[Original] The Simple Plan - Capítulo 4
N/A: Para quem se sente perdido nessa história, eu relembro-lhes que os primeiros caps são de Paolla contando suas lembranças, depois, com o POV do Dudu que a história começa!
Esse capítulo foi editado em 22.11.2012
___________________________________________________________
O dia seguinte foi meu inferno intimo. Explico o por que:
Eric, aquele filho da mãe faltou! E logo hoje que era o primeiro dia da aula de dança. Até ai tudo bem, eu já ia dizer pra professora que eu estava sem meu parceiro quando alguém totalmente indesejada entrou na sala.
– Eduardo!! Fico feliz de que tenha vindo querido.
Querido? Qual é? Puxa saquismo mesmo? Sem nem disfarçar?
Eu me sentei ao lado de um garoto japonês, ele estava jogando guitar hero no celular.
– Oi professora. - O babaca disse com aquela vozinha de anjinho educado. Tipico.
Tinha exatamente 15 pessoas ali, cada um com seu par, menos eu, ah, mas eu juro que esgano o Eric, desgraçado.
Pra completar Carolina, aquela vadiazinha entrou também, e era o par do Eduardo, mau gosto reinando... Pode crê.
– Ei! - Eu disse ao japonês ao meu lado. – Vamos dançar?
– Hum... - Ele me mediu dos pés a cabeça. – Ok.
E nos levantamos. O japa segurou minha mão e ficamos atrás de Eduardo e Carolina.
– Prontos? - Perguntou a professora. Todos assentiram, menos eu. Pois é óbvio que não estou preparada. - Quando eu falar troca, vocês troquem de par.
Porque lá em meu íntimo eu sentia que seria obrigada a dançar com Eduardo? Por quê?
A música do Zeca Pagodinho deu inicio a minha tortura. O japa era pior que eu, dançava roboticamente. Isso me alegra, gosto de ver pessoas piores que eu na dança. As pessoas ficam felizes quando veem alguém sofrendo mais do que elas em alguma coisa.
Me obriguei a olhar para Eduardo. É, ele dança, dança muito bem, e ele viu que eu o olhava e sorriu.
– TROCA! - O japonês praticamente me arremessou pra cima de Eduardo. É um complô, definitivamente.
Fui segurada com facilidade.
– Ah, mas que droga! - Exclamei, me recompondo e tentando seguir os passos dele. – Garoto, será que dá para você tirar a mão da minha cintura?
– Já vai começar? - Ele bufou, subindo um pouco a mão, e me pressionando mais ao seu corpo.
Dançamos enfim, quer dizer, ele dançou.
– Paolla... - Eduardo disse, fazendo uma carinha de que iria me provocar. Ah lá vem.
– O que é?
– Você sabe pra onde Eric foi?
– Não, por quê?
Um giro rápido e...
– TROCA!
Hoje, definitivamente não era meu dia.
– Que nojo! - Carolina e eu dançamos de uma forma esquisita, eu não sabia dançar, e ela estava com nojo de encostar em mim. – Você parece uma pata grávida dançando.
Eduardo ainda me olhava.
Eu preferia estar com ele, não suporto o cheiro de perfume barato e enjoativo dessa garota.
– TROOCA!
Girei desembestada, até que senti uma mão segurar minha cintura. Suspirei agradecida.
– Ele saiu, aliás, cabulou aula.
Eduardo esperou uma reação explosiva de mim?
– E o que eu tenho a ver com isso?
– Vocês parecem mais do que amigos.
– Isso não é da sua conta, Eduardo.
– Você é complicada! Sério.
Ele balançou a cabeça, parecia irritado.
– Olha... Eu sei que já perguntei isso, mas dane-se. - Arqueando a sobrancelha, ele me olhou. - Qual é a sua?
– De novo? A minha... Eu não sei, e qual é a sua?
– Quando os mais velhos perguntam, as crianças têm que responder primeiro.
Essa, definitivamente, doeu nele, mas mesmo assim o maldito conseguiu não expressar.
– Você esta se tornando a versão feminina do Eric... Tsc, lamentável.
A música acabou, mas Eduardo não me soltou.
– É por causa dele que você é tão assim, irritante comigo?
– Você quem começou sendo estúpida.
– Eu? Você que jogou aquela bola em mim, seu insolente.
– Paolla... Chega.
– Ah, vai pro inferno. - Empurrei Eduardo e sai dali, murmurando uns palavrões, eu o ouvir rir. Parei e me virei. – Não ri Eduardo!
– Parei!
Que dia infernal.