As duas faces de uma história. - 1

- Introdução.

A vida é interessante prega muitas peças na gente. Eu sou Marina, essa é um pouco da minha história, uma típica garota, que se apaixonou por um lindo rapaz, mas algo nos impedia de ser felizes, eu não aceitava o fato de prendê-lo a mim. Ele nunca mereceu, mas como dizem por aí “o amor vence barreiras”... ( a história será contada por Lucas&Marina, a cada capitulo novo vou colocar na descrição da história quem estará narrando. espero que gostem, por favor comentem sobre a história e se estão gostando.)

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Marina

Quinta – feira, 09:30 da manhã. Sim, era mais um dia que eu acordava cedo para ir fazer aqueles exames legais. –‘ Como de costume cheguei cumprimentando todo mundo.

Marina: Bom dia Lúcia, como vai o gato das macas? – dei um sorrisinho para ela e uma piscadinha.

Lúcia era a recepcionista do hospital, uma mulher muito bonita. Ela mantinha há muito tempo uma quedinha pelo rapaz que trocava as macas. :9 Retribuiu o meu sorriso e mandou eu me abaixar até ela.

Lúcia: Bom dia minha lindinha, shiiu não diz isso aqui – ela me repreendeu olhando para os lados – vai que alguém escuta, :+ UHDSAIUHDAHDIHSUIDH’

Nós rimos e eu fui para a sala onde em dez minutos começaria os exames. :x Cheguei, sentei e junto comigo a enfermeira também (pra variar era nova então nem puxei assunto com ela), disse um oizinho tipo “ mais um paciente chato ”. É! A quinta – feira tinha começado, mas tudo bem aquilo ia acabar rápido. Era só uma hora ou duas olhando para cara daquele pessoal cansado.

Um movimento me chamou atenção, as enfermeiras comentavam algo sem parar e isso me deixava curiosa, mas como podia chegar e perguntar para uma delas o que estava acontecendo, não conhecia nenhuma. >< Não tinha outra saída teria que esperar o soro acabar e ir perguntar para minha informante, a Lúcia. As horas demoravam a passar e eu me remoendo de curiosidade, nessas horas adoraria ser uma formiga para poder ouvir o que elas falavam apesar de que, se eu fosse uma formiga elas poderiam pisar em mim então acho que uma mosca era melhor :B

Até que enfim aquele soro acabou, a enfermeira que cochichava com a outra veio e fez um curativo em mim, tentei intimidá-la com uma expressão de “ eu sei o que você fez no verão passado” mas ela não se intimidou e virou o rosto, então eu corri feito uma louca até a recepção.

Marina: Lú! Lú! O que tem de novo acontecendo?

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Lucas

Eu acordei com uma dor de cabeça horrível, não sabia ao certo onde estava, aquele não era meu quarto. Minha mãe apareceu na minha frente me deixando mais calmo, ainda bem que ela estava ali comigo.

Ana: Lucas, meu filho como você se sente?

Lucas: Minha cabeça dói, mãe.

Ana: Moça a cabeça dele dói. – ela disse olhando para uma mulher que supostamente estaria no quarto, mas eu não consegui vê-la.

Enfermeira: É normal, daqui a pouco passa senhora. Vou chamar o Doutor e avisá-lo que ele acordou.

Ana: Obrigada.

Eu peguei no braço da minha mãe, apertei e disse baixinho.

Lucas: Mãe, o que aconteceu? Onde eu estou? Doutor? – eu tinha em mim uma vontade de chorar, mas a continha não poderia chorar ali na frente da minha mãe ela tinha uma expressão tão tristonha.

Ana: Você sofreu um acidente Lucas – ela disse puxando o braço e levantando da cadeira onde estava sentada.

Lucas: Acidente? Como assim?

Ana: É Lucas acidente, sua irresponsabilidade quase te matou. Você saiu com os seus colegas na quarta – feira passada e pulou de algum lugar. Ai você bateu a cabeça e ficou em coma por uma semana e um dia.

Lucas: Desculpa mãe? – por um momento meus olhos se encheram de lágrima, nossa só faço merda, eu pensei então uma lágrima clandestina escorreu pelo meu rosto, mas minha mãe tava lá pra enxugá-la. Ela fez que sim com a cabeça e sorriu secando minha lágrima.

Eu a olhava e pensava em tudo que já tinha a feito sofrer, é eu tinha feito sofrer a pessoa que mais me amava no mundo de alguma maneira eu devia algo a ela. E foi naquele momento que eu decidi não decepcionar mais a minha mãe e sem que eu quisesse, aos prantos eu a olhei.

Lucas: Mãe eu te amo.

Eu não queria que ela chorasse, mais ela chorou, chorou tanto que eu me senti a pior pessoa do mundo por fazê-la sofrer, mas aquele choro pela primeira vez parecia um choro feliz e ao mesmo tempo eu chorava sem ao menos querer. Ela foi forte, me abraçou como costumava fazer quando eu era criança.

Ana: Eu também te amo filho.

Então alguém, bateu na porta e foi entrando.

Ana: Ah, Doutor Marcos. – minha mãe se levantou, secando as lagrimas. Eu me ajeitei, limpei o rosto e fiquei a observar os dois.

Marcos: Bom dia dona Ana, bom dia Lucas. Até que enfim você acordou hein garotão. – ele piscou pra mim dando um sorrisinho, olho a ficha e foi conversar com minha mãe no canto.

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Marina

Lúcia: Calma menina desse jeito você vai cair. UHDSUAHDISAHUIDH’ Não vou te contar.

Marina: Lúcia , Lúcia! Ou você me conta ou eu mato você, matadinho. Ú.u

Lúcia: Tem um paciente novo. – ela disse virando o monitor para que eu pudesse ver a foto do paciente super gato.

Como de costume eu teria que ir até seu quarto e dar as boas vindas a ele junto com o doutor Marcos, mas dessa vez eu vi o motivo, ele não era novo. Somente não sabia da existência dele no hospital porque tinha ficado em coma durante uma semana.

Marina: Ah. Eu não vou visitá-lo não Lú. :s

Lúcia: Mas porque Ma?

Marina: Porque ele sofreu um acidente daqui a pouco ele vai embora, e não vai se lembrar de mim. Mandar umas flores somente é o que eu posso fazer.

Lúcia: Flores Marina? Flores? O que aconteceu com a minha Marininha? O remédio tava forte hoje?

Marina: Lúcia, eu não gostei dele.

Na verdade na foto ele tinha uma cara de mal, uma cara de menino rebelde. Parecia um menino estranho, e ele quis se matar porque se jogou de uma plataforma de quase três metros de altura, eu particularmente não me identificava com suicidas.

Marina: Isso aí, não vou, manda um cartão para ele depois no meu nome.

Mas pra minha infelicidade o doutor Marcos apareceu atrás de mim, e a Lúcia como não tem travas na língua disse para ele que eu queria ir visitar o menino que acabara de acordar. Mas na verdade eu não queria, eu queria sumir dali. Porque a Daniele não chegava logo para me pegar, bem que ela poderia chegar mais cedo hoje. Para isso que servem irmãs mais velhas para nos deixarem no hospital a espera delas por anos e anos luz. –‘

Marcos: Ah! Claro, vamos Mari?

Marina: Doutor, amorzinho e se os pais dele não gostarem? Lembra do que aconteceu com aquele menininho que estava no quarto cinco né? – ele deu uma gargalhada.

Marcos: Acho que a Marina está com medo de ir visitar o paciente novo Lúcia.

A traidora da Lúcia ainda concordou e piscou para o doutor. Não tinha escape eu teria que ir, mais sairia de lá logo.

Marina: Vamos, vamos antes que eu desista seus traidores.

Todos nós rimos e eu tomei o caminho do corredor, aquele corredor nunca foi tão cumprido como aquele dia, nunca senti tanta dor de estomago como estava sentindo, quando o Doutor olhou para mim com aqueles olhos azuis maravilhosos e se espantou com a cor que eu estava ele disse sorrindo.

Marcos: Calma Mari, ele é legal vai gostar dele.

Marina: É que ele é o primeiro que tem a minha idade em cinco anos que visito as crianças deste hospital. Não to me sentindo bem.

Marcos: Se quiser voltar, fique a vontade.

Marina: Não eu vou claro que eu vou.

Era um ritual visitar as CRIANÇAS que chegavam nova no hospital junto com o Doutor Marcos, já que eu era a paciente mais velha dele. Mas visitávamos crianças não adolescentes que poderiam odiar a visita. Ai, realmente eu não estava bem.

Quando o doutor bateu na porta uma voz doce disse de lá de dentro “entre”, acho que era a mãe do Lucas. Então ele pediu licença e entrou. Eu entrei logo atrás dele e sem perder tempo ele já foi me apresentando para as pessoas do quarto.

Marcos: Ah, deixe-me apresentar a minha assistente. –ele puxou-me pelos ombros me colocando a sua frente.

Senti minhas bochechas queimarem.

Marina: O-oi. –sim eu gaguejei.

Ana&Lucas: Oi.

Marcos: Tem algum problema ela ficar aqui conosco?

Ana: Por mim não, estou indo na cantina tomar alguma coisa.

Lucas: Por mim tudo bem.

Eu me sentei na cadeira que tinha no cantinho da sala, e o doutor começou a examinar o Lucas, eu fiquei olhando aquilo tudo e por várias vezes vi o olhar do Lucas vir em minha direção, ele tinha um olhar de curiosidade.

Lucas: Qual seu nome? – ele disse olhando para mim fixamente.

Marina: Meu nome? – não o do papa.

Lucas: Sim o seu nome. – ele deu uma risada engraçada então eu ri sem graça.

Marina: Meu nome é Marina.

Lucas: Oi Marina eu sou Lucas.

Marina: Oi Lucas. –eu sorri e fiquei quieta.

Depois de uns quinze minutos o doutor quebrou o gelo que se mantinha no quarto.

Marcos: Bom! – então nós que nos olhávamos levamos um susto – Já terminei. Lucas vou levar esses exames para o laboratório e quando saírem os resultados eu te libero.

Lucas: Sem pressa doutor.

Depois de se despedir do Lucas o doutor saiu e me deixou lá olhando para aquele menino, a imaginar o que o levaria a pular de um lugar tão alto?

Lucas: Você vai ficar ai me olhando?

Marina: Desculpa-me já vou!

Lucas: Não! Fica? Foi mal pela grosseria.

Marina: Tenho que ir.

Sai do quarto, sem ao menos dar tchau. Encostei-me à porta fechada e fiquei lá pensando no que estava fazendo, eu deveria ficar lá com ele? Não, era melhor eu ir. Afinal a minha presença não era bem vinda. Logo a mãe dele apareceu então eu sorri para ela e fui em direção a recepção, lá a Lúcia me esperava com um sorriso, mas eu não retribuí e fui esperar minha irmã na porta de entrada do hospital. Algo me incomodava, talvez fosse à dor de estomago, mas ela já havia passado há muito tempo, então decidi sentar e esperar. Esperei alguns minutos e minha irmã chegou.

caaroliinaa
Enviado por caaroliinaa em 17/08/2010
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T2443450