[Original] The Simple Plan - Capítulo 13
Capítulo 13
Paolla Santana
Na hora da saída, eu, meus babaquinhas e o quarteto (é, não é mais trio né!) combinamos de ir a praça vermelha que fica na Mooca, não tão longe de casa. Lá é lindo, e seguindo as dicas de Emanuella, eu estou ignorando totalmente o Eduardo.
E na praça, que leva o nome de “Vermelha” por ter uma árvore dessa cor bem no meio dela, eu e a galera jogamos uma toalhinha velha no chão e nos sentamos. Manu e Tiago discutiam feio.
– OLHA AQUI SEU MOLEQUE BABACA! - Gritava ela, chamando a atenção de todos ali na praça. – EU NÃO SOU EMO!
– E essas roupas escuras? –Ele apontou para as roupas de Emanuella. – Aham, sei.
– Olha meu mp4, se você achar qualquer porcariazinha de emo eu pulo nua de uma ponte. - Pelo o que eu conheço de Emanuella ela faria isso mesmo. – Veja!
Ela jogou o Mp4 pra Tiago e eu senti uma mão sob a minha perna, era a mão de Eduardo.
– Posso falar com você?
– Sobre?
– Particular.
– Tá, que seja.
Ele ficou de pé, estendeu a mão e saímos andando pela praça.
– Você ficou estranha depois daquela tensão na biblioteca.
– Eu sou estranha.
– Tá. Ficou MAIS estranha. - eu dei um tapa no braço dele. – Ai! Eu to brincando, relaxa.
– Idiota.
– Olha... – Ele parou, deu um suspiro de tédio e disse: - Não quero me achar porque eu nem sou desse tipo de pessoa, mas você está com ciúmes?
– EU COM CIUMES DE VOCÊ? – Ri bem alto e em total desdém.
Eduardo me segurou pela cintura, grudou ao seu corpo, estávamos em uma proximidade tão... Perigosa.
– Das pessoas que você conhece, a última que você deve pensar em subestimar sou eu.
– Ah é? Por quê? - me aproximei ainda mais e sussurrei em seu ouvido: - Você tem medo Eduardo, eu sei que você quer me beijar, mas a coragem é pouca não é?
– Talvez eu queira mesmo te beijar, é verdade. Nós sabemos que suas intenções não são as melhores não é? Posso ser uma “criança”, mas sei que você quer me usar pra por ciúme no Eric!
– Uh, palmas. - Ele me olhou sério. – Descobriu meu plano maléfico, vai fazer o que agora?
– Seu sarcasmo é deprimente.
– Ah, desculpe, desculpe, eu faltei nessa aula. - Senti sua mão ir para a minha nuca e nos aproximar. Eu já conseguia sentir o gosto do hálito dele, e no momento exato que nossos lábios roçaram, ele se afastou.
– Esse gostinho eu não vou te dar. E... Eu devia saber que havia “segundas intenções” nisso. Estava muito na cara, não é?
– Sim, sempre esteve. Vai fazer o que agora? Se afastar de mim?
– É um pouco tarde pra isso. Eu já me apeguei a você.
E ele saiu dali, me deixando com suas palavras em mente e uma sensação odiosa de ter feito besteira.