Ela veste preto, mas o baile é cor de rosa. Cap14.
Dora não acreditava na coincidência, mas era o detetive que esteve na sua casa a tarde.
– Ah! Não pode ser, é demais pra minha vida!
– Sou eu sim senhorita Dora, detetive Leo Turner. E vejo que como eu você também não pára, não é?
– Só quando a polícia não me ajuda.
– Mas precisa colocar seus namoradinhos nas suas insanidades? Ah, o amor o que não faz com os pobres coitados ingênuos!
– Eu vim sozinha seguindo uma pista do R, lembra? Aquele que o senhor acha que eu inventei, mas por sorte o Alonso apareceu e me ajudou, diferente da polícia que só chega quando tudo acaba! E só pra constar, ele não é meu namorado! – diz olhando pra ele sentindo-se vingada.
– Dora! – chama Alonso.
Ela o ajuda a se levantar totalmente zonzo prestes a cair de novo a qualquer momento. Leo observa e após um olhar fumegado de ódio dela ele resolve ajudar também apoiando do outro lado do ombro.
Colocam Alonso dentro da viatura.
– Ele precisa ir pra um hospital, está ferido demais. – comenta com Dora.
Nessa hora Alonso tem um estalo e diz agoniado.
– Hospital não, podem me deixar na rua da Dora, já está bom, eu me viro! – grita.
– Mas você bateu a cabeça, está sangrando é melhor examinar. – argumenta o detetive.
– Não! E se insistirem eu não vou a lugar nenhum com vocês!
Dora intervém.
– Tudo bem, ele está assim por minha causa então eu cuido dele. Alguns caras não assumem, mas tem medo de hospital. Pode deixar eu me responsabilizo. – cochicha com Leo.
– Tá bem rapaz, se ela se responsabiliza é você quem sabe. Mas por pouco não acho que você tem alguma coisa a esconder.
– Vamos logo detetive, o senhor desconfia demais, com o que tem que desconfiar não liga. – grita Dora impaciente.
Seguindo caminho no carro o detetive então começa a perguntar.
– Como você descobriu que a Isadora estava na Carnation Street se ninguém sabia a não ser o R?
– Eu não sabia, passei de ônibus e a ví na esquina tarde da noite por coincidência. Até agora pelo que conheci das loucuras dela boa coisa não podia ser e de fato não era. – responde Alonso com dificuldade.
– Mas você a salvou tão bravamente por nada? É complexo de herói, amor ou ego inflado? – debocha Leo.
Alonso olha para Dora quase que respondendo algo que ela não iria gostar de ouvir naquele momento, ela percebe e responde em seu lugar.
– Claro que não detetive, ele é só um dos últimos cavalheiros que existem tentando cumprir o seu papel no mundo, diferente de outros que tem a obrigação de fazer e mesmo assim não fazem. E chega de perturbá-lo ele está fraco, quase desmaiando e o senhor vem com essas perguntinhas sem sentido. Como se o que ele dissesse agora fosse fazer algum sentido. – termina aliviada com a certeza que Leo não perguntaria mais nada para Alonso.
– Mas e R afinal, apareceu te disse alguma coisa? A senhorita descobriu algo?
– Não, nada! Foi só mais uma graça dele. E pela milésima vez é Dora. – diz escondendo suas descobertas a respeito de David.
Logo estavam em seu loft onde ela com a ajuda de Leo deitou Alonso num sofá cama que possuía. Dora se certificou de que ele estava dormindo profundamente, tirou um quadro grande da parede que ela chamava de Iluminati. Atrás haviam coisas que ela havia reunido desde que tudo aconteceu, recortes de jornal, fotos, os cartões de R, suas perguntas todas reunidas, pregadas nessa espécie de mural do crime aonde agora ela colocava junto com o cartão de R recebido a tarde também a pergunta. Quem era você David Silver Rock?
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Continua...
Aê gente!!!Capítulo duplo pra acelerar a coisa, desculpem por não postar logo. Espero que vocês curtam bastante e comentem se tiverem um tempinho!!Eu adoro!!Obrigado a todos que comentam e valeu o pessoal que posta histórias tão legais e originais que eu leio aqui sempre e me viciam nesse site!!!!