ECLIPSE -Burying the Sun. Cap. 1

Obrigada por quem comentou, resolvi postar o primeiro capítulo para analisar se vocês gostam, caso não haja muito empolgação, eu paro, tudo bem?

FANFIC DE ECLIPSE.

Explicando novamente: Eclipse narrado por Edward.

Burying the Sun - Enterrando o Sol.

Os capítulos serão divididos em 3 ou 4 partes.

CAPÍTULO 1. ULTIMATO

Parte I

EU ESTAVA DIRIGINDO EM MINHA VELOCIDADE HABITUAL.

O destino era o domicilio dos Swan. Eram quinze para as sete da noite, o único momento de subterfúgio meu e de Bella, duas horas e meia, das sete às nove e meia. O tempo estipulado pelo Chefe Swan, o pai da razão da minha existência, para nos vermos. Para alguém que já transcorreu milhares de horas, era um tempo mínimo, quase imperceptível em minha linha do tempo. Mas nós dois, e essa parte do nós cabe mais a mim, respeitávamos as regras impostas por Charlie. Eu tinha consciência de que se ele soubesse com que tipo de criatura a filha dela estava envolvida, provavelmente o tempo seria ainda menor, ou talvez não existisse.

Eu tentava não culpar o lobisomem, por essa pequena cota do dia que eu podia passar com Bella sobre o olhar mal-humorado de Charlie, eu não a podia levar para sair, nós nos víamos na escola, e sempre que podia eu passava a noite com Bella, o que não era um problema, escalar janelas era algo muito simples e ignorável, porém Charlie não sabia disso. Mas sempre que me lembrava de que era culpa do lobisomem, o castigo de Bella ser tão rígido, eu realmente sentia vontade de mata-lo.

Quando essa vontade desfavorável surgia, eu tentava captar o quão bom ele tinha sido para a pessoa mais importante do mundo para mim, mas isso não aliviava a tensão entre nós. Eu podia ouvir seus pensamentos, e certamente não eram nada agradáveis. Às vezes ele imaginava ele e Bella se beijando, ela acariciando sua face com os olhos brilhantes e um sorriso humildemente feliz, ele imaginava ela nua, a imaginava em todas as formas possíveis perto dele, a imaginava passando as mãos em seus pelos nojentos enquanto ele estivesse em sua outra forma e o abraçando. De certa forma, ele obviamente queria que o que Bella – por algum motivo absurdo – sentia por mim, sentisse por ele. E sentir-me o vencedor nesse aspecto sempre me fazia achar incrível, fenomenal.

Mas o ciúmes e as provocações, estavam apenas começando. Eu teria que lidar com aquilo mais tarde.

Faltavam menos de cinco minutos até eu chegar. Eu ansiava por vê-la. Por que quando a via, parecia que o mundo parava de girar, que somente ela e eu existíamos, e só isso importava. Embora tivéssemos que estar sobre o olhar infalivelmente rabugento de Charlie, e apesar de eu escutar seus pensamentos antagônicos, eu sempre me sentia bem quando estava com ela.

É claro que entendia que o Chefe Swan, decididamente não gostasse da minha presença. Eu tinha machucado tanto a filha dele, a ponto dele nem pensar que ela reagiria algum dia. Odiava as vezes ter de enxergar suas amargas lembranças de Bella, jamais me perdoaria por isso. Além disso ele achava que eu era o principal motivo de Bella estar afastada de Jacob. E eu sabia que ele estava certo. Também fui responsável por inexplicável sumiço de três dias de Bella, e um horripilante episódio de mergulho de penhasco, apesar de indiretamente, ele não saber disso.

Se soubesse, talvez eu só pudesse passar meio minuto ao lado de Bella, ou menos.

Não obstante dos impasses, eu estava feliz. Feliz por ela estar comigo, por mais arriscado que fosse. E eu estava começando a formular a ideia de já não era tão perigoso assim.

Era torturante recordar das 24 horas que passei pensando que Bella havia parado de respirar. Que seu coração de batidas agitadas havia paralisado. Que o sangue doce e apetitoso que circulava dentro de suas veias, estava congelado. Que os seus olhos marrons jamais voltariam a brilhar, que suas maças do rosto jamais se ruborizariam e que sua voz teimosa jamais viesse a me contestar. Que os seus cabelos, aqueles que pareciam um monte de feno, eu nunca mais alisaria com os dedos.

Eu pensava que tinha me habituado a ficar longe dela. Mas jamais cometi um engano não terrível. Eu não conseguiria mais viver sem Isabella Swan, só pensar na hipótese, me deixava atordoado demais para conseguir dizer alguma coisa. Pensar em Bella morta, me causava um vazio imenso e profundo, que eu só conseguiria superar com minha própria morte. Bella tinha se tornado a essência de minha vida, ou existência.

Eu sabia que o melhor para ela era ficar distante, mas ela era tão irredutível quanto eu, e a única solução, a qual ela mais apetecia, estava fora de cogitação, pelo menos da minha parte. Ficaria muito revoltado se um dos meus irmãos aceitasse fazer isso, mas Alice estava decidida a ajudar Bella. Mas ela queria que fosse eu que a transformasse, então é claro que existia a condição.

Ela teria que se casar comigo.

Nenhuma ideia me regozijava mais do que Bella, esplêndida com seu rosto delicado, em um vestido de noiva que a contornasse, ao meu lado sussurrando “sim”. E é claro que essa era a única coisa que ela menos queria no mundo.

Ser. Minha. Noiva.

Finalmente, chegara. Eu estacionei o carro bem em frente à casa de Bella. Toquei o botão do rádio, para desligar a melodia clássica habitual, e abri a porta e fechei numa velocidade desumana, a minha ansiedade era infinita. Não me preocupei, pois não havia nenhuma alma viva circulando aos arredores, embora eu conseguisse escutar as vozes, tentei as ignorar completamente.

A hora mais alegre do meu dia havia chegado. A casa de Bella emanava um cheiro de macarrão não muito apetitoso, muito menos para mim é claro, aquele cheiro me causava um pouco de repulsa.

Eu já conseguia ouvir os pensamentos de Charlie, ele estava preocupado com a faculdade que Bella iria cursar, pela qualidade e pelo financeiro. Vi o rosto dela na mente dele, estavam conversando.

“Alguns desses lugares são muito caros, Bella. Quero ajudar. Você não tem que ir para o Alasca só porque é mais barato.” Charlie murmurou, esperançoso de que Bella fosse para uma faculdade melhor, mais proveitosa e mais cara, independente do fato de ser ou não aceita.

Com relação a isso, eu concordava plenamente. Bella era estudiosa e merecia uma boa Universidade, o melhor, e eu não me importava de pagar tudo o que custasse para ela ter uns bons anos de faculdade, o dinheiro e a faculdade, entretanto, ela recusava-se arduamente a aceitar. Eu levava alguns formulários comigo, justamente para tentar persuadi-la.

Mas eu sabia porque Bella queria tanto o Alasca. Ela era altruísta demais em relação a mim. Juneau tinha uma média de 321 dias nublados, o tipo de lugar perfeito para um vampiro. Tsc, tsc, tsc. Alguém precisava impor um pouquinho de ciência na cabeça de Bella, ela iria para o Alasca, só para proporcionar o melhor para mim. Tal ideia me era patética.

“Eu posso pagar.” Escutei a voz dela, e enxerguei seu rosto na mente de Charlie. Meus passos absurdamente rápidos já tinham alcançado a porta, mas eu queria escutar o resto da conversa.

“Além disso, tem muito apoio financeiro por lá. É fácil conseguir crédito.” Eu quase ri com a resposta.

Os pensamentos eram de Charlie eram bem sonoros, ele perguntaria sobre mim.

“Então...” Começara ele.

“Então o quê?” A voz de Bella questionou atônita.

“Nada. Eu só estava... Só me perguntava...Quais são os planos de Edward para o ano que vem?”

“Ah!” Certamente que Bella tinha ficado desesperada por ouvir aquilo.

Resolvi que a salvaria. Bati cuidadosa e rapidamente na porta, três vezes.

-Já vou! – Ela gritou, sua voz era irrequieta... Eu não conseguia entender como Bella parecia sentir a mesma ansiedade que eu.

Ela escancarou a porta, seu rosto cintilava de consternação, e piscou duas vezes quando me viu, parado ali.

Começamos, ambos, a nos analisarmos. Bella estava linda como sempre. Eu adorava enxergar, com meus olhos sobre-humanos, cada partícula sobreposta do rosto de Bella, o sangue que corria embaixo de sua frágil pele pálida, cheiroso, absolutamente cheiroso, seus olhos estavam se mexendo freneticamente, observando cada canto de minha face, fiquei olhando para a bolinha preta, tentando enxergar meu reflexo ali. Era impossível, enquanto a via, não sorrir. Os batimentos cardíacos de Bella estavam acelerados demais. Mas eu sabia que se eu também tivesse um coração que bombeasse sangue a cada batida, também ficaria frenético ao vê-la.

Ela estava um pouco tonta, ela havia esquecido de respirar. De novo. Incrível, como nós vampiros podíamos ser tão diferentes, lindos aos olhos humanos, para provocar tantas reações engraçadas.

Bella expressou uma cara de culpa, depois de me olhar. Não entendi exatamente o porquê, e nem perguntaria. Mas às vezes não poder ler seus pensamentos me deixava completamente maluco.

Ela pegou uma de minhas mãos, e suspirou assim que sua pele quente chocou-se com o gelo que envolvia a minha. Tocá-la era uma das sensações mais impressionantes que eu já havia experimentado. Era como se cada segundo que eu estive longe dela, pudesse ser compensado só com aquele breve toque.

-Oi. – Ela murmurou. Parecia-me extraordinariamente tímida.

Ergui nossos dedos entrelaçados, para afagar com as costas de minha mão, o seu rosto sensível.

-Como foi sua tarde? – Questionei, cada mínimo detalhe na vida dela, me parecia de importância crucial.

-Lerda. - Ela alheiamente disse com sua voz tão agradável para mim.

-A minha também. – Pontuei. Realmente, tudo havia sido um tédio sem ela.

Puxei seu punho até meu rosto, nossas mãos ainda estavam entrelaçadas. Fechei os olhos à medida que meu nariz roçava a pele ali, e então sorri tentando ser tenro, ainda sem abrir os olhos. O cheiro do sangue era absolutamente delicioso, minha metáfora, predileta: eu desfrutava do buquê, enquanto resistia ao vinho.

Apesar do cheiro fazer minha garganta arder em chamas, desesperadoramente, eu já havia aprendido a sobreviver com isso. Eu não me esforçava tanto quanto antes ao perpetrar esse simples gesto, pois eu sabia que teria que conviver com o cheiro por muito tempo. Não pretendia deixar Bella se tornar uma vampira. Pelo menos não tão em breve. Só de pensar o quanto ela sofreria com a transformação... Eu não aguentaria.

Charlie foi se aproximando repentinamente, batendo os pés, para mostrar insatisfação com a minha presença, embora seus pensamentos, não muito amigáveis já fossem suficientes. Abri os olhos e deixei nossas mãos caírem, embora eu as mantivesse entrelaçadas.

-Boa noite, Charlie. – Cumprimentei, tentando parecer o mais cordial possível.

A resposta que recebi foi um grunhido de descontentamento... “Acha que só por TENTAR agir educadamente vai conseguir o meu perdão pelo que fez com Bella... Ridículo...” em seguida desse pensamento de desagrado. Charlie se estacionou ali, de braços cruzados... “Deixar minha filha sozinha com ele não é uma boa maneira de preservar-la...” então me desconectei completamente dos pensamentos dele.

-Trouxe mais alguns formulários de universidades. – Informei a Bella, e estendi o envelope pardo, um tanto estufado. E Bella notou que meu dedo mínimo estava envolto por uma espécie de anel de selos.

Ela gemeu.

Não precisava conseguir ler sua mente para adivinhar os pensamentos por trás daquela expressão de infelicidade. Ela não queria que candidatar em universidade alguma. E nem que eu a obrigasse a isso. Ela provavelmente achava que era uma das formas que eu havia encontrado de aumentar o prazo de dias que Bella tinha concedido até o dia que ela queria para sua transformação. E era mesmo.

Sorri com escárnio para ela.

-Ainda há alguns prazos abertos. E alguns lugares dispostos a abrir exceções. – Continuei.

A expressão de Bella ficou mais desgostosa ainda, eu não consegui deixar de rir.

-Podemos? – Perguntei, conduzindo Bella até a mesa da cozinha. Charlie nos seguiu, e bufou, não li seus pensamentos, mas pensei que eu estivesse pelo menos o agradando só um pouquinho. Ele queria muito que Bella tomasse uma decisão a respeito da universidade.

Bella limpou a mesa, e de forma perfeccionista comecei a arrumar a pilha alta de formulários. Ela pegou um livro, era O morro dos ventos uivantes para a bancada. Ergui uma sobrancelha, eu não conseguia compreender o que de tão atraente Bella encontrava naquele livro, mas quando ia contestá-la Charlie me interrompeu.

-Por falar em formulários de universidades, Edward, - Charlie disse, sem olhar para mim, seu tom extremamente rabugento, ele odiava dizer o meu nome ou ter que se dirigir a mim, e quando fazia isso, era com um mau-humor intenso – Bella eu acabamos de conversar sobre o ano que vem. Já decidiu para onde vai?

Eu sabia que Charlie faria essa pergunta. Sorri de forma tênue, e respondi de forma simpática...

-Ainda não. Recebi algumas cartas de admissão, mas ainda estou pensando em minhas opções.

-Onde você foi admitido? – Charlie estava curioso.

Não havia porque mentir para ele.

-Syracusa...Harvard...Dartmouth,,, e recebi a carta de admissão da Universidade do Sudeste do Alasca. – Consegui virar o rosto para o lado, quase imperceptível, para lançar uma piscadela a Bella.

-Harvard? Dartmouth? – Charlie disse em tom de questão, incapaz de não fazer uma expressão de descrença. – Bom, isso é bem... é muita coisa. É, mas a Universidade do Alasca... Você não pensaria nela quando pode ir para uma Universidade da Ivy League. Quer dizer, seu pai ia querer que você...

-Carlisle sempre apoia as decisões que tomo. – Interrompi, para dizer a verdade clara.

-Umpf. – Ignorei os pensamentos de Charlie, cada vez mais vivos.

-Adivinha só, Edward? – Bella disse numa voz animada. Eu já era capaz de adivinhar o que ela me diria.

-Que foi, Bella?

Ela apontou para um envelope que se destacava na bancada.

-Acabo de receber minha admissão na Universidade do Alasca!

-Meus parabéns! – É, eu estava certo. Mas não podia deixar de ficar feliz coma a notícia ainda mais saindo de sua boca. Sorri para ela. – Que coincidência.

Charlie, com os olhos estreitos, analisou a mim e a Bella.

-Ótimo. – Ele proferiu depois de um minuto. – Vou ver o jogo, Bella. Nove e meia.

Ele sempre dizia aquilo quando nos deixava a sós, mas os seus pensamentos me revelavam que ele pretendia alterar aquilo.

-Hã, pai? Lembra o que acabamos de conversar sobre minha liberdade...?

Mas ele não pareceu muito satisfeito com os argumentos dela.

-É verdade. Tudo bem, dez e meia. Você ainda tem o roque de recolher nos dias úteis.

-Bella não está mais de castigo? – Questionei, embora não estivesse muito surpreso com a notícia.

-Com uma condição. – ele me corrigiu, porém não pensava agora na condição, só em me responder mal-educadamente. –O que você tem haver com isso?

Bella fez uma careta de contradição para Charlie, mas seus olhos me focalizavam.

-É só que é bom saber – Disse. – Alice anda ansiosa por uma companhia para as compras, e tenho certeza de que Bella adoraria ver algumas luzes da cidade. – Eu sorri para ela.

Já conseguia ouvir os pensamentos ferozes de Charlie.

-Não! – Ele ficou roxo, cerrou os dentes. Eu já entendia qual era o problema.

-Pai! Qual é o problema?

-Não quero que você vá a Seattle agora. – Eu já entendia. E concordava com o motivo.

-Hein?

-Eu lhe falei da reportagem no jornal ... Tem uma espécie de gangue de assassinos solta em Seattle e quero que você fique longe disso, está bem?

Gangue de assassinos, tsc. Também. Mas não achava que eram somente assassinos. Na verdade apenas um.

Bella revirou os olhos.

-Pai, há mais probabilidade de eu ser atingida por um raio que de um dia eu ir a Seattle...

-Não, está tudo bem, Charlie – Interrompi o discurso de Bella, para assegurar seu pai. – Eu não quis dizer Seattle. Estava pensando em Portland. Eu também não deixaria Bella ir a Seattle. É claro que não.

Bella me olhou, incrédula. É claro que ela não estava acreditando que eu realmente não deixaria ela ir a Seattle.

Sim, porque a ideia dela ser ferida por algum humano, na companhia minha e de Alice, era completamente hilária.

Roubei o jornal de Charlie, e li a primeira página com atenção.

O chefe Swan, se acalmou um pouco. Olhou para mim por cerca de dezessete e depois deu de ombros,

-Ótimo. – Ele murmurou, rumando para sala de estar rapidamente.

Queria assistir o jogo desde o inicio.

A garota ao meu lado não enunciou nada. Até a TV estar ligada.

-O que... – ela começou, mas ainda não responderia então resolvi cortá-la.

-Espere – Murmurei, ainda lendo o jornal. Não me desconcentrei um centímetro da página enquanto empurrava um formulário para Bella, escorregando-o pela mesa. – Você pode aproveitar suas respostas para este. Mesmas perguntas.

Ela suspirou, e começou a preencher como sempre fazia. As

perguntas eram relativamente fáceis, rotineiras. Depois de alguns minutos, ela resolveu olhar para mim, eu já não lia mais. Estava fitando a janela, pensando no que acabara de ler. Só era mais uma prova para as minhas teorias.

De repente, Bella bufou e atirou a folha de papel para o lado.

-Bella? – Não me contive.

-Fala sério, Edward. Dartmounth?

Peguei o formulário de volta, trazendo ele com cuidado para frente de Bella.

-Acho que você ia gostar de New Hampshire. – Comentei. –Há todo um complemento de cursos noturnos para mim, e as florestas são convenientemente localizadas para um andarilho ávido. Muita vida selvagem... – Abri o sorriso que Bella se encantava a cada vez que via.

Ela respirou fundo.

-Vou deixar que me pague depois, se isso a faz feliz. – Prometi, sabia que ela odiava sentir-se a coitadinha. –Se quiser, posso lhe cobrar juros.

-Como se eu pudesse entrar sem um suborno enorme. Ou isso faz parte do empréstimo? A ala Cullen da biblioteca? Argh. Por que estamos tendo esta discussão de novo? – Ela contestou.

-Pode preencher o formulário, por favor, Bella? Não vai doer nada se candidatar. – Argumentei.

Ela destravou o queixo.

-Quer saber? Não acho que eu vá.

Previ o que Bella iria fazer antes dela mesma dar algum indício de seus propósitos, fui rápido até para ser enxergue, e roubei os papéis, guardando-os comigo, enquanto ela estendia a mão para amassá-los, eu já estava no lugar em que estive a dois segundos.

Ela analisou o vazio na mesa, e em seguida olhou para mim.

-O que está fazendo? – Perguntou. Eu preencheria para ela, óbvio.

-Eu assino seu nome melhor do que você mesma. Você já escreveu essas respostas. – As vezes era bom saber copiar cada mínimo detalhe.

-Sabe acho que está exagerando nisso. – ela sussurrou. – Não preciso me candidatar a mais lugar nenhum. Fui aceita no Alasca,

Quase posso pagas as taxas do primeiro semestre. É um álibi tão bom quanto qualquer outro. Não há necessidade de gastar um monte de dinheiro, qualquer que seja a origem. – Odiava quando ela me chantageava assim. Lá vamos nós de novo.

Meu olhar foi um tanto, senão muito, infeliz.

-Bella...

-Não comece. Concordo que preciso passar por tudo isso pelo bem de Charlie, mas nós dois sabemos que não estarei em condições de ir a nenhuma Universidade no outono que vem. Nem de ficar perto de gente.

É claro, ela estava se referindo ao fato de tornar-se uma vampira. Bella já tinha os conhecimentos sobre os primeiros anos que se era um vampiro. Ela já sabia das atitudes incontroláveis de uma recém-criada. Eles jamais tinham força o suficiente para resistir ao aroma do sangue-humano. Auto-controle era algo que só vinha com a experiência.

Mas eu não pretendia deixar Bella virar um monstro. Não tão cedo, pelo menos.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 21/12/2010
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T2684277
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