[Mcfly] Ironic - Capítulo 3
Os nomes de caps que estão entre aspas (" ") são trechos da música da Alanis ;D
___________________________________________________________
"E quem teria imaginado... Isto acontece"
POV Daniel Jones.
Eu sabia que ainda era cedo. Cedo demais pra eu estar com os olhos abertos, só que eu sabia bem o motivo disso.
__Hei, vou trabalhar daqui a pouco. ._falei pra garota que estava deitada ao meu lado, eu não me lembro o nome dela, mas sei que ela é boa na cama.
__Todos trabalham amanhã. ._ela disse, com a voz grog de sono, eu bufei. – Ah OK, você não quer que eu fique aqui. ._esperta ela não?
Esperei a garota sair pra eu poder dormir tranqüilo. Nunca dá certo deixar essas garotas que você conhece em “baladas” dormirem em sua casa, elas sempre vão achar que são suas donas e em Daniel Allan David Jones ninguém manda.
Me levantei as 8h00 horas, eu tinha dormido pouco, mas eu não podia faltar, não hoje que Tom faria a entrevista com a nova secretaria.
Espero que ela não seja pior que a Starley.
POV Johanne.
__Joel! Levanta! ._gritei, batendo na porta de seu quarto, pow, ele prometeu me levar na Jones Commercial e ainda esta dormindo?
Corri até o banheiro e tomei um banho rápido, eu não estava atrasada, mas também não curtiria chegar atrasada na entrevista.
Quando sai do banho, devidamente trocada e arrumada (eu acho) Joel estava na porta do meu quarto com uma enorme cara de sono.
__Joh, eu não vou poder te levar até a empresa. ._ele disse e eu suspirei, tentando conter a minha irritação. – Eu te levo até metade do caminho.
__Que seja.
Estou irritada, é.
(...)
Depois de toda a confusão que foi pra eu me arrumar, veio o segundo transtorno daquele dia – montar na moto do Joel.
__Sem medo Joh, eu não vou te derrubar. ._ele sorriu.
__Ér, promete ir devagar?
__Claro :)
Eu subi na moto e Joel ligou o treco, rapidamente deu partida e fomos rumo à empresa.
Meu primo, assim como eu pedi não correu tanto, o vento que batia em meus cabelos fazia daquela experiência (esta sendo a primeira vez que ando de moto), no mínimo interessante.
Quando senti Joel parar a moto eu abri os olhos.
__Você ainda pode desistir, sabe?
__Não vou desistir Joel, eu quero aquele emprego.
__Tudo bem. ._ele me puxou pra um abraço, e deu um beijo em minha testa. – Se cuida Johanne.
__Obrigada. ._Eu acho que poderia ter ficado naquele abraço por um bom tempo...
Ele se afastou e eu me obriguei a deixar de ser idiota, somos primos, isso nem rola.
__A empresa é naquela rua ali, no numero 455.
__OK.
Joel sorriu antes de montar na moto e dar partida.
Atravessei a rua sem esperar droga de sinal verde, quando eu senti poça de água voar em mim por um maldito carro preto! Já disse que odeio carros pretos??
__SEU BABACA! ._gritei, voltando pra calçada onde Joel me deixará, o dono do carro parou, ah, mas agora ele vai ver.
Ao ver o sem vergonha descer eu o fuzilei com o olhar.
E acredita que o desgraçado sorriu?
__VOCÊ POR ACASO É IDIOTA? ._perguntei brava.
__Idiota é você que passa no sinal vermelho, não conhece as leis não minha filha?
__VOCÊ QUE JOGOU A POÇA DE AGUA EM MIM SEU RETARDADO!
__Até que você ficou bonitinha molhada.
E então eu corei ao sentir seu olhar sobre os meus seios, boa Johanne, vir com blusa branca é bem sua cara.
__Você é um idiota! Devia aprender a dirigir. ._falei, cruzando os braços, irritada.
__Eu sei dirigir muito bem minha querida, a errada é você. ._ele revirou os olhos e eu mostrei o dedo do meio. – Educação me atrai e muito! Qual é o seu nome?
__Pra que você quer saber o meu nome?
__Porque eu quero, oras.
Já disse que odeio gente mimada? Sempre acha que pode ter tudo o que quer?
__Problema é seu, idiota! Eu não vou falar meu nome.
__Certo, alem de feia é mal-educada. ._eu encarei o futuro defunto e dei um tapa em sua cara. – AI SUA LOUCA!
__Feia é a sua mãe que trouxe você ao mundo! ._o idiota me fitou com desprezo, quase pensei que ele fosse me dar um tapa de revide e de repente entrou em seu carro e arrancou dali, rapidamente. – VAI MESMO SEU IDIOTA!
(...)
Mas que dia infernal! Primeiro é o Joel que me deixa no meio do caminho e depois o banho! Pior que né dá mais pra ir em casa trocar de roupa.
Entrei pelo Hall da empresa e todos instantaneamente me olharam, sorte que eu trouxe um casaco na bolsa, disfarçou um pouco.
Me sentei no lado de uma garota japonesa que estava lendo seu currículo, ela parecia nervosa.
Eu nem quis olhar meu currículo sabe? Eu inventei umas mentiras MUITO loucas nele, falei que tinha experiência com um monte de coisas e talz... Tudo pelo emprego né?
__Johanne Hurt? ._perguntou uma mulher que parecia ter uns 30 anos, ela me fitava com o nariz empinado. – Senhor Fletcher te espera na sala dele, por favor, me acompanhe.
E eu a acompanhei ainda ignorando os olhares sobre mim, sorte que eu vim do jeito mais comum o possível, imagine se eu tivesse vindo com aquelas saias sociais uó.
A mulher parou em frente a uma sala que estava com a porta aberta e eu pude ver um rapaz loiro de sorriso engraçado lendo o new york times.
__Com licença senhor Fletcher, aqui a garota pra entrevista, Johanne Hurt.
__Oh sim, pode entrar. ._a mulher me empurrou levemente pra sala. – Muito prazer senhorita, sente-se, eu me chamo Thomas Fletcher, mas apenas Tom pra você, Baby. ._eu o fitei incrédula, qual é a dele?
Preferi fingir que não ouvi o baby e abri minha bolsa pra pegar meus currículos quando Tom disse:
__Não baby, currículo é coisa do passado, vamos ser mais modernos. ._ér, alguém chama um medico pra esse louco, please? – E sem contar que minhas entrevistas são simples e rápidas.
__OK. .
Tom me fitou seriamente, arqueou a sobrancelha e perguntou:
__Porque motivo razão e ou circunstancia eu devo te contratar pra trabalhar aqui? 15 segundos!!
__Ahn? .. ér, eu bom..
__14
__Eu posso ser uma boa empregada, sou pontual, ágil, dinâmica.. ._droga, eu já esqueci o texto que eu fiquei a noite toda decorando?
__13... 12... ._ele continuava contando e isso me deixou meio que pressionada.
__Ér, eu sou uma ótima pessoa.
Droga olha a merda que eu falei?
Senti uma coceirinha nos meus olhos, eu logo iria chorar, claro. É tão ridículo isso.
__Porque esta chorando, baby? ._perguntou o loiro estranho, ele passou a mão no meu rosto e fez uma cara de compreensão que eu não entendi. – Se você sair comigo eu te dou essa vaga!
__O QUE? VOCÊ PENSA QUE EU SOU QUE TIPO DE GAROTA? ._meu coração estava disparado, quem esse loiro de sorriso esquisito, pensa que é? - Eu vou embora daqui. ._me levantei, dei dois passos a porta, quando ele disse, com a voz mais séria que eu já ouvi.
__Parabéns Johanne, esta contratada.