[Mcfly] 2ª temporada - Alguém Como Você - Capítulo 35
John Ferguson se aproximou da elegantíssima mansão Jones com cautela. Precisava falar com Anna, conhece–la melhor, porém tinha receio de parecer inconveniente.
Ajeitou o buquê de flores e apertou a campainha, segundos depois um senhor que parecia ser o mordomo apareceu na porta.
– Bom dia, eu posso falar com a senhorita Jones?
– Da parte de quem?
– John, John Ferguson.
O homem assentiu e voltou pra dentro da casa. John roeu a unha, inquieto, tinha medo da reação de Anna. Mas quando ela veio em sua direção sorrindo radiante, o rapaz sentiu todo seu medo se acabar.
“Ela é linda...” – Pensou enquanto Anna via em sua direção.
– Oi John! – Cumprimentou ela, abrindo o portão de ferro.
“Fala alguma coisa! Você esta parecendo retardado!”
Mas a voz de John não saia, ele estava demasiadamente hipnotizado pela beleza de Anna.
– John? Belas flores. – Disse, tentando faze-lo falar. John pareceu sair de seu transe.
– São pra você.
– Oh! Que honra, obrigada. – Agradeceu com um sorriso que fez o rapaz esquecer de seu nome.
– Por nada.
Um estranho silêncio caiu entre os jovens, mas Anna o quebrou perguntando.
– A que devo a honra de sua visita?
– Quer tomar um sorvete?
“Pergunta idiota John, pergunta idiota...”
Anna sorriu.
– Claro, só espere um segundo.
“Espero até 50 anos se for necessário”
“Ah que fofo, ele me trouxe flores. – Pensou entrando em casa, subi ao seu quarto e encontrou Max encostando na parede. O rapaz estava sem camisa, o que fez Anna sentir muito calor.
– Hum, deixa–me adivinhar... Foi o primo Ferguson que te deu de presente?
Anna o observou e sentiu um calor subir–lhe pelo corpo, mas ignorou. Odiava se mostrar fraca pra Max, tê–lo como sua maior fraqueza já era por demais ruim.
– Sim, afinal alguém tem que ser gentil comigo.
– Uh, essa direta doeu.
A garota riu e entrou em seu quarto, e pediu à empregada que estava o arrumando para coloca–lo em um vaso.
– Aonde vai? – perguntou o moreno, louco para agarrar a loira em seu quarto e possuí–la do jeito que ela merecia.
– Sair com meu priminho.
“Ainda era uma boa hora para atirar em Anna”. – pensou o rapaz, tentando esconder seu ciúme.
– Margareth. – Disse à empregada que arrumava o quarto de sua irmã. – Saia!
– Você está com ciúmes do meu primo, Max.
“Agora ela deu pra ser debochada?”
– Não seja ridícula, você sabe que me pertence!
– Não me lembro de ter isso escrito na testa e nem de ter uma coleirinha com o seu nome nela.
Anna trocou de blusa e Max a segurou pelo pulso.
– Você não vai.
– Me de um belo motivo.
– Você não vai e ponto.
– Pedi um belo motivo.
– Anna não me provoque!
Max sabia que Anna não era a menina toda sensível que conhecera há anos atrás. A dificuldade que vivera na infância a tornara em uma pessoa forte.
“Ela não é boba...”
– Morro de medo de você, Max.
A garota deu um leve beijo nos lábios de Max e saiu rindo alto, o rapaz esmurrou a parede, com raiva.
“Ela não sabe com quem está brincando.”
Anna desceu as escadas, animada, cruzou o hall até a porta e viu John ansioso andando de um lado pro outro.
“Ele é bonito. Porém o Max consegue ser perfeito.”
– Oi. – Anna disse, abrindo o portão e saindo pras ruas ensolaradas de Miami.
Max Blackwell
Assim que Anna saiu do quarto eu peguei meu celular e disquei os números de Eva. Eu estava louco para sair daquele quarto que tinha o cheiro daquela traidora, mas vi algo que chamou minha atenção.
Era o diário de Anna em cima de sua cama.
“Eu não costumava ser curioso, mas depois que conheci Anna não ando em meu estado mental normal, não mesmo, afinal... Eu fiz amor com a minha irmã não é mesmo? Mero detalhe, convenhamos. Estou no meu direito de ler o diário dela.”.
Peguei o diário e me sentei.
Este Diário pertence à Anna Ferguson Jones.
Ignorei as primeiras paginas, pois deviam ser sobre sua vida sem graça com o Poynter, os Judd e toda aquela ralé classe baixa do subúrbio onde Anna vivia.
Pulei pras últimas paginas. Ah! Agora sim!
“When you swear it's all my fault but you know we're not the same”
(Quando você jura que é tudo culpa minha porque você sabe, nós não somos iguais)
Paramore – Ignorance.
Vou fingir que não entendi essa frase.
Olá Diário.
Eu sei, faz um tempo que não me atualizo, ahn... Desde...? Oh sim, desde que teve a festa na casa do Harry, parece que foi ontem eu sei, mas já faz dois dias que eu estou aqui na casa da minha avó.
Inundada por lembranças, e com presenças perturbadoras. (Ohh, que lembranças? A do nosso pai?)
Vamos ser sinceros, você é meu melhor amigo (Que Camille, não veja isso! rs) e grande confidente.
Eu sinto algo pelo maldito Max, não é igual ao que eu sentia pelo Taylor, é algo muito mais forte, muito mais tentador, Deus do céu! Eu pensei nele e me senti... Excitada! (Querida, você não é a única.)
Se Camille estivesse aqui eu com certeza não ficaria tanto tempo pensando nele, mas...
Eu gosto de pensar nele. Na minha mente Max não é o cretino de nariz em pé, ele é um garoto comum. (Mas é desse cretino que você gosta!)
Quero deixar claro que eu NÃO o amo, mas a atração que eu sinto por ele é forte, muito forte. (Será que a senhorita eu–tenho–certeza–de–tudo esta certa disso?)
E eu estou com medo do que possa rolar nesse evento, sei que ele não seria capaz de me beijar novamente. – até hoje eu tento juntar 1+1 pra tentar entender aquele beijo, mas minha mente não produz nada de útil. (você é loira Anna, L–O–I–R–A!)
Bem, por hoje é só isso.
Anna.
Patético – Só isso que eu digo.
Anna Jones
– Obrigado pelas flores, eu adoro tulipas John.
Ele sorriu e mergulhou uma colherzinha em meu sorvete.
– Eram as preferidas de sua mãe.
– Sério? Oh! Que legal!
– Minha mãe que disse.
Eu sorri, era tão bom ouvir alguém falar da minha mãe.
– Quando você vai decidir me levar até a casa da família Ferguson? – Perguntei, empurrando ele de leve na escadaria da Instituição Holmes – um colégio interno para meninas.
– Quando você quiser.
– Hum... Esses dias nem vai dar... Minha avó passou mal e tudo mais, vou visitá–la mais tarde, vamos marcar pra próxima semana? Eu vou lá e depois vou pra casa do Dougie!
– Tudo bem.
De novo um silêncio estranho caiu entre nós, foi quando eu deitei minha cabeça em seu ombro.
– Você é um primo legal, John.
– Você é uma prima legal, Anna.
Silêncio, novamente.
– Se você continuar assim eu vou achar que tem vergonha de mim John. – Zombei. Eu não sei o que me acontece, mas ultimamente eu ando debochada demais. Convivência com o Max, fato.
– Às vezes o silencio diz muita coisa. – Ele respondeu sabiamente.
– Não gosto do silencio. – Retruquei. John afastou minha cabeça de seu ombro e me olhou nos meus olhos.
– Tudo bem, podemos fazer outra coisa, porém isso vai contra os meus ideais.
– Ah, e o que é? – Perguntei desafiadora.
John então me beijou com vontade. E o pior... Eu retribuí.