Vicente, o vampiro diferente. (Prólogo)
Vicente Anacleto é o nome desse vampiro brasileiro, paulistano legítimo que nem mesmo ele sabe ao certo como se transformou. Também, ninguém o entrevistou para saber. Tudo o que conhecemos sobre esse antigo rapaz de 19 anos é que ele era de uma família quatrocentona da Avenida Paulista e na década de 30 gostava das noites do Rio, terra natal de seus primos mais do que dos dias paulistanos e um dia, ou melhor, noite isso aconteceu e ele simplesmente acordou assim. Será?
Aí veio o amor pela doce e misteriosa Mia, a paixão pela roqueira Zora, mas esses casos serão contados em momentos mais oportunos, pois a vida depois de um acontecimento desses pode ser tomada em pequenos goles, sendo degustada lentamente com o gosto de cada momento.
O problema está em o que fazer com o resto do tempo em que a vida não é uma aventura, percebendo os dias passando, as pessoas e coisas indo embora para novos conceitos opostos chegarem.
Sem falar no excesso de sol que já é uma desvantagem para um pobre ser vampiresco sul-americano. E conseguir sangue então?
Está cada vez mais difícil, se não é dos bêbados desavisados falta até para os acidentados no banco de sangue. A terra da garoa não é brincadeira!
O caso é que o tempo passou, os amigos se foram e olha que diziam ser grandes nomes da época, desistentes de suas grandes faculdades e doutorados, mas fuxicos à parte, Vince, como prefere ser chamado agora, está disposto depois de tudo simplesmente a viver, pois por mais que ele pense ou não, a vida vai passar e não deixará de acontecer lá fora com mais ou menos sol que se faça.
Ele agora abre as portas da última grande mansão residencial da Paulista e convida você a conhecer sua história e a se perder por entre as paredes vermelhas de seus sentimentos.
Você vem? Eu te convido, pode entrar!
Se gostaram me mandem comentários e críticas também, pois conto com a experiência de vocês que fazem textos tão legais. Bye!!!