[Mcfly] Ironic - Capítulo 6

"Um pouco irônico demais... Eu acho."

POV Daniel Jones.

Esperei a Hurt entrar na sala pra botar em pratica o meu plano.

__Já entreguei os papeis para o seu pai. ._ela disse, com aquele ar de impaciência que eu adoro.

__Sente-se Hurt.

__Eu to ocupada.

Ocupada? Como se por acaso você tivesse alguma experiência com esse tipo de serviço. u.u

__Se eu falei pra você se sentar você tem que me obedecer.

E Johanne se sentou, sem pestanejar.

Eu peguei seu currículo que eu havia guardado na minha gaveta e comecei a analisá-lo, aqui tem um monte de empresas concorrentes que não dão vagas para de menor.

Se eu fosse uma pessoa má, sem duvidas eu a denunciaria pra policia, mas se formos pensar o que fariam num presídio feminino com uma garota do porte da Johanne... Ér, me da até dó.

__E então? ._perguntou ela, mordendo o lábio com impaciência.

Abri a gaveta da esquerda e peguei uma lista de coisas (desnecessárias) para ela fazer, DUVIDEÓDÓ que ela irá conseguir fazer.

__Quero que você resolva isso pra mim até as 5 da tarde. ._falei, entregando o papel pra ela, que começou a lê-lo.

Quando eu esperei alguma reação explosiva dela, Johanne me surpreende ficando em silencio, hum, ela pensa que é esperta...

__Pode ir. ._acrescentei, e ela assentiu, ah agora eu saquei o porquê do silencio. – E ah, é eu quero que você vá imediatamente e sozinha, sem pedir a “companhia” da Alexia.

Ela então engoliu seco e saiu da sala.

POV Johanne.

Droga, droga e droga.

Porque será que aquele verme me mandou fazer tudo isso? E alem do mais... Sem a ajuda da Alexia eu to fudida.

Olhei no relógio pendurado em frente a minha mesa, já era 9 horas, pelas 25 coisas que ele me mandou fazer, incluindo levar o CACHORRO DELE que esta no pet shop pra passear, eu só voltarei...

OMG, A CASA CAIU PRA MIM!

Respira Johanne, respira, respira... 1, 2, 3 AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

O que eu vou fazer???

(...)

Eu estava mesmo ferrada, quer dizer... Não tem jeito eu vou ter que voltar pra casa com as mãos abanando e sem orgulho nenhum.

O mala deve ter descoberto, fato.

Agora ele vai poder jogar um monte de coisas na minha cara...

Peguei a lista que estava em meu bolso, analisei-a novamente, como ele quer que eu traduza um texto em espanhol pra uma reunião? Eu mal falo inglês, imagina espanhol!!!

Er, eu coloquei que falava espanhol fluentemente no currículo.

Só sei falar - Hola, cómo estás?

Graças a um filme que eu assisti, se não, nem isso.

Bem, eu prefiro perder com honra, então é isso, vou lá na empresa, me demito e volto pra minha vida mundana em Boston.

(...)

Encontrei Tom na recepção com certeza dando em cima das meninas e tentei engolir a vontade de chorar, eu não sei se ele leu isso em meus olhos, mas no momento que ele me abraçou eu desabei.

Eu havia feito tudo errado, conquistei um emprego da pior maneira, mentindo muito.

__Hei, não chora pow, eu não posso ver mulher chorando. ._ele disse, afagando meus cabelos com carinho, eu imaginei todos nos encarando com pensamentos maldosos, mas eu não me importei, pois o que eu mais precisava era de um abraço, mesmo que esse viesse do cara que mais dá em cima de mim.

Acho que o que mais eu gostei foi justamente que ele não me perguntou nada, apenas me afastou e sorriu como se dissesse – Boa sorte.

Eu fui pra sala do mala me perguntando se eu suportaria a humilhação que ele me fará passar.

Afinal, Daniel Jones é mal, muito mal.

POV Daniel.

Johanne abriu a porta da minha sala, ambas às mãos vazias, ela tinha fracassado.

Hum, esse vai ser o momento que ela irá me implorar pra deixá-la trabalhando aqui.

E eu como uma pessoa justa direi não, ai ela vai implorar e eu farei a parte 2 do plano, eu a ajudarei.

__Então Johanne? Cadê as coisas que eu mandei você fazer? ._perguntei fitando-a seriamente. Ótimo, ela estava chorando.

__Você sabe que eu não conseguiria fazer nem metade daquilo. ._disse, tentando respirar com calma. – Eu to me demitindo.

__Como é? ._ah, mas como eu odeio essa garota, ela esta sempre fazendo o contrário do que eu quero. Saudades de quando as pessoas eram previsíveis.

Ela não entendeu minha reação.

__Você já sacou muito bem que eu não sou nada disso do currículo.

__Claro, suburbana desse jeito jamais falaria Espanhol.

__Argh, eu só quero ir embora ta OK?

__Não, eu vou te ajudar.

Johanne riu e revirou os olhos.

__Engraçado, eu estava esperando você rir da minha cara.

Era exatamente o que eu ia fazer, mas você como sempre me surpreendendo.

__Não, eu não sou uma má pessoa. ._ela assentiu, com ironia. – Te ensinarei a ser uma boa secretaria.

A garota ainda me encarava com desconfiança, mas sabe o que é melhor? Ela não fez aquela pergunta que eu mais temia. – Não vai querer nada em troca.

É claro que eu vou querer, mas eu sou um cara bastante paciente, tudo no seu tempo.

__E ai? O que você me diz? ._perguntei.

__OK, acho que não estarei perdendo nada.

E ai que você se engana, minha cara...

__Sem duvidas, então temos um trato?

__Ahan.

Ela tocou a minha mão e eu sorri de canto, era o começo de uma bela vingança.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 01/09/2010
Reeditado em 01/09/2010
Código do texto: T2472345
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