Meu coração é todo seu. cap. 19.

*** Amando os comentários... Bjus!

--------------------------------------------------------------------

Corri tanto até a casa de Lydie e quando cheguei, conseguia ouvir sua música clássica vindo da janela... a musica que me acalmava...

Apertei a campainha. Deduzi que aquela hora da tarde ela devia estar sozinha em casa, e estava. Ela abriu.

Me deixou plantado na porta que nem um idiota, assim que me viu fechou.

Apertei de novo, nem abrir ela veio.

Apertei outra vez. Ela aparaceu na janela:

- O que quer?

- Abre Lydie. - pedi num quase desespero,

Ela entrou. Abriu em seguida, olhos vermelhos.

Mas será possível? Eu só sabia magoar as pessoas de que gostava, no caso... amava?

Ela sentou na sala, não me encarava, não me olhava:

- Eu vim te pedir desculpas...

- Pelo que?

- Ah... sabe né... o negócio com o Cadu.

Nem eu conseguia me perdoar de tamanha besteira. Ela me deu silêncio como resposta:

- Vai ficar assim calada? Sem dizer nada?

- O que quer que eu diga? Que você não me ama como achei que amava! Cai fora daqui Kaléo, você é um perfeito idiota!

Pude ver a raiva que rondava seus olhos."sou um perfeito idiota."

- Não! Nunca duvide do meu amor por você Lydie.

- Como quer que eu faça isso? Você me entregou ao Cadu, me deu praticamente, como se eu fosse algo que você não queria mais por estar com defeito.

Não conseguia esconder meu remorso e meu arrependimento vendo-a ali, tão frágil e fraquinha. Ela continuou:

- Não tenho culpa se vim com "defeito", pensa que não percebi que mudou desde que te contei sobre minha...doença!?

Como fazer ela entender que fiz por medo?

- Tive medo de te perder... achei que o Cadu fosse melhor companhia que eu, ele tinha mais coisas a te oferecer, mais chances...

- Me poupe Kaléo! Esse tipo de chances eu não queria, a maior esperança que eu podia ter era ao seu lado e você estragou tudo, tudo!!!

- Eu voltei, to aqui, voltei atrás...

- Tarde demais, não era isso que queria o tempo todo, vingança?

Do que ela está falando?

- Enlouqueceu foi? Vingança... eu te amo!

- Vai me dizer que não procurou o meu endereço por vingança?

Nossa, já tinha até me esquecido do dia em que invadi a diretoria para pegar o endereço dela... como ela descobriu?

- Quem te contou?

- Fazia parte do seu plano fazer eu me apaixonar por você enquanto você caia fora me deixando sofrendo?

- Não!!! Te conhecer nunca foi um plano!

- Sai! - Ela limpou uma pequena lágrima que teimava em cair - O assunto acaba aqui!

- Espera!

- Acaba aqui ouviu! - disse quase gritando.

Ela subiu para seu quarto, não fez nem questão de me levar a porta... sai arrasado.

- E foi isso cara...

Lucca tomava um suco, o calor era insuportável no meu quarto.

- Caracas! como sua vida deu um up hem!

- Nem fala!

Assim que sai da casa de Lydie, chamei Lucca para desabafar, era o que estava fazendo.

- E como teu amigo, tenho que te falar, foi muito vacilo essa de você largar ela no momento em que ela mais precisava de você...

Me joguei na cama baqueado, Umas lágriminhas queriam cair... ai parecia menininha.

- Eu sei... mais entende meu lado né... como você ficaria ao saber que a pessoa que mais ama pode morrer a qualquer minuto? Não iria fazer tudo que pudesse pra salvar ela, mesmo que te custasse caro?

- Pensando assim pode até ser, mais então não reclama pelo leite derramado!

De repente, acho que o Lucca, com esse papo adulto, não está me ajudando em nada.

- Tem duas soluções - começou o chato - Ou você arruma uma namorada, ou esquece ela.

- Ta doido!!? Como vou esquecer ela!!? Eu amo aquela pestinha, não entende!?

- Então não sei como te ajudar pow! Esse amor é muito confuso pra mim, muito mesmo!

Taquei uma almofada nele.

O celular do Lucca tocou, logo em seguida desligou dizendo:

- Era a Laura, ta me esperando lá no savana, vamos?

Pensei. Iria, não iria?

- Vamos... - aceitei, não tinha mais nada a perder mesmo.

Line Alone
Enviado por Line Alone em 27/09/2010
Código do texto: T2524062
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.