.

– Não dará certo. - Disse, fazendo-me bufar enquanto começava a copiar a matéria. – A língua do povo é cruel, e você não vai aguentar com isso.

- Sabe onde eu to?

- Onde?

– Eu to nem aí.

Sorri novamente ao ver quão forte minhas palavras soaram.

E no Intervalo...

– Gorda. - Tiago disse, depois de um longo tempo sem falar comigo... - Nós vamos lá na sala, você vem?

– Sim, pode ir indo na frente. - Eles lançaram um olhar a Eric que me congelar.

– Não seria irônico em demasiado você se apaixonar por mim depois que eu te esqueci? - Eu perguntei a Eric, após os meninos saírem.

– Não seja patética. – Tá nervosinho, ui. – estou indignado, o que é MUITO diferente.

Eu fiquei com uma imensa vontade de provoca-lo, mas apenas lancei um sorriso a ele. É mais fácil e economiza palavras. Sai da sala e fui em direção ao corredor do primeiro ano.

POV Eduardo

– Carolina. - Eu a chamei, vendo-a se levantar pra sair da sala. Ela parou, mas não me olhou. – Precisamos conversar.

– Hum, Du. - Me olhou por canto de olho. – Depois, ok?

Ela sabe que eu darei um fim nesse... Ahn, qualquer coisa que seja isso que temos. percebeu isso pela maneira que eu a tratei quando veio me beijar.

– Certo. - Fui me sentar ao lado de Melissa que estava mexendo em seu inseparável celular. – Ah, como é difícil...

– O que? -Perguntou Emanuella que tinha ido ao refeitório com Johnny, fazer companhia enquanto ele comia.

– A Carolina. - Respondi, cruzando os braços. Melissa suspirou.

– Que nojo. - Emanuella sentou-se a frente de nós. – Ela é uma cachorra.

– Vira-lata. - Completou Melissa. Eu ri. São duas loucas. Eu olhei pro Johnny e vi que ele parecia meio preocupado.

– Tudo certo cara? - Perguntei, chamando sua atenção.

– É, mais ou menos. - Algo me dizia que isso tinha a ver com seus lances.

– Ele tá assim desde a hora em que chegamos à escola. - Melissa contou, também preocupada. – O que você tem?

– Nada gente.

– Mente mal pra caramba, cara. - Eu disse, querendo incentivar a contar logo sobre seu problema.

– Sério, gente! Eu to de boa.

– Olha Johnny. - Emanuella não é tão paciente como Melissa e eu. Suspirou e continuou. – Se você engravidou alguém fala logo, eu não estou preparada pra ser tia tão cedo, mas beleza.

– Ihhhh, tá doidona. -Johnny riu. Parecendo mais alegre. – É sério gente, eu to bem!

– Ta, não adianta, ele não vai falar.

Tiago e Breno entraram na sala e ficamos conversando. 20 minutos depois Paolla entrou na sala, muito PUTA da vida.

Ah, eu mereço.

– Eduardo! - Ih, fudeu. – Eu vou encher aquela vadia de tapa!

Eu me levantei e a olhei, apreensivo. Paolla estava furiosa.

– O que aconteceu?

– O QUE ACONTECEU? AQUELA VAGABUNDA FICA OLHANDO E DANDO RISADA PRA MIM ACHANDO QUE TEM UM PONTO TERRIVELMENTE NEGRO NO MEIO DA MINHA TESTA!!!

– Paolla amiga, olha o chilique. - Melissa pediu, temerosa.

– AH! EU ESTOU DE SACO CHEIO! - E minha calmíssima Paolla saiu batendo pé.

Eu a segui, querendo sinceramente não pensar no que Carolina possa ter dito a ela.

(...)

POV Paolla

“Não importa o que aconteça Paolla, eu estou ligada ao Eduardo para sempre.”

Como eu detesto aquela garota. Como eu detesto seu cabelo loiro de Barbie de 10 contos. Como eu detesto quando a vejo dizer o nome do MEU (Sim, meu de minha posse, o que quer dizer que obviamente, me pertence) Eduardo e como eu detesto sua mania de conseguir me irritar.

Porque simplesmente ela não pula num rio cheio de piranhas e me deixa em paz? Será pedir demais?

Encostei-me na parede e respirei fundo, sentindo um nó em minha garganta. Eu não queria chorar, mas também não sabia controlar as minhas emoções.

– Ahn, desculpe intrometer o momento “revoltadinha”, mas a professora esta te chamando.

Olhei Eric com raiva. Ele não perde a chance de ser babaca.

– Que professora? - Perguntei, não dando chance a ele fazer mais uma piadinha.

– A de literatura.

Droga, aquela égua manca vai reclamar que eu não faço nada.

– Tá. - Eu saí na frente dele, quando percebi que o mesmo me seguia. – Para que você esta indo?

– Bom... Se você não sabe a escola é um lugar público onde podemos andar em qual..

– Tá, cala a boca.

Continuamos andando, eu estava ignorando uma sensação de aperto que estava me dando.

– Hum, eu disse que esse rolo de vocês não duraria muito não é? - Eu parei, digerindo as palavras de Eric. Encaramo-nos e meu primeiro instinto fora correr, ele percebera isto e bloqueou a passagem, me segurando pelos ombros com facilidade e me empurrando em direção à biblioteca, que a este horário esta vazia. A bibliotecária vadia esta almoçando – eu gritei, bati nele, tentei empurra-lo. Eric não se afetará com exatamente nada. E não disse uma só palavra, mas o seu olhar dizia bem o que ele ia fazer.

POV Eduardo

O último lugar em que apostei as minhas fichas que Paolla poderia estar é na biblioteca. Lá tem cara de abrigo de mulheres nervosas.

Segui em direção a ela e travei ao ver Paolla e Eric juntos. Senti um enjoo me dominar ao vê-lo passar a mãos nas curvas dela, minha visão ficou meio turva e eu desejei estar num pesadelo. Não era possível. Eu aprendo a confiar nela depois de tudo que já passamos para então me decepcionar novamente... Não... Não pode ser.

PORRA!

– ERIC! ME SOLTE! - Ela gritou, enquanto eu me via batendo palmas para aquela cena.

– Eu já esperava. - Eric riu. Ele riu? Ah, ele riu? Peraí...

Entrei na sala, à ira me dominando completamente, eu estava cego, cego de ódio. Dei um soco em Eric que pude sentir seu nariz quebrar.

Paolla gritou, eu a olhei, tentando não me descontrolar, pois sobraria pra ela também.

– E VOCÊ! - Apontei o indicador a ela. Eric urrou de dor e caiu. Eu o chutei e voltei a olhá-la. – NÃO ME PROCURE MAIS.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 26/12/2010
Reeditado em 21/06/2014
Código do texto: T2691741
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