Meu coração é todo seu. cap 9.

Três dias se passaram e hoje é o dia que a "monstrinha" volta para escola, não dá nem vontade de ir pra lá, só de pensar que eu vou ter que olhar para aquela cara desafiadora, argh! Quero voltar a dormir,

talvez eu possa chegar atrasado hoje né. E foi o que eu fiz.

Cheguei vinte minutos fora do comum. Aula de espanhol:

- Licença professor. - Pedi educado, raro em minha pessoa.

- Toda. Sente e preste atenção na aula.

Escolhi o lugar mais afastado da "mostrinha" possível e me sentei, assim que anunciou o término da primeira aula, para o inicio da segunda aula, reparei que Lydie conversava estranha e animada com meus amigos, me aproximei para ouvir:

- Essa festa vai ser muito legal, marca a minha vinda para essa cidade. - Ela deu uns convitinhos pequeninos - Vocês são vips ok? Quero ver vocês lá!

Lucca parecia satisfeito com o convite:

- Valeu mesmo Lydie.

- De nada - Ela sorriu - Nunca poderia deixar de convidar vocês!

Estella não estava muito contente, valeu Estella!

- Não sei porque esta nos convidando, nunca foi com a nossa cara...

- Estella!!! - advertiu Laura - Além dela nos convidar, você faz uma grosseria dessas!

Lydie sorriu, mais uma vez... Até que tinha um sorriso bonito, bonito não... de tirar o folego :

- Não me importo, como disse não poderia deixar de convidar vocês, nunca tive nada contra vocês mesmo! Quero ver vocês lá... Até.

Todos sentaram, era aula de história agora.

Esperei ansioso para o intervalo, e parecia que por onde eu andava todos só comentavam dessa bendita festa, até Lucca e Laura:

- Vou hoje mesmo no shopping ver qual será minha roupa.

- Sozinha não! - Tornou Lucca ciumento.

- Então vem junto! Assim eu escolho sua roupa, ultimamente você anda se vestindo muito mal...

Eles riram. Lucca notou minha falta de empolgação:

- Que foi cara?

Cara de pau ele mesmo né!!!

- Ainda pergunta? Não ve que eu não fui convidado por aquela filha...

- Ei, ei, calma... quem sabe ela ainda vá te convidar. - Laura sempre me ajudando. Dessa vez não funcionou.

- Duvido - Soltou Estella azeda - Duvido muito, ainda mais depois do que você fez com ela... de qualquer maneira se você não for, eu também não irei.

- Você que sabe! - Reclamei para ela e sai andando.

Meus amigos eram uns traidores!!!

Ao chegar em casa eu me deitei na cama, aliás como faço sempre e adormeci. sonhei com a pestinha da Lydie, um sonho estranho, sonhei que ela e eu era como melhores amigos no mundo todo e um não podia viver sem o outro, era como carne e unha.

Resultado, acordei suado e transtornado, aquela menina estava ocupando demais os meus pensamentos, mais do que deveria.

Alguém bateu na porta, era meu pai, meu pai!!!

- Que é!

- Se arruma, hoje virão jantar em casa uns amigos, quero que os trate com educação se não for pedir muito.

HA ha ha, mais essa.

- Claro... - Ele fechou a porta - ditador!

Fui direto para o banho. Era melhor fazer o que ele pedia, não queria MAIS "melação" pro meu lado.

Em minutos estava pronto, jogando um pouquinho de video game enquanto os tais convidados não chegavam. Mais um pra bater em minha porta:

- Entra carallh&...

- Que modos meu filho!!! - Era minha mãe que quase me pegou falando palavão, eu ria - Os convidados já chegaram, desce logo, o jantar será servido em minutos.

- Saco - Resmunguei.

Desliguei tudo e desci, escada em escada, pé ante pé.

Na ultima escada vi uma coisa sombria... uma menina, minha idade mais ou menos, cabelos rosa choque, roupa estravagante... Lydie!!!!!

Meu pior pesadelo... não, não, comigo não!

No sofá ao lado dela estava um casal e meus pais. Meu pai, por sua vez, se levantou com um sorriso encantador de ponta a ponta:

- Meu filho esses são os Antonnys, essa é a senhorita Carla Antonny e seu marido Henrry Antonny e sua filha adorável Lydie.

Eu só pude sussurrar um " muito prazer", não tinha me refeito do susto.

Me sentei, ela me olhava, desafiadora como sempre.

- É uma bellísima casa senhorita Mariana! - Exclamou Lydie, aquela mentirosa, não era a santa que todos pensavam.

- Muito obrigada minha querida, eu mesma a decorei.

- Hum, que bom gosto da senhora!

Minha mãe sorriu, já tinha sido comprada pelo sorriso maravilhoso da "monstrinha".

Meu pai e o pai dela conversavam sobre negócios e a minha mãe conversava com a dela sobre sei lá o que, e eu morrendo de fome.

- Mãe quero comer.

- Espere mais um pouco meu filho.

Lydie interveio:

- Senhorita, se não for incomodar sou da mesma opinião que o... como é mesmo seu nome? - Perguntou pra mim.

- Kaléo - Fingida

- Kaléo...queria muito jantar agora.

E ela conseguiu o que eu não consegui, que o jantar fosse servido. Ponto pra ela.

Na mesa de jantar a conversa estava um saco, falavam sobre a beleza da cidade:

- Confesso que não queria muito vir pra cá, mas chegando aqui mudei na hora de idéia. - Tornou ela com seu ar gentil e fingido, será que ninguém via isso? - A cidade é linda!

- E minha querida, está gostando da escola? - Perguntou meu pai.

- Ah sim, magnifica!!!

- Até acho que ela caiu na mesma sala que seu filho Medeiros... - Tornou o irritante do pai dela.

- É isso mesmo Kaléo? - Perguntou minha mãe.

E a pestinha respondeu por mim, metida:

- É sim senhorita Mariana, mas nunca tivemos a oportunidade de nos conhecermos melhor como agora, não é mesmo Kaléo?

- É, claro. - Me limitei a dizer.

- E estive pensando, será que você estaria afim de ir na festa de boas vindas que meus pais me deram? Só o pessoal da escola mesmo, só para jovens, vai ser muito legal! - Ela me passou o convitinho - Será no Savana sábado a noite, vai...

Ela armou tudo direitinho, me convidou diante de meus pais para eu não ter como recusar!

- Vou sim - Disse apenas.

- Obrigada por convidar meu bebê, ele aceita e vai sim, é que ele tem esse jeito meio fechado mais no fundo ele está pulando de alegria. - Minha mãe simplesmente me irrita.

- Não esqueça de levar uma roupa de piscina, todos vão se deliciar nela.

- Ahã - Queria muito matar ela nesse exato momento.

O jantar acabou (graças a Deus):

- Nos vemos no sábado então Kaléo? -Perguntou ela sorridente, o estranho era que ela podia parara de fingir, estava só eu e ela na sala, meu pai e os pais dela estavam no escritório:

- Você não vai na escola amanhã?

- Tenho que fazer uma viajem de emergência, volto só na sexta a noite.

- Hum...

- Então - Tornou ela sorridente outra vez - Te vejo no sábado não ?.

- Nossa menina, quer por favor parar de fingir...

Ela murchou o sorriso:

- Fico triste que pense isso de mim... Não estou fingido, apenas sendo educada.

Me senti o cara mais cruel do mundo, droga!!!

- Desculpe.

Nisso os pais dela a chamaram para ir embora, nos despedimos e eles foram.

Que diabos de menina!!!eu não sei quem é ela, muito menos o que quer comigo! Juro que não sei...

Lydie... quem é você afinal?

Line Alone
Enviado por Line Alone em 08/09/2010
Código do texto: T2486398
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