Lucian:VOL:1 part 2
afaste nós nos encontraremos algum tempo depois e a aliança vai está de volta. (explicou-me)
- Que bom que tenho você. (pensei alto)
- Ficaremos juntos e iremos pra universidade juntos, James e Adrian também vão juntos, depois quando tudo acabar nos encontraremos junto com Jon e tudo volta ao normal. (amenizou)
Fiquei em silencio por muito tempo, apenas prestando atenção em Wade fazendo o café, eu tinha medo de me apegar novamente a ele, pois parece que as pessoas quem eu me apego correm de mim. Eu gostaria que meus pais também corressem pra longe de mim.
Murmurei alguns sins e nãos enquanto Wade tagarelava sobre algo que eu nem prestei atenção.
- Está pronto. Quer agora? (perguntou-me)
- Ah. Sim. Wade vista uma camisa. Você quer congelar? (perguntei assustado)
Olhei seus braços arrepiados, não havia por que ficar sem camisa no frio havia?
- Ah ok. (disse num tom de desaprovação)
Depois que Lucian desceu, eu e James continuamos pesquisando sobre as universidades, falamos algumas bobagens. Meu celular tocou depois que Wade passou pro quarto e voltou com um casaco.
- Alô? (perguntei)
- Sou eu. Olha lamento muito. Houve uns imprevistos, três empresas me ligaram e marcaram entrevista, já estou a caminho de casa. Desculpe. (explicou)
- Tudo bem Jon. Você já te sua vida de adulto. Quem sabe quando eu estiver em Oxford agente se vê. (brinquei)
- Você está querendo vir à Oxford? (perguntou-me)
- Estou considerando possibilidades, caso Harvard ou Yale não me aceite Oxford é a próxima na lista. (disse-lhe)
- Seria ótimo. Você poderia morar comigo, seria muito bom. Pense nisso. (pediu-me)
- É claro. Ainda é cedo pra isso, mas lhe darei noticias. (concordei)
- Então até outra hora. Ah. Vou te ligar amanhã. Abraço irmão eu sinto a falta de vocês. (despediu-se)
- Nós também, mas isso não vai durar muito. Até amanhã então. E boa sorte. (desejei-lhe)
- Obrigado. (desligou)
- Era Jon? (perguntou James)
- Sim, ele não pôde vir aqui por conta de alguns imprevistos, mas ele vai me ligar amanhã. Já é menos mal. (expliquei-lhe)
- É. Alguma idéia do que faremos essa noite? (perguntou-me)
- É, estou cansado de filmes. (disse Wade aparecendo com uma bandeja de café)
Logo atrás dele veio Lucian.
- Que tal o jogo do copo? (ofereceu-nos)
- É uma boa idéia. (disse James)
- Eu não gosto de mexer com essas coisas. (assumi)
- Eu também não, mas é só uma brincadeira Adrian. Todo mundo já fez isso algum dia. (disse-me Wade)
- Ok. Continuo não gostando, mas tudo bem. (cedi)
- Deixaremos pra mais tarde então. (disse Lucian)
- OK. (concordamos)
Tomamos o café em silencio, fomos até a varanda olhar a chuva e depois entramos, pois a chuva estava nos molhando com a ventania.
Wade estava de suéter sem camisa por baixo, com se quisesse se mostrar pra alguém.
- Vamos fazer um amontoado de colchões lá na sala? (perguntou James)
- É bom. Hoje tá muito frio. (Wade concordou)
- Por mim tudo ok. (concordei também)
Luc apenas acenou com a cabeça.
Às onze horas já tínhamos tomado café e jantado, Wade e James estavam preparando o jogo do copo enquanto eu lavava a louça na cozinha e Lucian me ajudava.
- Luc, Jon ligou e houve um imprevisto. Ele não pôde vir. (expliquei)
- Por quê? (perguntou-me)
- Entrevistas de emprego. (contei)
- Ah então tudo bem. Teremos outra oportunidade. (tentou esconder o desapontamento)
- Animado com esse jogo? (perguntei)
- Sim, eu sempre quis fazer, mas ninguém nunca topou fazer comigo. (exclamou)
- Hum... (fingi interesse)
Terminamos com a limpeza e fomos pra sala onde havia um amontoado de colchões. Muito confortável, o aquecedor estava ligado e a sala estava muito quente.
- Que calor. (disse-lhes)
- É frio ou calor que você pode escolher, não pode ficar ambiente. (explicou James)
- Ok. Cadê o jogo? (perguntei ansioso)
- aqui está. (disse Wade)
Ele trouxe um tabuleiro de xadrez com pequenos pedaços de papel, havia as letras do alfabeto, os números de zero a nove, as palavras: sim, não e talvez e um copo no centro do tabuleiro.
- Vamos às regras. (explicou James)
- Não pode fazer pergunta idiota, não pode sair sem a permissão do espírito, e temos que rezar sete aves Maria e sete pais nossos para iniciar o jogo. (explicou-nos)
- Vamos lá. (disse Wade)
Rezamos e depois colocamos os dedos no copo virado ao contrário e então James disse.
- Quem está aí? (perguntou ao nada)
Como mágica nossos dedos estavam andando em cima do copo que se direcionava a letra por letra até formar um nome intrigante.
- Edward, onde você está? (perguntou James)
Novamente o copo embaixo de nossos dedos traçou as letras formando a frase:
“bem atrás do seu amigo”
- de que amigo? (perguntou Wade)
O copo depois de alguns segundos formou o meu nome. Imediatamente me subiu um calafrio pela espinha, pensei em sair correndo, mas eu precisava de permissão pra sair do jogo.
- Posso sair do jogo? (perguntei assustado)
O copo foi diretamente para a palavra “não”
- Por que não? (insisti)
Lentamente formou a frase: “sua energia é boa”
- Você é um espírito do bem ou do mal? (perguntou Luc)
A pergunta que ninguém teria coragem de fazer, eu estremeci de novo e de novo enquanto o copo se direcionou as letras formando a palavra um pouco dos dois.
- Adrian está com muito medo! Poderia dar-lhe a permissão de saída? (perguntou Lucian)
Eu fiquei apavorado, tudo estava começando a girar.
- Gente eu não estou bem. (falei)
O copo se mexeu, quase tirei meu dedo, mas tive medo.
“Vocês não deviam mexer com espíritos”
Essa foi a frase formada, todo mundo estava soando frio até que James se atreveu.
- E por que não? (perguntou o estúpido)
- James, por favor. (supliquei)
Eu estava apavorado.
A frase seguinte foi:
“Nós nos apegamos muito fácil”
Eu não queria sair, mas não conseguia mais ficar nisso. Eu estava gelado e o calor na sala era insuportável, eu estava muito mais apavorado que no começo, eu tirei meu dedo do copo e sai dali me deitando no sofá.
- Por favor, perdoe-nos. (pediu Luc pensando em mim)
O copo no centro do tabuleiro se estraçalhou no nada e tudo que eu vi foi um borrão vermelho na mão de Wade.
- Oh. (gemeu com a mão cortada)
- Calma Wade. (disse James)
- Eu não posso ver sangue. (confessou)
Ele ficou enjoado e caiu batendo com a cabeça no chão.
Eu me levantei apavorado, quase a metade do copo estraçalhado estava preso em sua mão. e não parava de sangrar.
- segura ele. Você tem álcool aqui? (perguntei)
Eles o tiraram do chão e colocaram no colchão.
- sim na dispensa da cozinha. (disse James)
Eu corri até a cozinha peguei o álcool e voltei, tirei a tampa e coloquei a boca da garrafa no nariz dele fazendo-o despertar.
- Oh. Minha mão. (disse levantando-a)
- Não olhe pra sua mão. (ordenei)
Ele a abaixou imediatamente.
- Eu disse pra não brincarmos com isso. (lembrei-os)
- Mas foi você que saiu sem permissão dele. (disse James)
- Ele não queria me deixar ir. E eu já estava quase desmaiando também. (confessei)
- Vamos à cozinha. Eu tenho um curso particular de enfermagem. (disse James)
- como? (perguntei incrédulo)
- meu pai me ensinou a fazer isto. (explicou)
Levamos Wade todo mole até a pia e lavamos o corte. James veio de cima com um quite de primeiros socorros, esterilizou uma pinça e puxou o pedaço de vidro da sua mão. Wade gritou de dor e o sangue escorreu pela pia, James colocou um liquido escuro que fez Wade se contorcer e depois gritar, então James colocou uma gaze com remédio e enfaixou sua mão direita.
- Pronto. Está tudo certo. (anunciou o término)
- Que bom que está. (gemeu Wade)
Wade estava pálido e fraco.
- Tome um comprimido desses. (ofereceu-lhe Luc)
Era pra dor. Ele tomou sem perguntar e em seguida fomos à sala. James tirou toda sujeira, trocou os forros ensangüentados e então todos deitamos.
- Você jogou aquilo fora? (perguntou James)
- Absolutamente sim. (garantiu Lucian)
A chuva não parou lá fora, ficamos deitados ali nos colchões amontoados, Lucian que não se assusta fácil deitou na beirada. Wade estava febril e Luc dormia profundamente, eu tirei a camisa de Wade por causa do calor da febre e fui á cozinha com Jam.
- Você acha que amanhã ele estará melhor? (perguntei por falta de assunto)
- Tomara que sim, caso contrário nós levaremos ele ao hospital. (falou Jam)
-ok. Vamos dormir. (fomos à sala)
Deitamos e dormimos.
Acordei com a luz acinzentada que vinha da janela da sala, era mais um dia nublado. Jam estava já acordado na cozinha fazendo café, Wade ainda febril dormia e Lucian também estava no seu sono de pedra. Levantei-me sem fazer barulho e subi pro banheiro do quarto. Tomei um banho quente, escovei os dentes e desci.
- Madrugou hoje Jam? (brinquei)
- É. Wade não está bem, vamos levá-lo ao hospital assim que ele acordar. (disse preocupado)
- Tem certeza? Foi só um corte na mão! (perguntei)
- Lembra de onde veio o estilhaço do copo? Do jogo sobrenatural. (disse amedrontado)
- Ah. Ok. Então o levamos assim que ele acordar. (concordei)
- tome café. Tem bolo, torradas, cereal. (ofereceu-me)
- Obrigado.
O clima estava mudando rapidamente, o sol começava a sair dentre as nuvens e a chuva fraca começava a desaparecer.
Terminamos o café e Luc apareceu preguiçoso na cozinha pra tomar café da manhã.
- Vou preparar um banho com sais pra ele e vá se arrumar que em seguida vamos. (avisou Jam)
- Aonde vão? (perguntou Luc)
- levar Wade ao hospital. (afirmei)
Fui pro quarto colocar uma camisa e calçar o tênis.
Lucian e James levaram Wade pro banheiro do quarto que eu estava e deram-lhe um banho relaxante. Eu o vesti e saímos na balsa. No hospital ficamos na espera enquanto um Dr. Jackson o examinava. Ele saiu e nos chamou.
- Quem de vocês fez este curativo no nosso amigo aqui? (perguntou o velho barrigudo)
- Eu. (Jam envergonhado)
- Meu jovem sua vida pode mudar. Você fez um curativo muito bem feito, apenas graduados em medicina são capazes de fazer. Está interessado em ser aprendiz? (de repente uma oportunidade)
- Mas. Como assim? (disse Jam desentendido)
- Vamos lá garoto, esse hospital é um dos melhores de Vancouver e do mundo, quero dar-lhe a chance de trabalhar aqui. Aprender antes mesmo de se graduar. (explicou)
- Oh. Meus pais são médicos e eu pretendo fazer medicina, então acho sua proposta cabível.
- volte amanhã ás 8:30 e já começarei a ensinar algumas regras. Não desperdice essa chance. (disse o velho)
- Ah. E seu amigo ficará bom em menos de vinte e quatro horas. Obrigado e volte sempre. (disse-nos com os olhos brilhando)
Que tipo de médico dá um emprego a um jovem inexperiente assim do nada?
Na verdade isso é comum, eu acho que era apenas inveja minha por ele ter arranjado algo.
As duas semanas que se passaram foram monótonas, só TV e banho de piscina, Jam passava os dias inteiros no hospital, e na sexta-feira da 3ª semana estávamos arrumando as malas quando ele chegou a casa.
- Que pena que fiquei fora. Desculpem-me. (implorou)
- Não esquenta. Você já resolveu as documentações de transferência da escola? (perguntou Luc)
- Vou amanhã pra Portland. Arrumarei tudo e virei pra ficar. Mas Adrian eu quero falar com você. Fomos pra sala de cima.
- Quero que venha morar comigo aqui. (disse Jam)
- Não posso, a não ser que eu arrume algo por aqui. Margareth adoraria um filho a menos em casa. (não falei nenhuma mentira)
- E seu pai? (perguntou)
- Aquele velho nem vai mais pra casa. (disse-lhe)
- Ok. Faça seu currículo amanhã e quando eu voltar eu passo na sua casa e pego pra espalhar por aqui.
- Então está certo. (concordei)
Saímos de Vancouver pelas três da tarde, deixei Wade já curado em Seattle e chegamos em Portland no cair da noite.
Margareth nem se importou por temos mentido. Meu pai estava em casa, mas nem falou conosco. Aquele velho porco.
Jantamos e cada um foi pro seu quarto. Eu fiz um currículo com os cursos de sonoplastia, informática e cenografia que eu fiz nas férias passadas e dormi cedo também.