Fic Twilight >>> Tinha que ser você. Capítulo 44.

Capítulo 44. - As desculpas.

Depois do médico...

-Tem certeza que está melhor, Rose? – Perguntou Alice depois de observar a amiga num silêncio mortal.

-Está.

Ela dirigia quase sem prestar a tenção no volante, só olhando para a amiga.

-Como é saber, Rose, que à um mês, existe uma pessoa

vivendo...Dentro de você? – Perguntou a morena cautelosa, com um

sorrisinho.

Rose a encarou, e deu um sorriso torto.

-Não sei. Às vezes eu acho que é... Mágica essa sensação, eu sinto que já amo essa pessoa que está dentro de mim. Mas, sei lá, as vezes eu acho que não queria nada disso... O Edward... Ele...

-Rose, eu já disse, o Edward foi um idiota...Tenho certeza que ele não quis dizer tudo aquilo... Ele só ficou com... Ciúmes do Jacob.

-Jacob, aquele canalha estúpido!

-Você ainda não contou o que ele disse sobre você, estar grávida...

-Alice, ele me tratou como lixo! Disse que “não me queria mais” ! E um monte de asneiras do tipo! Eu só quero que ele reconheça que o filho é dele! Mas nem isso aquele imbecil sabe fazer... Coitado do meu filho, com um pai idiota desses...

-HSUIASHDUIAHS... – Alice não se controlou.

-Não tem graça nenhuma, Lice!

A loira olhou feio.

Alice ficou vermelha.

-Desculpa, Rose... É que pelo jeito que você fala, sei lá... É evidente que você ainda o ama...

-NÃO. – Disse a garota firme. – Eu não posso sentir mais nada por um cafajeste...

-VocÊ não pode, mas você sente!! – Exclamou Alice. Ela tinha acabado de estacionar na garagem de Rose. Pegou a mão fria da garota. – Rose, olha, por que vocês não tentam resolver isso de vez? Perdoe-o, Rose. Você sabe que aquilo da aposta... Não tem razão nenhuma, eu sei que você pode ajudar o Jake a mudar, no fundo ele é muito bom, tenho certeza que ele está se sentindo culpado por ter dito tudo

aquilo.

Ela encarou Alice profundamente.

-Eu... Não sei...

-Pense como seria bom pro seu filhinho Rose! Isso é tão fantástico! Ele já tem nome?

-Não... Ainda não... Achei que ele iria querer escolher comigo...

Ela fitou o próprio colo.

Alice fez cara de piedade.

-É claro que ele vai.

Rose olhou pela janela, desatentamente até que percebeu um carro do outro lado da rua.

-NÃO, DROGA!

-Que foi?

-Seu irmão, ele está aqui...! – Berrou Rose. – Não eu não posso, Alice. Eu não quero vê-lo. Ele, está muito decepcionado comigo. E eu sei que ele tem razão.

-Razão? Rose, ele foi um medíocre, você devia dar uns bons tabefes na cara dele, espero que a Bella tenha feito isso.

-Mas, Lice... Anda, nós vamos entrar... Você precisa contar aos seus pais Rose, e a ao Jasper. Diga que o médico está acompanhando. Seus pais são compreensivos, vão entender. Agora, o Jazz, bom vou tentar acalmá-lo. – Alice sorriu.

-Mas, e depois o que eu vou fazer Alice?

-Porque não pede uma casa para os seus pais? Tenho certeza que eles vão querer proporcionar o máximo conforto pro neto deles.

-Tá louca Lice? Acha que eu vou morar sozinha.

-Pede pro Jake ir junto.

-Acho que você fumou crack.

-Se quiser eu moro com você. – Ela riu.

-Eu to com medo de contar pros meus pais, ainda mais pedir uma casa como brinde!

-Eles vão ficar felizes!

-Quero só ver.

As duas saíram do carro, Rose apreensiva de encarar Edward, mas ela sabia que não poderia fugir para sempre, e uma hora ou outra eles teriam que conversar civilizadamente, e ela teria que aceitar o fato de talvez ele não aceitar mais sua amizade, mas ela não iria abrir mão do bebê, por mais incrível que pudesse parecer, ela o amava demais.

Ela não queria abrir a porta, por isso Alice girou a maçaneta furtivamente.

Alice entrou rapidamente, mas Rose optou por passos lentos em direção a sala. Como previu, Edward e Jasper estavam ali, sentados no sofá, quando a garota emergiu pela porta, Edward olhou de pronto em sua direção, como se estivesse contando os segundos para ter uma oportunidade de falar com a garota.

Jasper também olhou, e sua expressão foi um misto de choque e vivacidade.

-Rose. Que bom que você chegou. Podemos conversar? – Pediu o garoto.

Ela olhou fundo nos olhos dele e assentiu.

-A sós. – Continuou ele.

Alice deu uma lambida nos lábios.

-Vem, Jazz, a gente precisa conversar! – O garoto foi em direção a Alice, mas não tirou um olho sequer da irmã, esta que não entendia a razão daquele comportamento estranho.

Assim que os dois deixaram a sala, subindo as escadas, o silêncio foi quase mortal.

Ficaram se encarando por um bom tempo, a loura não sabia se ele ia gritar ou se iria simplesmente se desculpar. Ela tentou quebrar o gelo.

-Como chegou até aqui? – Perguntou ela franzindo o cenho.

-Andando, é claro, depois que a Alice me expulsou eu não tinha

escolha se não voltar a pé. – Ele sorriu.

-Ela fez sem querer. – Desculpou Rose na vez da amiga.

-Ela tinha toda razão. – Ele a fitou, que ainda estava de pé de braços

cruzados. – Você não quer sentar, Rose? – Ela fez uma cara de indecisão, mas depois andou lentamente até o sofá e se acomodou.

-Olha... – Ele pegou uma mão da garota que estava enfeitada com um anel preto, e incrivelmente fria. – Me desculpa. Desculpa mesmo. – Ele tinha um olhar sincero, que trazia lembranças dos velhos tempos que a complicação maior da garota, era a de não ter aquele olhar para ela. –

Eu juro, que não queria dizer aquelas coisas eu... Estava tomado de ódio do idiota do Jacob.

Ela fitou o próprio colo.

-Não precisa se desculpar, é compreensível.

-Não, eu fui um verdadeiro canalha. – Admitiu ele com uma voz de arrependimento.

-Não foi nada, sério.

-Só diga que aceita as desculpas.

-Tá bom, se isso o faz feliz, eu as aceito. – Ela sorriu. –Eu achava que você não iria compreender.

-Eu pensei muito e conclui que a culpa não é sua. Você é a minha melhor amiga, independente de quem você tenha saído, e independente de você estar grávida ou não.

-Mas eu estou. – Ela falou relutante.

-E eu vou te apoiar, se eu não pensar quem foi o dono do espermatozoide, fica tudo tranquilo. – Ele riu. – Mas, me desculpe, Rose, eu vou precisar esmurrar aquele imbecil.

-Não precisa sujar suas mãos com pouca coisa Edward.

-Porque você estava chorando hoje?

A garota não gostava de se lembrar daquilo.

-Aquele idiota, disse algumas coisas estúpidas e eu acabei me afetando. – Revelou a garota em poucas palavras.

-Que coisas estúpidas?

-Ah... Você deve imaginar... Ele acha que eu estou FINGINDO pra ele

voltar pra mim. Fala sério! – Exclamou a garota.

-Vou acabar com esse desgraçado, e pelo jeito o Jasper me ajuda.

-Como assim? – Rose paralisou.

-Er... Não fica brava, Rose, mas eu estava conversando com o seu irmão, e... Er... Eu achava que ele já soubesse que... Enfim, ele acabou descobrindo.

-NÃO!! – Berrou a garota.

-Não fica preocupada, ele não está bravo com você, Rose. Só quer matar o Jacob. E acha que você foi muito irresponsável.

-Irresponsável? Fala sério, eu sou a mais velha! Além disso, a culpa toda foi do idiota do Jake!

-É, eu sei.

-E eu já amo o bebê, tenho certeza que ele não vai ser nem um pouco parecido com ahn... Jacob, estúpido ao extremo.

-Ele vai ser assim, como você, especial.

-^^, Obriagada, Edward. – Ela revelou lacrimejando, ultimamente a garota tinha se tornado muito emocional. – Só de saber que você está comigo, as coisas ficam diferentes.

**

Um garoto com uma jaqueta rasgada acabara de dar uma curva com sua moto, ultrapassou a casa dos Cullen, e já estava prestes a alcançar a casa que queria chegar.

O moreno estacionou a moto enlameada no gramado, sem ter o cuidado, ele precisava vê-la urgente, apoiá-la.

Antes de tocar a campainha ele resolveu olhar pela janela.

Mas não gostou nada do que viu.

Uma loira abraçava furtivamente, como se isso dependesse da sua segurança e da sua felicidade, um garoto de pele branca e cabelo bronzeado.

Ele cerrou os punhos, mas não ia desistir do seu objetivo principal, o motivo de estar ali.

Tocou a campainha.

**

-Será que é a Bells? – perguntou a loira se separando do abraço que

acabara de dar no garoto.

-Deixa que eu vejo, Rose. – O garoto foi andando em passos céleres até a porta, pegou a chave do chaveiro que estava preso na parede e enfiou na fechadura. Girou lentamente.

O que ele viu o deixou completamente pasmo. Ele não acreditava, não acreditava mesmo, que ele pudesse estar ali. Olhou com ódio.

-Como...Você...Se atreve a vir até aqui?- Perguntou ele lentamente, tentando se controlar para não estapear a pessoa à sua frente.

Jake apenas sorriu debochadamente e apoiou-se rebelde na parede.

-Não é com você que eu quero falar magrela, to querendo saber da ROSALIE. – Avisou ele despojado.

-Você não é digno nem de olhar para ela.

-Eu sou o pai do filho dela. – Rebateu ele encarando os olhos dourados com ódio.

-O filho que você nem acreditava que existia! – Retrucou o garoto com fúria. – Eu vou acabar com você. – E dito isso ele pulou em cima do pescoço do garoto, lhe distribuindo socos de direita, com toda a sua força, o garoto revidava com fervor atingindo os olhos do outro e causando uma vermelhidão horrível até que...

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Berrou Rose escandalizada. – PAREM! PAREM COM ISSO, AGORA! PAREM SE NÃO EU NUNCA MAIS FALO COM NENHUM DOS DOIS! – Ambos não queriam se soltar, ansiavam por aquela briga à tempos, por uma única oportunidade, mas em meio dos gritos da loira era impossível continuar.

Se soltaram, porém, permaneceram se encarando como se a qualquer momento pudessem voltar a se atacar. – Assim está melhor. – Continuou, Rosalie. – O que deu em vocês? – Perguntou olhando um para o outro. – E o que você faz aqui JACOB?

-Eu te avisei, Rose, que na primeira oportunidade eu acabaria com a raça desse inútil.

-OLHA como fala de mim seu branquelho magricela...

-CALA A BOCA, JAKE! VOCÊ TÁ NA PORTA DA MINHA CASA! SERÁ QUE DÁ para os DOIS terem uma FÁISCA sequer de RESPEITO???

-Desculpe, Rose. – Falou Edward.

-Que diabos você faz aqui, JACOB?

-Eu...Eu preciso falar com você, Rosalie. – Avisou o moreno, um pouco mais pácifico.

Ela sorriu sarcasticamente.

-Eu to aqui. Pode falar, não há nada que eu não queira esconder do Edward.

Ele piscou aturdido.

-Mas... Eu queria falar, sobre, aquilo que você estava falando comigo hoje cedo.

-Pode falar qualquer coisa, Jacob.

-Eu queria pedir desculpas.

A loira revirou os olhos.

-Aham, tá bom. Mais alguma coisa?

-Espera, Rose. Eu também vim dizer que eu... Sinto muito por ter falado daquela maneira com você, eu sei que foi injusto.

Edward bufou. Jake olhou feio para ele.

-Ótimo, mais alguma coisa?

-ROSAlIE, eu já entendi, tudo bem? Não precisa ficar fazendo joguinho, eu sei que eu estava errado, mas... Eu não estou num dos meus melhores dias.

Ela fitou-o pacientemente.

-Certo. O que mais você tem pra me dizer?

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

-Então... É verdade mesmo... Você e EU... NÓS... Vamos, ter um filho?

– Edward fez cara de nojo quando o garoto mencionou a palavra nós.

A garota respirou fundo.

-É claro que é. Ao contrário de você, eu não gosto de enganar as pessoas.

-Eu... Isso é, eu ainda não consigo acreditar.

-Achei que você pelo menos devia saber. Mas não se preocupe, você não precisa ficar ligando para isso, eu vou administrar sozinha.

-Ficou louca Rosalie? Eu também quero fazer parte disso, eu tenho esse direito.

-...Certo.

-Nós podemos cria-lo juntos.

-Vai sonhando, Jake.

-No fundo, no fundo, eu sei que você ainda me ama. – Ele disse indiferente a presença de Edward, que fez cara de desgosto.

-Mesmo se amasse, isso não faz diferença nenhuma. Eu nunca estive tão distante afetivamente quanto estou de você, agora, se me dá licença, preciso ver o meu irmão. – Afirmou a garota, quase fechando a porta na cara do garoto. – Vem, Edward. – O garoto relutou, encarou um pouco mais o moreno, mas a porta por fim se fechou e ele não teve alternativa se não seguir a loira.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 22/11/2010
Reeditado em 23/11/2010
Código do texto: T2630984
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.