porta para dois mundos - parte 3
-NÃÃÃO! Belinha, não – gritava Alice enquanto corria desesperada até a rua movimentada. O carro freiou. Mas infelizmente foi tarde de mais. Belinha estava deitada no chão gemendo de dor toda ensanguentada. Alice chorava desesperada. Um garoto correu até elas.
-Calma, vai ficar tudo bem. É melhor você levá-la ao veterinário. Agora.
-Eu levaria, se tivesse carro e soubesse dirigir.
-Você já ouviu em algo chamado táxi? Vamos chamar um – disse ele chamando um táxi. Imediatamente um carro amarelo parou na frente deles.
-Não tenho dinheiro. Não vai dar - disse Alice dando meia volta.
-Tudo bem, eu tenho. Entre - falou o garoto calmamente.
Depois de alguns rápidos minutos eles chegaram à clínica veterinária. Alice saiu correndo com o pequeno animal nos braços. O garoto a seguiu após pagar o taxista. Eles logo foram atendidos. Depois de Alice contar toda a história o veterinário mandou-os sentar, pois faria o possível para salvar a vida de Belinha. Eles, sentados em um sofá cinza, começaram a conversar.
-Nem sei como te agradecer... – disse Alice
-Não precisa. É isso que as pessoas fazem. Bom, pelo menos é o que deveriam fazer – respondeu o garoto sorrindo. “Nossa, ele é bonito. Como não percebi antes?” O cabelo escuro do garoto contrastava com seus dentes e pele branca.
-Muito obrigada de verdade. Meu nome é Alice.
-De nada. Eu me chamo...
-Alice? Venha aqui, por favor – o veterinário falou, abrindo a porta. Ela levantou com um salto e correu até lá.
-Como ela está? Vai ficar bem?
-Bem, infelizmente ela não resistiu. Tentei fazer o possível, mas o acidente foi mais grave que imaginávamos e...
Alice não conseguiu escutar o resto da frase. Estava tonta, não via mais nada. E tudo ficou escuro. Ela desmaiou.