[Mcfly] Alguém Como Você - Capítulo 25

Sonhos – Capítulo 25

Anna Jones

Quando vi Dougie sair da sala de onde Kate estava eu senti meu coração se despedaçar, não me fazia bem vê-lo daquela forma. Tão sofrido, triste...

– Anna? O que você faz aqui? – ele perguntou enquanto eu corria pra abraça-lo.

– Antes que brigue comigo eu tenho os meus motivos! – Respondi, olhando em seus olhos. Engraçado. Até que nós somos parecidos fisicamente, eu sou loira do cabelo liso e olho azul, Dougie também.

Enfim, melhor eu deixar isso de lado.

– Claro! Juro que estou interessadíssimo em saber.

– Ah Dougie, não seja chato, acredite, mas eu não sinto mais nenhuma dor... Acho que estou curada! – Dougie riu e se sentou comigo em seu colo.

– Aposto que foi a Mary que te trouxe...

– É, foi ela... Mas não fique bravo, eu queria tanto ver a Kate... Você não tem aparecido mais lá... Eu ando tão sozinha Dougie!

Ele assentiu e baixou a cabeça.

– Desculpe Anna, eu sei que prometi ser um padrinho melhor só que o acidente da Kate complicou tudo!

– Ah, homem! Não se sinta culpado, eu te amo ainda assim... Mas me diga, quem fez isso com ela?

Dougie me fitou sério, a mãe dele deu um pigarro estranho e se levantou indo em direção a um corredor longo.

– Anna... Bem, você não é o tipo de criança normal, é inteligente e esperta demais pra sua idade...

– Sei, sei... Muito obrigada, mas quem foi?

– Seu pai.

Eu esperei um turbilhão de coisas estranhas tomarem conta de mim. Algo como vontade de chorar... Gritar... Mas não... Eu, simplesmente assenti. Talvez lá no fundo eu soubesse que havia o dedo dele nessa história.

– Dougie, me deixa ir pra sua casa hoje, eu não quero ir para o hospital. Eu sei que levarei um sermão dos diretores e isso não é muito legal!

Ele riu ainda surpreso por eu não ter nenhuma reação pela noticia.

– Tudo bem Anna.

– E a família de Kate?

– Vão vir daqui a pouco.

– Como ela está Dougie?

– O médico disse que Kate é forte, a única coisa que o preocupa é que ela ainda esta inconsciente...

– Complicado, mas quando ela acordar diga a ela que eu a amo também.

– Tudo bem, hoje eu vou pra casa e levo você, aliás... Você tem uma cirurgia pra fazer dona Anna Jones!

– Sim, mas acho desnecessário.

– Anna...

– OK, OK.

Ele sorriu de canto e eu o abracei com mais força.

Dougie Poynter

Após a chegada dos Judd, eu fui embora com minha mãe e Anna. Camille havia ficado na casa de Lauren.

– Dougie, eu vou buscar sua irmã na casa de Lauren, volto logo. – Disse minha mãe, enquanto eu e Anna saiamos do carro.

– OK.

Coloquei Anna na minha cama e sorri ao ver minha pequenininha dormir tão gostosamente.

É uma criança, e merece toda a paz desse mundo.

Emocionado, apreensivo e muito confuso, acabei desejando coisas que jamais imaginaria senão estivesse numa situação tão complicado. Se Daniel sumisse eu poderia ficar com Anna pra sempre. Um pensamento cruel... E inevitável.

Desci as escadas ao ouvir o barulho da campainha.

Abri a porta e dei de cara com um casal um tanto inusitado.

– Chantelle? Tom?

ALGUNS DIAS DEPOIS...

Kate Judd

Era algo tão mágico saber um pouco sobre os planos de Deus para mim.

Eu ia casar com o Dougie! E vamos criar a Anna! Aii que liindo

– Mas, antes de você retornar para sua missão que já está quase no fim. Saiba que a da pequena Jones só esta começando. Anna enfrentara muita inveja, ira... E você e Dougie estarão com ela.

– Claro senhor.

– Bem, espero que esteja preparada pra voltar a terra.

Nem tive tempo de responder, quando senti meu corpo ficar leve, muito leve e minha mente ficar confusa, abri os olhos com algumas piscadas tensas. Devo ter ficado apagada por muito tempo. Credo!

Olhei para o lado e vi Marienne dormindo no sofá, ela estava torta.

– Psiu, Marienne! – chamei baixo, pra não assusta-la.

Ela se remexeu e abriu os olhos, ao me ver acordada e sentada na cama deu um grito.

– KATE! AI DEUS, EU NÃO ACREDITO! VOCÊ ESTA BEM! VIVA! VOU CHAMAR O PESSOAL!

Observei risonha, Marienne sair do quarto às pressas.

Era tão estranho saber que eu tinha conversado com Deus... E ainda mais saber de que tudo daria certo. Claro que teríamos alguns probleminhas com Daniel, mas no fim eu seria feliz com meu loiro aguado.

A porta se abriu e pra minha tristeza não era Dougie, mas sim meus amigos e minha mãe.

– Kate!

Recebi um abraço duplo do meu irmão e de minha mãe, que já estava aos prantos.

– Como você esta meu amor? – Ela perguntou, afagando meu rosto.

– Bem, muito bem!

Dei um sorriso animado, do tipo que quem visse jamais poderia imaginar que eu acabei de sair do coma.

– Ah Kate! Você é sortuda viu manola, ponte que partiu! – exclamou Harry, abestalhado como sempre.

– Ignore seu irmão Kate, ele continua o mesmo retardado de sempre. – disse Lauren, que estava com um sorriso recato e uma pose mais contida. Será que aconteceu alguma coisa?

– Estranho seria se ele tivesse mudado. Gente... Cadê o Dougie?

– Ele já vem filha. A Anna veio aqui no hospital Os dois passaram uns dias juntos e a cirurgia dela já foi marcada. – Avisou minha mãe, séria.

– OMG! OMG! Eu preciso falar com ele mãe!

– Kate acalme-se! Ele virá a noite.

Fiz um bico emburrado e suspirei.

– Quando vou sair daqui?

– Logo, ninguém esperava que você fosse se recuperar tão rápido.

Nem eu, nem eu...

Dougie Poynter

Eu informei a mãe de Daniel sobre o “acidente” com Kate.

Envergonhada, ela resolveu pagar a conta dela no hospital. Nada mais justo. Mesmo assim não muda muita coisa na história toda.

Passar esses dias com Anna me fez bem, apesar de que ela andava meio que no mundo da lua após ter sonhado com a mãe.

Eu ainda tentei acalma-la dizendo que era apenas um sonho.

Um sonho estranho...

Pelo o que me disse Anna, esse sonho foi no primeiro dia em que ela dormiu aqui.

O lugar era um pouco estranho, tudo um pouco rosa e azul, com algumas borboletas voando pelo lugar. Sonho de criança é confuso... Patrícia estava num balanço e chamou por Anna, que correu emocionada ao ver a mãe ali.

As duas conversavam sobre suas vidas e Patrícia pedia perdão por não poder ter dado o amor que ela merecia. Anna aceitava, claro.

Depois as duas conversavam sobre mim, Kate e outras várias coisas. Inclusive algo que me deixou muito encucado. Patrícia dizia que Anna teria que lidar futuramente com o outro filho de Daniel, que é um ano mais novo que ela.

Tirando esse pequeno momento, eu consegui marcar a cirurgia dela para o próximo sábado.

E claro levei uma bela bronca por ter ficado com Anna em minha casa, o que já era de se esperar. Meu celular tocou e eu reconheci o número de Marianne.

– Oi Dougie, babado forte meu caro! Katerine Judd acordou!

Ela nem me deu tempo de responder e desligou o telefone. Estupefato, porém, feliz eu deixei Camille na escola e corri para o hospital, tanta coisa eu tinha pra falar com a Kate... Inclusive a inusitada visita de Tom e Chantelle. Ela vai pirar.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 06/08/2010
Reeditado em 13/05/2013
Código do texto: T2421255
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