Na sua pele. Cap. 15

N/A: Sorry pela demora, espero que curtam the tragic moment :O

POV Annabelle

6h e 15 min da manhã. Não sabia porque, mas meu corpo parecia necessitar acordar naquele minuto, como se já estivesse habituado com isso. Mas eu ainda estava com sono e meus olhos pareciam não querer se abrir. Sentei no colchão, que parecia-me mais duro que o habitual e ia realizar meu ritual de costume. Passar as mãos nos meus cabelos, que alcançavam a cintura, e sentir sua espessura lisa, e como eles não ficavam bagunçados depois do sono. Mas uma coisa estranha aconteceu.

As minhas mãos não tocaram os meus longos cabelos lisos. A textura que elas tocaram foi algo meio ondulado e crespo, e o que me fez sobressaltar foi o comprimento que alcançava um pouco mais que os ombros.

Meu coração se acelerou. Não seria alguma brincadeira de mal-gosto do meu pai, poderia ser? Ele me amava demais pra brincar com o meu cabelo.

Então eu separei meus olhos por completo.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH!!!!!!! – Não consegui prender a voz. O que eu via não era o meu imenso quarto, bonito e decorado com cheiro de lavanda.

Era um recinto um pouco bagunçado de paredes brancas, não muito espaçoso, uma porta que supus ser a de um banheirinho.

A minha respiração estava ofegante e eu quase não a reconhecia como minha respiração.

Os olhos percorriam cada centésimo do quarto em que eu estava. Me levantei da cama atordoada sem saber o que fazer. Então olhei para o meu corpo.

O que tinha acontecido comigo?

Minhas pernas pareciam ter ficado mais grossas, eu parecia ter ganhado alguns centímetros de quadril. Meus pés estavam sem o meu esmalte lilás, e as minhas mãos, não eram as minhas mãos, mas sem duvida elas eram familiares. As cutículas a serem tiradas.

Mãos pequenas.

Comecei a me desesperar. Será que eu estava ficando maluca? Não era possível de um dia por outro eu acordar em outro quarto, com mudanças físicas extremas. Belisquei o braço esquerdo com uma força que não me pertencia, e quase dei um novo berro de dor. Mas aquilo provou que não era um sonho.

Mas como podia estar acontecendo?

Toquei os cabelos bagunçados, apreciando sua textura tão divergente do meu liso comprido.

Eu estava surtando. Minha respiração acelerada, os batimentos

frenéticos, e eu já podia sentir o suor escorrendo.

O que tinha acontecido comigo?

Aquele lugar desconhecido me deixava sem saber o que fazer.

Então depois de alguns minutos de paralisia, resolvi entrar por aquela porta. Não me enganei, lá era realmente um banheiro.

Eu entrei, e não sabia porque, mas diretamente fechei a porta com medo que alguém me visse. Mas atrás da porta, havia um espelho.

**

POV Débora

Um sol irritante e anormal alcançou minha vista. Por onde ele tinha entrado eu não sabia, já que eu sempre deixava a janela fechada. Mas ele estava lá, embora não fosse necessário. Eu sempre acordava automaticamente às seis horas e quinze minutos. Mas naquele dia se não fosse o sol, eu senti que não acordaria.

Abri os olhos espontaneamente.

Eu quase tive um treco. Caí daquela cama, que definitivamente não me pertencia. Eu bem que havia sentido que a cama estava mais macia, mais confortável. Mas como eu podia estar naquela cama? A imensa cama, recoberta por edredons lilás que pertencia a ninguém mais, ninguém menos que Annabelle Kouren. O que eu fazia ali? Aquilo era impossível. Ninguém podia ter me trazido até ali, eu perceberia se me transportassem por quase metade da cidade, não poderia ficar

inerte.

Era um sonho?

Não, era real demais para ser um sonho.

Fiquei apreciando cada detalhe daquele imenso e belo quarto, talvez o mais lindo daquela cidade. Luxuoso e coberto de apetrechos bonitinhos, e fascinantes. Uma imensa nostalgia me veio. Os tempos que eu vinha para ficar com a Belle. Ah, ela. Onde será que ela estava? No banheiro, provavelmente penteando aqueles lindos cabelos compridos e loiros para ficar mais linda para o Dani.

Que ódio.

Mas como eu podia estar ali?

Foi então que eu percebi. Comecei a olhar para minha pele. Estava mais pálida, macia. Meus dedos estavam longos, e as minhas unhas estavam feitinhas, como nunca eram. O meu corpo, eu o reconhecia, é claro, mas não era o meu corpo horroroso. E sim, um lindo corpo, violão, que eu sabia que pertencia a ela.

Então meu coração começou a acelerar.

Não, aquilo era impossível. Não havia a possibilidade. Aquela droga de amuleto velho da minha vó era só uma lenda, um objeto inútil que não funcionava. Eu não podia ter virado... A Annabelle.

Eu fiz um teste. Passei as mãos nas costas.

Inacreditável.

Senti a textura lisa e inerente a beleza, fios macios e delicados pendendo da raiz, e alcançando até a cintura, tentei enxerga-los. Eram os cabelos mais lindos que eu já tinha visto. Eram perfumados, brilhantes, e de um tom de louro puro.

Aquilo estava, realmente, acontecendo?

Não podia ser real. Mas era real demais para não ser verdade.

Fui caminhando, e aproveitei para olhar para os meus pés. Eles eram lindos, maravilhosos, perfeitos. Sua arquitetura era do mais lindo molde, as unhinhas feitinhas e quadradinhas. Os mais lindos que eu já tinha visto.

Aos poucos, fui chegando ao espelho da penteadeira.

**

POV Annabelle

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – O meu grito foi tão sonoro que alguém que estivesse do outro lado daquela porta fechada conseguiria escutar sem interrupções. E como previ, alguém emergiu desesperada pela porta.

Uma mulher muito bonita com os cabelos encaracolados presos num laço irregular, um corpo bem definido escondido por trás de um longo moletom, com feições preocupadas adentrou, e olhou diretamente pra dentro da porta do banheiro.

-Débs, filha, o que aconteceu? – Perguntou ela com a voz espantada, encarando o semblante que não me pertencia que estava pasmo.

-Ehn... Vo-você é a mãe da Débs?– ela me encarou com um rosto confuso como se eu estivesse bêbada. – Er quer dizer... Minha mãe?

-Débs, você está me assustando. – Ela me encarou. – Claro que eu sou sua mãe! – Ela gritou com um sorriso. – Paula. – Ela falou o nome

dela, para o meu alívio. Pensei em como devia ser estranho para ela, a própria filha perguntar se a mãe era ela mesma. Mas não podia ser mais estranho para mim, que estava ali presa a um corpo que não me pertencia totalmente sem ação.

-É claro, Paul... Mãe. – Eu afirmei, com um meio sorriso. – Só estava brincando. – Tentei disfarçar.

-Puxa, Débs, e que brincadeira heim. – Ela me fitou franzindo o cenho. – Você não vai se arrumar para escola?

O que? Escola?

-Eu não vou hoje, eu... Estou meio indisposta.

-Hum, isso está muito suspeito, Débora. É por causa daquela sua amiga que você brigou?

Notei que ela estava falando de mim na realidade, Annabelle.

-Não. É que eu não estou muito a fim mesmo. Por favor, deixa eu faltar, Paul... Mãe.

-Você já é bem grandinha pra decidir se vai ou não na escola. – Ela fez uma expressão calma. – Por mim tudo bem, você não falta nunca mesmo. – Sorriu. – Eu vou dar um pulo na casa da Dona Charlotte, preciso entregar o quadro que ela pediu.

-Quadro? Como assim, você pinta? – Agora eu estava entendendo porque aquele moletom estava com algumas manchas coloridas.

-Débora, essa brincadeira é muito estressante sabia? – Ela revirou os olhos. Olhei para fora da porta do banheiro, havia um quadro em cima da cama, com um bela flor pintada, supus que o nome assinado embaixo fosse Paula.

-O café está na mesa, vou lá entregar okay? Se quiser sair, deixe um bilhete.

-O meu pai está trabalhando? – Perguntei tentando parecer normal.

Paula fez uma expressão de profundo choque, pude sentir que ela estava paralisando.

-Já chega, Débora. Essa brincadeira não é nem um pouco legal. Não brinque com a morte do seu pai, filha. – Ela ficou rígida, e senti o meu corpo paralisar também. Como a Débora nunca tinha me dito que o pai dela havia morrido?

-Desculpa, mãe. Er... PODE deixar, eu deixo o bilhete.

-Certo. E por favor pare com isso, entendeu? – Ela se aproximou de mim, como uma reação automática eu andei pra trás. – Me dá um beijo de tchau, Débs!

-Ah... – eu dei um beijo na estranha, que era a mãe da Débora, e ela saiu balançando a cabeça do quarto, e fechou a porta.

Agora era a hora de surtar. Fiquei observando o ambiente com os olhos cinzentos e grandes que não eram meus. Olhar para o espelho era algo apavorante. Eu estava desesperada, completamente louca.

Como aquilo estava acontecendo?

Eu tinha que organizar os pontos.

A um dia atrás, eu estava me enrolando no meu edredom lilás, feliz da vida por causa do Dani, preparada para dormir. E no dia seguinte, eu acordo numa casa que eu nunca vi na minha vida, no corpo da minha ex-melhor amiga.

NÃO.

Aquilo estava parecendo roteiro de novela mexicana.

Será que a Débora estava passando pelo mesmo que eu? Acordando na minha casa, no meu quarto, no meu corpo?

Eu precisava me achar. Estava ficando confuso demais. Respirei

fundo. E passei as mãos nos cabelos bagunçados da Débora, que supostamente era eu agora.

Eu só pensava numa maneira de reverter a situação. Eu nunca, jamais desejei ser outra pessoa na minha vida. Porque aquilo estava acontecendo comigo?

Talvez no outro dia eu voltasse a minha pele. Mas como eu poderia saber? Eu estava no corpo de Débora Richelli! E como eu poderia agir?

Eu fitava as mãos que não eram minhas, o espaço que eu nunca tinha habitado, e o desespero começava a tomar conta de mim.

**

POV Débora

A boca com os lábios perfeitos e delineados estava em um “o” imenso. Toquei com as mãos macias toda a estrutura perfeita daquele rosto maravilhoso, que era da minha ex melhor amiga. Eu não acreditava que aquele amuleto tivesse realmente funcionado.

Aquilo era maravilhoso demais para ser real! Eu despi algumas a camiseta do pijama.

Meu Deus do céu, como a Belle era linda! Ela era a garota mais perfeita do mundo! Onde ela estaria nesse momento? O que tinha acontecido com ela? E o que aconteceria com o meu corpo original?

Ela estaria dentro dele neste momento?

Não importava.

Tudo que eu sempre quis estava me fitando com imensos diamantes refletidos naquele espelho detalhado da penteadeira mais bonita que eu já havia visto. Eu tirei todas as minhas roupas.

Eu não me conformava como era linda. Como ela era linda. Como eu tinha ficado tão linda! Eu estava no corpo mais bonito que eu já tinha

visto.

Fiquei tocando com aquelas mãos perfeitas aquele longo cabelo loiro e brilhante e sem importar com a nudez esplêndida que era daquela Annabelle e agora me pertencia, peguei o pente e fiquei escovando aquela longa penca de fios dourados. Agora eu era ela. Eu era Annabelle Kouren, exatamente como eu havia pedido.

Eu não acreditava que pelo menos uma vez na minha vida eu pudesse ser feliz.

Tudo que eu queria era louvar aquele amuleto.

Eu ficava rezando com todas as minhas forças que aquela mudança jamais se revertesse. Eu nunca imaginei como seria maravilhoso estar na pele dela. Que agora era a minha pele.

Eu sorria com aqueles dentes lindos e brilhantes.

**

POV Annabelle

Depois de passar alguns minutos em choque, eu finalmente resolvi aceitar a realidade daquilo. Ficar parada não faria eu voltar ao meu corpo, então decidi que eu iria atrás de mim.

Eu fui até o espelho e fiquei encarando aquela face conhecida, mas que não era a minha. Imaginando alguma razão para aquilo ter acontecido.

Migrei até o armário da Débora, para procurar suas roupas. Elas eram simples, nada muito extravagante. Peguei um vestido rosa comum, que era até bonito. Imaginei o caimento dele, mas no meu corpo. Só que agora eu estava no corpo de Débora Richelli, por mais absurdo que aquilo soasse.

Fui até o banheiro e despi o pijama que estava usando. E todo o resto. Resolvi que iria tomar um banho, porque eu amava fazer isso.

Débora tinha um corpo bonitinho. Os seios eram médios, era magra, mas possuía um quadril bem largo e os pés eram bonitos, os dedos compridos e certinhos. Fiquei imaginando como seria se eu ficasse presa dentro daquele corpo para sempre. Não era ruim, mas eu não iria me acostumar.

Os cabelos dela eram o único problema naquele perfil.

Investiguei a gaveta e achei um prendedor.

Tomei um banho com aquele corpo. Foi uma das situações mais estranhas que eu já tinha vivido na vida. Eu estava um pouco apreensiva como se tocar no corpo que eu estava no momento fosse uma violação de privacidade. Mas o meu eu precisava de um banho.

Senti a agua encostar naquela pele pálida, dando aquela sensação de limpeza e conforto que eu sempre amei. Tive até a impressão que tinha voltado a ser eu mesma, mas eu ainda estava no corpo da Débora.

Vesti o vestido rosa. Achei que aquela mania chata da Débora achar que era gorda a impedia de vestir algumas peças do seu armário. Mas ela tinha um corpo legal, digo até invejável, que se encaixou perfeitamente naquele vestido.

Coloquei uma sapatilha que achei dentro do armário, que coube nos pés regulares.

Eu não sabia o que fazer com aquele cabelo. Já estava acostumada a minhas madeixas lisas. Ele estava molhado do banho, e então resolvi procurar para ver se ela tinha secador de cabelos. Havia um naquela gaveta, então fiz uma tentativa de escova.

Ficou muito legal!

A Débora me agradeceria se visse como fiz os cabelos dela ficarem arrumados. Estavam lisos em cima e enrolados na ponta. Depois que resolvêssemos aquela situação, e eu esperava que depois disso nós voltássemos a ser amigas, eu a levaria numa cabelereira para dar um retoque geral nos cabelos. Escovei os dentes pressionados pelo aparelho, e procurei suas maquiagens. Só achei alguns lápis e batons, com a minha experiência tracei nos olhos dela algo que ficou um tanto feminino e se enquadrou perfeitamente.

Eu estava ansiosa para me ver, então sai daquele quarto.

Era um apartamento espaçoso.

Guardei a comida que a Dona Paula havia posto na mesa na cozinha de lá, e escrevi algo no bilhete parecido com, fui até o parque.

A chave estava na fechadura da porta branca. Eu não estava acostumada a ficar longe da minha casa, então não via a hora de poder ir até a minha casa original. Não sabia como chegaria até lá, então peguei um pouco de dinheiro que havia dentro da mochila da Débs, achando que ela não se importaria. Girei a chave, arranquei-a, e saí. Eu estava no primeiro andar. Fechei a porta e desci as escadas, ansiosa demais.

Quando cheguei ao térreo, me surpreendi.

**

POV Débora

Eu tomei um banho no chuveiro daquele imenso e perfeito banheiro que agora era meu.

Eu era rica, eu era linda, eu era Annabelle Kouren!

Eu tinha o Dani agora. Ele jamais saberia que eu estava dentro do corpo da sua namorada. Na verdade eu tinha me tornado ela.

Me vesti com uma das roupas mais lindas que tinha no closet da Annabelle, a propósito o meu, me adequando as normas da escola e me maquiei com um dos lindos estojos de make que ela tinha. Até meus traçados um pouco irregulares ficaram perfeitos naqueles imensos olhos azuis, que combinou perfeitamente com aquela sombra prata.

Sai do quarto, e dei de cara com o corredor que eu já tinha visitado daquela imensa casa-mansão.

**

-Achei que você ia faltar pelo jeito que demorou, fofinha. – Falou uma voz que eu conhecia de um dia atrás. Ver Lucas ali, sentado no banco que tinha o térreo, trouxe um alívio, será que eu podia conversar com ele? Mas ele pensava que eu era a Débora... – Como você está linda hoje! Seus cabelos ficaram maravilhosos! – ele exclamou.

-Lucas... – Eu disse.

-Você não vai a escola? – Resolvi que eu ainda não iria contar para ele que eu era Annabelle, na verdade.

-Não. E você?

-Eu pretendia, mas ir a escola sem poder te ver não tem graça.

-ahn, obrigada.

-Achei que você estava magoada comigo, que não iria nem falar oi.

-E porque a Dé... Eu faria isso?

Ele se aproximou como se expelisse uma auréa de paixão.

-Você ficou brava quando eu falei da Annabelle, lembra?

-Eu... Fiquei?

-É, eu não sabia que te afetava tanto assim eu ser amigo dela. Mas, fofinha, você é a única garota que eu amo, não importa o quão linda seja a Annabelle, você sempre será a mais linda para mim. – Ele se declarou, e eu percebi que ele tinha ensaiado muito para dizer aquilo para Débora. Não acreditei que eles tinham brigado por mim. Fiquei com tanta pena dele. Ele parecia o cara mais arrependido do mundo por ter brigado com a Débora, e suas palavras foram muito bonitas, se eu fosse realmente a Débora, lhe daria um beijo. Mas eu não podia, porque, eu era Annabelle, e a única pessoa que eu amava provavelmente não me reconheceria naquele corpo.

-Que lindo, Lucas. Isso foi realmente... Fabuloso. – Exclamei.

Ele sem dúvidas não esperava que a Débora dissesse isso.

Mas ele parecia a pessoa mais feliz do mundo. Apliquei um beijo em uma de suas faces, como se fosse a Débora.

Ele abriu um sorriso tão grande que quase não coube na sua face.

-Eu não sei o que houve com você Débs, mas eu gostei muito.

Eu abri um sorriso com a boca que eu nunca tinha usado para sorrir.

-Você pode me ajudar em uma coisa?

-O que você quiser.

-Preciso chegar até a minha ca...A casa de Annabelle Kouren. Você sabe onde fica né, você conversou comigo ontem quer dizer... Com ela ontem... Disse que gostava dos jardins...

-Hum, sei sim como chegar. Mas o que vai fazer lá, ela deve estar na escola?

-Eu, depois eu explico quando chegarmos.

-Está bem, eu te ajudo a chegar lá.

-Ótimo. Por onde vamos?

-Pela saída do condomínio, não é? – ele deu um sorrisinho.

-Claro.

Eu não via a hora de poder achar a minha casa, achar a Débora dentro do meu corpo e perguntar se ela sabia o porque de estarmos naquela situação, e como faríamos para reverter aquilo.

Eu só não sabia que me depararia com um problema ainda maior do que o que eu me encontrava.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 14/11/2010
Reeditado em 23/07/2011
Código do texto: T2615146
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