[Mcfly] 2ª temporada - Alguém Como Você - Capítulo 31
Max Blackwell
Eu precisava urgentemente falar com a minha mãe. Tinha que lhe informar sobre a chegada de Anna pra juntos começarmos o nosso plano, mas é claro, que cada um em seu devido lugar.
Ela em nossa casa e eu aqui, lado a lado com o inimigo.
– Senhor Max? O senhor vai descer para o café? - Pergunta uma das empregadas em frente à porta do meu quarto.
– Sim, minha avó e Anna acordaram?
– Apenas a senhorita Jones, sua avó não esta muito disposta! - Eu assenti e a empregada saiu, silenciosa.
Muito melhor enfrentar a fera sozinha.
(...)
– Bom dia, irmãzinha. - Cumprimentei, entrando na varanda silenciosamente. Anna estava tomando seu café com certa raiva, parecia que não queria estar ali.
Como eu imaginava, não houve resposta, me sentei de frente pra ela.
– Qual é o seu problema Anna? - perguntei, calmamente, enquanto a empregada me servia.
– Você.
– Uhh, muito bem, agora seja mais clara. Antigamente eu costumava ser a solução das mulheres, mas já percebi que a Suíça e Miami não têm nada de parecido. - ela revirou os olhos e começou a ler uma revista.
– Eu não gosto de você, Max.
– Bom, até ai tudo bem, compartilhamos do mesmo sentimento.
Ela riu, irônica, era interessante ver a forma que seus lábios se mexiam.
Tudo bem, ela é a minha irmã, mas eu não posso deixar de observar sua beleza, por mais correto que eu seja e é impossível esquecer a maciez de sua pele... Deus! Acho que estou ficando maluco.
– O que esta olhando? - ela perguntou, ao perceber que eu a estava observando.
– Você esta muito bonita Anna... Incrivelmente bonita. - Respondi, sem pensar.
Ela me fitou com seus incríveis olhos azuis.
– Obrigada. – Respondeu com a voz baixa.
E ficamos em silêncio novamente.
(...)
Quando chegou a tarde eu decidi ligar pra Eva, por mais perigoso que fosse, era necessário.
– Alô?
– Mãe, sou eu, Max.
– Olá filho, a vadiazinha já chegou?
Suspirei, e revirei os olhos, bobagem a minha querer esperar uma preocupação materna de Eva.
– Sim. Acho que nos enganamos com a Anna mãe... Ela não é tão burra como parecia ser!
– Se ela for igual à mãe ela é mais burra que uma porta.
– Ela não parece com a mãe!
– Ora Max, então se vire! Eu só poderei ir te visitar na próxima semana! Mas eu soube que sua avó vai mandar um empregado da SummerJ ensinar vocês sobre a empresa e tudo mais!
– Ok, preciso desligar, acho que tem alguém na porta.
Desliguei meu celular e o aguardei no bolso, 2 segundos depois, Anna abriu a porta, ela estava séria, seu cenho estava franzido.
– Nossa avó quer falar conosco. - Ela se virou pronta pra voltar pra sala, mas eu a segurei, assustada Anna tentou se afastar.
– Você estava ouvindo minha conversa atrás da porta? - perguntei, ameaçadoramente.
– O que?! Claro que não! Você esta louco?
– Acho bom mesmo. – E passei a mão por sua barriga, ela prendeu o ar.
Empurrei-a contra a porta. Anna gemeu alto.
– Seu... seu...
– Eu não sou os garotos idiotas que você conviveu em sua adolescência Anna, não brinque comigo!
Com raiva Anna começou a me dar vários tapas. De alguns eu conseguia desviar, outros não, até que quando eu segurei sua mão esquerda ela me deu um tapa no rosto com a direita.
Pasmo, eu pensei em devolver-lhe na mesma moeda, mas eu sou um cavalheiro, posso retribuir de outras formas...
Puxei Anna pelos cabelos e a beijei com vontade, seus lábios eram macios, mas ela se recusava a me deixar beija-la, tive que pressiona-la na parede e segurar suas mãos.
Segurei seu queixo e a beijei, Anna, resistente como si só beliscou minhas costas, porém, isso mais parecia um carinho, pois eu não sentir dor alguma.
– Seu retardado! Me solta! – Ela gritou, com a voz embargada.
Quando fitei seu rosto, assustado e resistente, eu me afastei.
O que eu estou fazendo com ela? Uma coisa é eu acha-la bonita, isso ainda é perdoável! Outra coisa é eu beija-la a força!
Baixei a cabeça, incrédulo.
– A próxima vez que você me tocar, eu juro que eu mato você! - ela disse, com a respiração descompassada.
– Isso nunca mais vai acontecer, eu... Eu... Perdi a cabeça!
Anna saiu do quarto, e eu senti que se não me acalmasse acabaria por ficar louco. Eu sou um Blackwell! Posso ter todos os tipos de garota que eu quiser! Porque estou perdendo meu tempo com a Anna, minha irmã?
Preferi afastar pensamentos idiotas e desci pra sala, onde encontrei um homem alto, negro, sentando ao lado de minha avó.
– Oh, Josh esse é o meu neto, Max Blackwell! Max esse é um dos empregados da SummerJ, ele vai ensinar você e sua irmã sobre a empresa!