porta para dois mundos - parte 2
-Droga! Essa internet sempre cai. Não entendo por que. E eu sei que por enquanto ela não volta. E agora Galun não entenderá mais nada. Vai pensar que eu sou uma idiota que não sabe cuidar do próprio computador- Alice estava irritada- Mas amanhã nos falaremos. É melhor eu ir dormir. Está tarde.
“Eu sou um idiota. Sempre falo coisas que não devo. Pring vai pensar que eu sou um idiota que não sabe controlar a própria língua. Ou melhor, os próprios dedos. Ela não vai entrar novamente. Vou dormir.”
Algumas horas depois...
Alice sentiu o sol entrando pela janela e esquentando seu rosto. Levantou e parou em frente ao espelho. “É melhor eu tomar um banho” pensou ela. Os cabelos castanhos estavam soltos e bagunçados. O rosto inchado, como todas as manhãs. Ela tirou o pijama cor-de-rosa e entrou no banheiro.
-Frederico acorda! Já tem sol lá fora e o dia está lindo! Levanta dessa cama agora! Vamos! – disse a mãe do garoto enquanto entrava no quarto e abria as cortinas – Veja que belo sol!
-Ah mãe... Hoje é domingo lembra? Sem aula, sem ter que acordar cedo. Só mais um pouquinho.
-Nada disso. Levanta agora.
-Tudo bem. Já vou.
A mãe saiu do quarto e ele da cama. Ligou o computador e viu que a amiga não estava online. “Ninguém acorda essa hora em pleno domingo de manhã. Ela está dormindo”. Tomou um banho rápido e botou uma roupa que há muito tempo não botava. Ele iria correr no parque. Desceu as escadas e tomou café-da-manhã.
-Aonde você vai filho? – perguntou a mãe estranhando a animação e roupa do filho.
-Correr. –disse ele enquanto saía.
Alice saiu do banho e se arrumou. Ligou o computador e viu que Galun não estava. “Vou ao parque. O dia está perfeito para Belinha passear.” Ela botou a coleira na cadelinha marrom e, depois pegar uma maça, saiu de casa. Caminhou alguns minutos e chegou ao parque. Belinha estava feliz e Alice resolveu soltá-la. Ela correu em disparada pela grama verde, rolando algumas vezes. Alice a amava. Ganhou Belinha em seu aniversário de doze anos e hoje, com dezesseis, continuava a brincar com ela.
Frederico chegava ao parque e já via muitas pessoas. Algumas caminhavam, outras conversavam sentadas na grama, casais namoravam e todos estavam muito felizes. Até ouvirem um grito.