[Mcfly] 2ª temporada - Alguém Como Você - Capítulo 30

Anna Jones

Miami era ensolarada, e muito bonita até. Porém eu sentia falta de casa, antes, quando criança eu pensava em vir morar com minha avó, hoje, alias agora, isso me dá arrepios.

Eu não sei bem porque estou assim, lá eu encontrarei apenas minha avó. Max e um batalhão de empregados. E oh! Como pude esquecer, eu estou indo pra lá porque eu simplesmente quero ter a empresa de minha avó para mim, já que meu pai não teve a capacidade de comandá-la, lindo! Um ato de extrema nobreza a minha.

Me pergunto como ainda não ganhei o nobel da paz...

Perdoem-me a auto ironia, não estou em meus melhores dias e o pior de tudo é que eu não sei o porque.

Já podendo avistar a bela mansão dos Jones (a qual eu não me sento familiarizada), tudo muito belo, colorido e feliz, só que EU não me sinto assim, eu tenho algum problema psicológico, ou sei lá... Eu esteja realmente nos meus piores dias.

Novamente, me desculpem as palavras sem sentido, eu tento, mas não consigo me controlar.

– Chegamos senhorita Jones. - O motorista disse, estacionando o carro.

– Sim. - Descemos do carro ao mesmo tempo. Eu fui até o porta-malas pra ajudá-lo, mas o homem me impediu.

– Por favor, senhorita, sua avó esta te esperando. - Disse, rudemente.

O maldito homem não entendia que eu estava com medo?

Cada passo que eu dava, tentava manter minha respiração calma, o que parece impossível. Sinto-me como se estivesse prestes a viver uma história de horror. Mas pra minha total e demasiada infelicidade, Max me esperava na porta da mansão. O maldito estava mais que bonito. Eu disse bonito? Desculpem-me, ele esta perfeito! Desde seu cabelo que estava cortado de uma forma desleixadamente perfeita, aos dedos do pé.

Max não era mais um garotinho branquelo que tanto me assombrava meus sonhos, ele estava com um porte atlético, sua pele estava mais bronzeada, não me perguntem como afinal... A Suíça é fria não?

E o olhar...? Bem, era o mesmo daquele dia, daquele ano... Daquele Max...

Flash back on

- Max Allan Jones... BlackWell!

Minha boca se abriu na hora. Ele estava ali na minha frente sentado no muro mais alto da mansão Kaulitz! Meu irmão!

- Max! Desça! Você não quer entrar? - Perguntei, sentindo uma empolgação tomar conta de mim, não sei exatamente o porquê.

Ele riu, seco. O que me fez lembrar Daniel na floresta. Depois balançou a cabeça negativamente.

- Não me juntarei à ralé, muito obrigado, só quero que saiba que agora que a nossa avó me conhece você tem um inimigo eterno lutando pela herança dos Jones! - Ele sorriu de canto, e eu recuei, amedrontada. – Isso! É bom você ter medo de mim mesmo Anna, pois eu farei da sua vida um inferno! Bem... Até daqui a uns anos!

Flash Back off

Talvez ele esteja um pouco mais intimidador, já que seu sorriso de canto fazia minhas pernas amolecerem.

Parei um pouco longe e o fitei intensamente. O maldito era a versão morena do meu pai, só que Daniel não sorria tão friamente, não que eu me lembre, claro.

– Olá Anna, o tempo lhe fez muito bem. - Max veio em minha direção com a intenção de me abraçar, mas eu me afastei.

– Eu digo o mesmo.

Sorri com frieza e entrei pra dentro deixando um confuso Max pra trás.

(...)

Após minha avó me encher de abraços e beijos, dizendo que sentia uma imensa saudade de quando eu era criança. Eu pude me recolher em meu quarto.

Coloquei uma foto minha, de Dougie e Kate sob meu criado mudo e sorri. Parece que foi ontem que eu tinha 15 anos... Hoje eu tenho 17 e meio.

– Juro que não entendi sua má educação em não falar comigo Anna. Achei que Dougie tivesse lhe educado bem... Mas eu estava enganado. - Max sentou-se na minha cama, o encarei furiosa. Como ele ousa entrar no meu quarto?

E eu que pensei... Ah eu não pensei nada.

– Desculpe se minha educação familiar não se iguala a da oportunista da sua mãe!

Max avançou em mim como um lobo furioso, seu corpo estava sob o meu, seus lábios tão próximos... Sua respiração baixinha misturando-se a minha. Ele segurou a minha cintura.

– Nunca mais se refira assim a minha mãe, você não tem nem moral pra falar dela.

– Jura mesmo que não tenho? Argumente como quiser Max, você e sua mãe são dois oportunistas!

Eu o empurrei e me levantei, mas não consegui fugir a tempo, pois Max me segurou pelo cabelo, fazendo-me voltar. Ignorei a dor. Não dava pra me fingir de menininha.

– Podia jurar que a oportunista era a sua mãe... E não apenas oportunista claro...

Tentei me soltar pra dar-lhe uma bofetada na cara, mas ele me prendeu ao seu corpo, e deslizou a mão sobre minha perna. Os dedos frios fazendo minha pele se arrepiar.

– A única que não deveria estar aqui é você Anna, afinal... Você não considera Daniel o seu pai, olhe pra si mesma e veja quem é o oportunista da história.

Ele me empurrou pra frente e saiu batendo o pé, irritado.

“Olhe pra si mesma e veja quem é o oportunista da história.”

Como eu não sou de deixar barato fui até ele.

– Essa herança é minha por direito! Você pouco conviveu com Daniel! Ele nem deve ter gostado de você!

– Você é livre pra pensar o que quiser, Anna.

Ele tentou fechar a porta do seu quarto, mas eu o impedi.

– Você é apenas o filho do Daniel com outra mulher, um bastardo, não vai conseguir nada. –gritei. Ele riu seco.

– E você é uma burra, pois não sabe de nada.

Dito isto, ele bateu a porta na minha cara, saindo com a última palavra.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 07/08/2010
Reeditado em 10/07/2022
Código do texto: T2423278
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