Fic Twilight>>> Tinha que ser você. Capítulo 40.
Capítulo 40. - Inesperado.
-Sinto muito, cara. – Consolou o amigo, com um meio sorriso brando, ajudando ele a recolher a decoração do salão de festas da FHS.
-Não tem problema. – Disse Jake com pesar, tirando uma rosa bem vermelha da decoração e a fitando. – Na verdade eu já sabia que não ia dar certo. Eu conheço ela. Quando toma uma decisão, nada pode fazer com que ela mude de idéia.
-Foi mal ter falado pra ela da aposta... – Falou Emmet pela décima oitava vez.
-Não foi sua culpa. Eu sou um idiota.
Emmet o fitou.
-Não é não, Jake. Cara, nem to acreditando em você. Jacob Black sofrendo por uma GAROTA que ele sempre odiou, quando existem milhões de gatinhas afins de você.
Ele riu tristemente.
-É, a loura conseguiu exterminar a minha fama de pegador. Ela conseguiu fazer com que eu não queira mais ninguém, além dela.
-É inacreditável, Jake, isso é. Você ficou balançado.
-Sempre tive atração por desafios. A loura é uma garota difícil.
-Mas... Rolou algo com vocês?
-Ah, cara. Você tá falando com Jacob Black. Acha que não rolou nada?
Eles sorriram um para o outro.
-Então até essa humilhação valeu a pena.
-É, pode crer.
-Sabe, Jake...Eu ouvi falarem que o Cullen quer falar com você. Quebrar tua cara.
A mão do moreno tremeu.
-Eu é que devia quebrar a cara dele. O fdp já tem a Bella, mas sempre aproveita da fraqueza da loura, para ficar consolando ela. Aquele branquelo idiota.
-É um bom jeito de você descontar a sua frustração.
-Sim. – Concordou. –Em, será que a loura voltou pra classe?
-Eu vi ela entrar no banheiro chorando, cara.
-Chorando?
-É, pelo visto você não é o único afetado.
-Droga, cara. Porque quando tudo tá dando certo sempre aparece alguma coisa pra estragar?
-Pensa pelo lado positivo. Pelo menos a gente não tá tendo aula.
**~~**
-Srta. Hale? Já faz anos. –Cumprimentou o homem grisalho de aparência bondosa, sentado à uma escrivaninha.
-É. – Concordou a garota, apertando a mão do homem. A textura grossa contrastando com o delicado de sua mão.
-O que deve a sua adorável presença? – Questionou o homem com os olhos fixos no rosto pálido da garota.
-Bom, doutor. É o seguinte: Já faz algumas semanas, que eu...Venho sentido, como posso dizer, enjôos frequentes, vômitos, vontade frequente de ir ao banheiro, suor. – Disse a garota. – Isso já tá me incomodando.
-Hum, certo. – Disse o médico com um sorrisinho. – Bom, vou ter que fazer a pergunta. Obviamente, você deve ser sexualmente ativa, não?
As maçãs da garota coraram, e suas mãos que estavam apoiadas na escrivaninha repentinamente se postaram em seu colo. Seus olhos faiscavam.
-M-mas...O que isso tem haver?
-Só responda, Srta. Hale.
-Bom... – Ela sentiu o sangue fervendo no rosto. – É, acho que sim.
-Certo. Há algum amigo próximo com os mesmos sintomas?
-Não, só eu.
-Há quanto tempo você teve a sua última relação?
-Ora, mas o senhor é ginecologista, ou o quê? – Questionou a garota tentando evitar o constrangimento.
-É essencial para algumas deduções.
A garota se recordou, com pesar, de uma de seus melhores dias.
-Há algum tempo.
-Especificamente..?
-Ah, sei lá. – disse a garota tímida. – Umas duas, três semanas. – Disse evitando olhar para o bom rosto do homem que sorria.
-Certo. –Ele começou a pegar um papel e anotar furiosamente algumas coisas em uma letra ilegível para a garota de ponta cabeça.
-O que o senhor está escrevendo, doutor? – perguntou a garota com nítida curiosidade.
Ele de repente, pousou a caneta ao lado da folha metade preenchida.
-O seu ciclo menstrual está normal, Srta. Hale?
Rosalie franziu o cenho, pensando em um possível e único motivo do doutor perguntar uma coisa daquelas, e por alguns segundos nada parecia vir a sua mente, quando o feixe de compreensão se espalhou pelo rosto da garota, apavorando-a evidentemente.
Ela fitou com apreensão o rosto do bom homem que a fitava sem muita animosidade, esperando uma resposta.
Rosalie, com nítido pânico, tentou se recordar. A última vez que ela havia menstruado tinha sido há muito tempo atrás, evidentemente já deveria ter vindo novamente. Suas mãos começaram a tremer.
-Não. E-ele, está atrasado. – Disse a garota, gaguejando.
O homem piscou.
-Bom, então isso praticamente mostra a minha suspeita como positiva. – ele a fitou sério. – Você já deduziu, não, senhorita?
-NÃO. Não é isso. Com certeza não é isso. Não é. Não. Não. E não. Nunca. – Falou, tentando mais convencer-se do que ao médico.
Ele sorriu.
-Essa é a primeira reação. Mas acalme-se, Srta. Hale. – Disse o doutor observando as mãos dela que tremiam. – Não temos certeza, ainda. Você pode fazer o teste.
A garota se levantou da cadeira desesperada.
-Não! Não precisa fazer teste! Não pode ser isso, simplesmente não posso!
O médico a fitou.
-Confie em mim, Rosalie, é melhor nos certificarmos já. –Ele a olhou com bondade.
-Mas...Não...Não... tem necessidade.
-Vá ao outro aposento e teremos certeza.
Ela o fitou desesperada, mas o viu pegar o teste, na gaveta, e
entregar nas mãos dela.
-Você sabe como fazer. Ninguém está dizendo nada. É só desconfirmar a suspeita e você poderá dormir tranquila.
Ela o olhou com receio, fitou as mãos, e entrou no mini banheiro que havia dentro do consultório.
(...)
-E, e aí, doutor? Eu...Não é, é? – Rosalie entrelaçou as mãos, desejando com toda a sua força que não fosse aquilo.
Ele fez uma cara de paciência, alarmadora.
-Srta. Hale, não sei se devo lamentar ou lhe parabenizar, mas a Srta está grávida.