As duas faces de uma história. - 2

Lucas.

Quando ela entrou no meu quarto, toda tímida, não consegui tirar meus olhos dela, tão meiga e linda. Mas por que ela estaria ali? Não sei, fui estúpido com a menina e ela foi embora. No dia seguinte ela na apareceu, talvez tivesse arruinado tudo com a minha educação. --‘

Já fazia três dias que ela não aparecia, a angústia ia aumentando dentro de mim, então naquele momento resolvi ligar na recepção e pedir o número do telefone dela, mas bem naquela hora a minha mãe entrou no quarto com um sorriso de orelha a orelha, e isso me assustou.

Ana: Se arrume! Nós vamos embora. – disse ela arrumando tudo e me dando uma roupa para que eu pudesse me trocar.

Lucas: O que? Mãe eu não posso ir! – eu disse trocando de camiseta.

Ana: Então fique! – ela disse sorrindo, certa de que eu não ficaria.

Terminei de me trocar e decidir ir até a recepção.

Lucas: Te espero no carro.

Eu não podia ir sem ao menos dar tchau, então escrevi um bilhete que dizia:

“Marina, por favor, me desculpe pela grosseria

Daquele dia! Recebi alta e você não estava aqui para

Que eu pudesse me despedi. Então decidi deixar um bilhete.

Se você quiser, me liga? (7890-1556)

Vou esperar. Beijos, se você demorar a me ligar eu te ligo.

Lucas.”

Fui à recepção entregar o bilhete quando dei de cara com uma moça simpática.

Lucas: Oi, você pode me dar o telefone da Marina? –antes que eu pudesse terminar ela apanhou um papel e foi escrevendo o numero.

Lúcia: Não posso fornecer esses dados. - disse a moça simpática me entregando o papel.

Lucas: Ah sim claro, então pode entregar isso a ela? - eu a entreguei o bilhete, dei um sorriso - Obrigado!

Lúcia: Magina.

Então fui para o carro, certamente esperaria ela me ligar, mas ela demorou tanto que me senti na obrigação de ligar para ela.

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Marina.

O telefone tocou três vezes mais como eu estava no quarto minha mãe foi atender.

Claudia: Marina telefone!

Marina: Já vou mãe. – eu gritei, e sai correndo do quarto para atender. – Alô?

XXX: Oi, você não me ligou então decidi ligar.

Marina: Me ligar? Te ligar? Quem é? –eu realmente não sabia o que estava acontecendo.

XXX: Você não viu meu bilhete? Deixei com uma moça simpática da recepção. É o Lucas.

Marina: Ah, oi Lucas. Eu não peguei seu bilhete porque só vou ao hospital as quintas – feira. Por isso não te liguei.

Lucas: Entendi, e ai como você ta?

Marina: Bem e você? Já recebeu alta, né?

E a conversa seguiu. Nossa! Ele me ligou, tentava me manter calma e não gritar no telefone, mas por dentro meu coração pulava de felicidade.

Lucas: Agente pode sair amanhã? Depois que você terminar os exames sabe lá o que você vai fazer amanhã no hospital.

Marina: UAHDUHSDUHASUHDUASH’

Eu fiquei quieta por um minuto, eu pensava loucura com aquela conversa toda.

Marina: Pode ser.

Lucas: Então ta! – ele fazia barulhos engraçados no telefone, acho que estava rindo.

Marina: Ao meio dia vou estar te esperando na recepção.

Lucas: Até amanhã então?

Marina: Até.

Lucas: Beijos Mari.

Marina: Beijo.

Eu desliguei o telefone e fiquei lá encostada na geladeira pensando, ele disse beijos Mari aiin que lindo *-*. Ele ligou, ele não tinha me esquecido. Morri, morri, morri! Então fui correndo para o quarto fiz uma escova super linda, fiz as unhas. Eu tinha um encontro *o* então tinha que estar linda.

Claudia: Má? – ela abriu a porta

Marina: Oi mãe.

Claudia: Nossa! Aonde vamos tão linda assim? – ela sorri para mim.

Marina: Tenho um encontro.

Claudia: Um encontro? Ai meu Deus filha!

Marina: Não é demais mãe?

Claudia: - ela me abraçou sorrindo – Super demais. Mais é hoje?

Marina: Não, amanhã depois da consulta. Não precisa ir e pegar.

Claudia: Vou avisar sua irmã. – ela me olhou com um sorriso – Vamos às compras!

Eu realmente adorava minha mãe, ela era tão louquinha, sem demorar calcei uma melissinha e fui às compras com a minha mãe, tudo bem que ela comprava muito mais coisas pra ela do que pra mim, meu pai queria morrer mais como ele não estava em casa agente aproveitou.

Estávamos numa loja que eu adorava aí meu celular tocou.

XXX: Mari?

Marina: Oi Day, tudo bem?

Daiane: Tudo amiga e você?

Marina: To bem, fazendo compras com minha mãe.

Daiane: Você não vai pra escola hoje?

Marina: Vou claro que vou.

Daiane: Então vai logo fia, já são cinco horas. Te espero na entrada beijos.

Marina: Ta. Beijos. – eu desliguei o telefone

Cláudia: Quem era?

Marina: Day. Vamos mãe tenho aula gatinha.

Claudia: Verdade filha. Vamos!

Nós fomos para casa, e como um foguete, entrei, peguei o material e saí. Minha mãe ia me deixar na escola e como não tinha comido nada o dia todo, passamos no restaurante da esquina e “almoçamos”.

Quando cheguei à escola a Day me esperava abraçada com o João.

Marina: Oi meus amores *-* - eu desci do carro e cumprimentei cada um.

Day: Oi tia Claudia, tudo bem?

Claudia: Tudo bem. Tchau meninas e João. – então ela saiu antes que pudéssemos responder.

E lá se foram às cincos aulas, e eu conversando... Enfim o sinal para que pudéssemos ir embora tocou, eu e Day saímos enquanto os meninos nos esperavam na porta.

João: Já ia sem vocês! Demorentas – nós todos rimos, João e suas palavras novas...

Felipe: Vamos Mari?

O Felipe era aquele cara gente boa, que ia embora comigo todo dia. Afinal, morávamos no mesmo condomínio.

Marina: Tchau meus amores.*-* - dei um beijinho na bochecha de cada um e fui.

Eu e o Felipe fomos conversando no ônibus e no resto do caminho, quando entramos no elevador tudo ficou quieto. Oitavo andar, ele me olha tipo “amanhã agente se vê” e eu sorri.

Ele desceu e eu continuei até a minha casa. E fui correndo pro quarto, queria dormi logo, queria que o dia amanhecesse de pressa. Cheguei, deitei e contei até estrelas para dormi, mas a ansiedade me perturbava. Decidi relaxar, virei para o lado, respirei fundo e adormeci.

O despertador, como de costume, “berrou” e eu me assustei. Levantei, tomei um banho, fiz minha higiene pessoal e fui tomar café. Minha mãe já tinha acordado, logicamente hoje seria o dia de ela me levar ao hospital.

Chegamos ao hospital, e minha mãe se despediu. Dei um “Oi” geral pra todos, começamos os exames e como de costume tudo correu bem. Ao não ser por um detalhe eu estava começando a gripar e isso não era bom. Logo avisaram minha mãe do ocorrido, e ela decidiu me buscar no hospital.

Marina: Mãe e meu encontro? – eu falava com ela no telefone.

Claudia: Eu o levo para casa conosco.

Marina: Ele não vai querer ir...

Claudia: Depois nós conversamos. – TU!TU!TU!

Que ódio! Porque ela é tão protetora assim?

Eu fiquei lá olhando para as enfermeiras e em seguida ela chegou.

Marina: Que aconteceu? – eu a olhava indignada.

Claudia: Não vou trabalhar de manhã hoje, só à tarde.

Marina: Como assim? – ela não respondeu, apenas sorriu.

Mas para minha infelicidade ou felicidade sei lá, faltavam quinze minutos para encontrar o Lucas. Pensei em desmarcar, mas minha mãe não deixou. Nós ficamos a manhã inteira discutindo sobre isso.

O curativo foi feito, o soro havia acabado e eu teria de encontrar o Lucas lá fora, e eu estava começando a não querer. Toda aquela alegria que sentira minutos atrás a super proteção da minha mãe a tinha destruído. Quer saber, vou ter que sair mesmo. Pensei, então levantei e fui em direção a recepção. Ah, esqueci de contar a Lúcia tinha me entregue o bilhete dele. SUIDHSAI’

Cheguei à recepção e ele não estava. Depois de uns minutos olhando a porta minha mãe apareceu.

Claudia: Te espero no carro! Já viu à hora?

Marina: Já mãe, tchau.

Sim ele estava atrasado, já eram 12h15min e nós havíamos marcado 12h00min em ponto. E quando minha mãe cruzou a porta ele entrou ao seu lado, com uma cara estranha.

Lucas: Oi Mari, desculpa o atraso. É que eu fui para escola e saí um pouco tarde.

Senti-me estranha, tava lá super arrumada e ele de uniforme. :o

Marina: Magina Lucas. Só tem um problema...

Lucas: Ah, meu. Foi mal sério!

Marina: Não, nada a vê com isso. É que vamos ter de ir para minha casa...

Lucas: Ah, meu. Sem problema.

Ah, morri! Ele disse, sem problema! Então eu sorri como boba e o levei até o carro de mãos dadas. :O

Fomos do hospital até em casa conversando, ele e minha mãe se deram super bem. Quando chegamos, fiquei no parquinho com ele até que minha mãe saísse para trabalhar.

caaroliinaa
Enviado por caaroliinaa em 17/10/2010
Reeditado em 17/10/2010
Código do texto: T2562032
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