[Mcfly] 2ª temporada - Alguém como você - Capítulo 37

Tudo parecia fácil, estranho... E vazio demais após sua vitória.

Max observava Eva comemorar com certa tristeza, agora tudo parecia pouco, inferior. Onde está o momento em que o rapaz ficaria feliz por isso?

Honestamente, ele preferiria continuar na mansão com a Anna.

– Max! Meu garoto! Parabéns! Parabéns! - Eva o abraçou, deixando Max estático. Não era de seu feitio esse tipo de coisa.

Ela me encarou com o cenho franzido.

– Achei que você quisesse isso tanto quanto eu.

– E eu quero mãe. – Respondi automaticamente, porém não fora sincero.

– Max, você transou com a vadiazinha não é?

Ele engoliu seco.

– Sim.

– Você se apaixonou? Ah, Max! A menina é a sua irmã!

– Eu sei Eva, não estou apaixonado por ela.

Ela continuou encarando o filho com certa desconfiança.

– Ligue pra ela agora, diga tudo isso que me disse. – Eu tremi.

– Não é necessário mãe.

– É uma ordem Max.

Max pegou o telefone com raiva. Sabia que estava mentindo a si mesmo. Ele amava Anna. Porém, conhecia sua mãe o suficiente pra saber que ela jamais aceitaria esse sentimento.

Discou os números da mansão e ao atender sua boca se abriu, de espanto.

A empregada dissera que Anna estava em Nova York, na casa de seu padrinho, Dougie Poynter.

“O que ela foi fazer lá?”

– Anna não esta lá mãe. – Avisou, afastando o telefone da orelha rapidamente.

– E pra onde foi a garota?

– Pra casa do Poynter.

– Como eu queria ter o prazer de matar o Poynter com as minhas próprias mãos.

Max fitou Eva e depois revirou os olhos. O rapaz se sentia usado, sujo. Um amargo crescia em sua garganta, era de nojo. Nojo de sua própria mãe.

– Max, vá até a mansão e ligue pra casa do Poynter, quero que diga a Anna sobre tudo.

Anna Jones abraçou Dougie como se o abraço fosse o ultimo entre os dois. Ele sabia que a garota não estava bem e faria o possível pra ajuda-la. E ela por sua vez, sabia que encontraria a paz desejada na casa do padrinho.

– Anna... Eu não vou te perguntar nada agora, nem hoje, amanhã conversaremos com calma. Eu tenho muitas coisas pra te falar.

Kate levou Anna até seu antigo quarto e encontraram Camille sentada na cama.

– Bem, acho que hoje você não vai ficar sozinha, Anna. – Kate disse, sorrindo pra cunhada e saindo em seguida.

– Anna!!

As jovens se abraçaram e Anna com o coração apertado contou tudo a sua velha confidente. Desde a primeira vez que beijara Max, até as brigas, discussões, sobre John e o sentimento inesperado pelo próprio irmão.

Camille escutava tudo silenciosamente. Queria contar a Anna o que ouvira a tarde sobre a descoberta de Kate e Dougie, sabia que estava sendo inconveniente, mas preferia isso a ver sua amiga chorar.

Anna soluçava sem parar, estava tirando toda a dor de seu coração sem saber o por quê. Até poucas horas atrás se sentia bem.

– Anna, precisamos conversar. – Camille disse, respirando fundo e limpando as lagrimas da amiga. – E é sobre o Max.

Max Blackwell

Já na mansão eu fitava tudo aquilo tentando achar a coragem que me faltava, como se todo aquele luxo fosse capaz de me trazer a frieza de antes. Eu simplesmente não conseguia.

Eu queria era sair correndo de tudo isso, ir atrás de Anna, mas já era tarde demais.

Procurei o número dos Poynters na agenda do telefone e disquei os números.

Meu coração já batia descontrolado, como se a qualquer minuto fosse sair pela minha boca. Talvez isso não fosse ruim, eu merecia morrer mesmo.

– Alô?

Não era a voz da minha Anna.

– Quem é? – Perguntei.

– É a Camille, com quem deseja falar?

– É o Max, Camille. A Anna está?

De repente, a linha ficou muda e uma respiração tensa tomou conta da linha.

– Max...

“É melhor eu ser direto, quanto mais rápido melhor...”

– Eu menti. Nunca fui santo ou bom... Você conheceu um lado meu diferente, deve ter sido o meu lado bom. Ou o que pensei ser. A questão é Anna, eu te usei, eu precisava de um jeito pra você confiar em mim, e você confiou, confiou até demais, pois hoje, agora eu considero o seu choro uma vitória pra mim! Você assinou um papel que passa toda a sua parte da herança para mim e para a minha mãe e obrigado, foi um prazer conviver com você... – Pra finalizar, acrescentei frio e maliciosamente. - Em todos os sentidos.

Invés de gritos, Anna foi curta e grossa em sua notícia.

– Você não é filho do Daniel, eu posso provar.

– CALA A SUA BOCA!

– Eu sabia que havia algo de errado com você, Max! E não se preocupe comigo, eu sofrerei por você, mas você é apenas um cara, um cara como todos os outros. Sua ligação foi desnecessária.

Era típico dela jamais baixar o orgulho.

Bati o telefone com raiva, ela não podia ser assim tão orgulhosa.

“Você não é filho do Daniel, eu posso provar.”

Era irônico demais pra ser verdade.

Anna Jones

Talvez, lá no fundo do meu peito, onde habita uma Anna mais sensível, eu soubesse que terminaria assim, desse exato jeito. Mas vejamos, a vida é uma caixinha de surpresa não é mesmo?

QUE SE EXPLODA TODO AQUELE DINHEIRO! A MANSÃO E PRINCIPALMENTE A SUMMERJ! SE UM DIA AQUELE DINHEIRO VOLTAR PRAS MINHAS MÃOS EU VENDO TUDO E TORNO AQUILO UMA INSTITUIÇÃO PRA CRIANÇA COM CANCÊR!

– Anna... Você... Ahn... Vai fazer o que?

Fitei Camille. Ela, assim como Dougie e Kate estavam preocupados comigo, mas sem motivos, eu já passei por coisas piores.

Uma desilusão não mata. Só me ensina que amar não é tão bonito como os contos de fadas.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 10/08/2010
Reeditado em 11/05/2013
Código do texto: T2430022
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